domingo, 28 de junho de 2020

7 O pagamento das dividas



Nós espiritas, diante da verdade inconteste da imortalidade do espirito criado por Deus, muitas das vezes que nos olhamos com grau maior de profundidade, pensamos diante de situações de sofrimento e dificuldades que experimentamos: Nossa, sou um espirito endividado, tenho muito a resgatar diante das leis divinas.

Em parte estamos com a diretiva correta, em parte, porque quando nos assenhoramos do que somos, filhos do altíssimo senhor, e vamos a ele em espirito humildemente dobrados, para receber as graças das inspirações mais enobrecidas, e ou para nos haurir de forças na para os dias aflitivos que temos diante de nós, já que nos supomos os maiores devedores diante das leis do eterno e muita vez so enxergamos nossas dificuldades.

Estamos juntos, diante dele agora, porque basta um pensamento nosso para que estejamos nesta condição, frente ao pai que instrui, que ampara, direciona, o  professor amigo que em seu olhar atento percebe nossas carências e por ser perfeito em suas vistas sobre nós seus filhos, nos acalenta com consolações que renovam nossas melhores disposições.

De nossa parte, entendemos que devemos observar a toda ora, aquilo que o Cristo nos direcionou como a nossa necessidade de vigilância e oração, assim disposto, nosso espirito suplica quando se sinta desorientado, quanto nos falte o entendimento do porque do sofrimento, somos chamados a ponderar sobre as causas, julgando-nos pequenos e insignificantes, nos colocamos em prece compungida diante de nosso senhor, Deus pai, por intercessão do Cristo, caminho verdade e vida e somos orientados para até orientar mais alguém além de nós mesmos, pela fala, pela escrita, pelas pequenas ações do dia a dia.

Estando assim na presença do amor supremo, difícil é não olhar para nossas carências, onde nosso amor não foi pleno em seu manifesto, onde a caridade capenga nos limitou a sentimentos e pensamentos onde o julgar o outro prevaleceu, contando assim nas nossas dividas o pouco amor que utilizamos para oferecer a esperança, o consolo, a ajuda, o esclarecimento, que fomos instrumentalizados pelo divino pai, a ser seus arautos na terra.

Diante do quadro de nossas carências, inativos muitas vezes quando o amor divino quis se assenhorar dos nossos fazeres, rebeldes pois nos foi dado o livre arbítrio, opicionamos por desenvolver somente uma parte, satisfazendo nossas necessidades materiais, e estas satisfações são graças divinas em nossa jornada, cegos entretanto por supormos que é somente fruto da nossa inteligência e determinação, em parte estamos certos, a providencia determina entretanto que os mais inteligentes e instruídos amparem os companheiros de jornada com amor completando assim as fazes necessárias ao amor com sabedoria.

Se o fazemos, amando a Deus sobre todas as coisas, entendendo que os que conosco convivem a eles devemos de outras vidas, e talvez até dessa, uma vigilância maior no amor que necessitam receber, e que temos a graça nós espiritas, de compreender a lei de causa e efeito, não obstante, nos aplicamos pobremente nas diretivas do amor mais puro e repleto de ações objetivas, e depois diante do pai, onde ele amorosamente nos observa em silencio, enquanto nossa consciência diante dele descreve a nos mesmos nossos pequenos feitos.

Suplicantes pedimos ao amor supremo, que nos de uma chance renovada, e renascemos da agua e do espirito para as tarefas agendadas com nosso pai supremo, para podermos adentrar ao reino dos céus, e partimos ressurgindo com um grito estridente a uma experiencia corpórea, endividados que somos com a humanidade, pois o supremo amor nos quis nela, a tratar de nossos avanços discernitivos e ações consequentes, no contato com a vigilância e oração, para recebermos inspirações e produzirmos segundo a semeadura do eterno em nós mesmos.

As dividas carmicas que presenciamos na jornada terrena, são nossos devedores no tanto de amar que podemos, quais por acréscimo de misericórdia, desde que nos comprometemos diante do altíssimo para replicar a boa nova do Cristo, feito de palavras de vida eterna, vista esta que nos sustenta o animo nas aflições naturais do corpo, que nasce e tem por rumo indesviável a lapide, com as lagrimas ou o alivio daqueles quais dividimos nossos fazeres em ações diárias.

Nesta vista da  imortalidade de nossa alma, temos diante de nós o campo dos acertos diretivos, não que deixaremos de sofrer frente aos nossos equívocos, já que diante do amor supremo avaliamos justamente o tanto de amor que nos tornamos a toda hora, quando o amor em nossa passagem pelo templo chamado corpo, foi chamado a agir no mundo, sendo compaixão e ação desta virtude, ou com generosidade amparar no serviços sociais, amando a oportunidade de serviço, consolando com a calma que encontramos na participação da presença do divino.

Ao olhar para nosso campo de carências, vamos então nós espiritas, mudar um tanto o foco, se devemos algo, é o uso na quantidade necessária da ação de amar com o máximo do nosso entendimento, Deus, nosso senhor, não precisa do nosso amor, nós sim somos os necessitados e devedores, viemos para amar um tanto mais em vida, amamos pouco e nossa consciência quando diante do amor supremo nos julga, cobra, e pedimos então suplicantes que uma nova chance nos seja dada.

Não que nos espiritas não tenhamos comprometimentos cármicos, com certeza podemos ter e muitos, entretanto a proposta de um mundo interior quando se regenera, é mudar o foco de coitadismo, vitimísmo, para o aspecto ativo de: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos”

Portanto como devedores da lei de amor, amemos mais, sirvamos mais, consolemos mais e quando nos elevando a presença do eterno em nossas preces, possa nossa consciência pura suplicar ao altíssimo novas oportunidades de serviço, pois como diz com muito acerto, “ a messe é grande e os operários são poucos”  .

Saldemos nossas dividas de amor

Por hoje é isso, namaste


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Antonio Carlos Tardivelli