Às vezes eu penso
No que sinto quando choro no que
entendo quando sofro, pouco entendo, mas eu penso.
Claro que nestas oportunidades
quero abraçar cada tarefa com o maior zelo em acerto entanto nem sempre isso acontece,
as vezes não me sinto capaz de medir-me entre meus erros e acertos fico como se
aguardando os efeitos, noutros feitos como respostas as situações novas.
Às vezes eu penso nas diferenças
dos dias e das pessoas, dos dias e para as pessoas pois que tudo é diferente,
muita vez do ângulo que me animo a verificar o quanto vejo e sinto, mas é
certo, cada olhar tem uma vista diferente do mesmo ponto, isso aceito, mas
nunca entendo de pronto as divergências como naturais encantos ou desencantos
de quem veja o mesmo ponto por posição diferente.
As vezes que penso em explicar
complico, porque o que para mim é simples para o outro ponto de vista pouco
importa o que tem atrás da porta, nas entrelinhas, passa batido ao entendimento
mais clarificado do que penso, já que sinto, e muita vez o outro sente
diferente mesmo até não ousaria usar as mesmas palavras para descrever a mesma
vista do mesmo ponto.
Talvez devesse pensar que pouco
importa se sou compreendido, mas me sinto assim aflito por querer que saibam de
mim entendo, que todos têm o direto inalienável de sentir como queiram se
sentir por fato e eu só tenho direito de ser o que sou em meus sentimentos.
Das vezes que quero dizer o que
penso e sinto talvez, fosse melhor calar a alma da fala e fosse apenas palavra
sem nada sentir, já que sinto no que penso onde construo o que estou. Pouco as
vezes acho no encontro comigo mesmo, incompreendido até por aqueles tão mais próximos
que parecem não sentir como eu sinto e porque penso no que sinto.
Claro que o campo do sentimento
tem tonalidades diferentes, entendimentos e intensidades envolventes ou passamos ao largo e nem
notamos se o outro nos nota, ou o que o outro anota, vezes somos invisíveis porque a porta do ego
manifesta cerceia a vista mais justa, afinal o sol fonte de luz e isso todos
concordam, talvez eu devesse desenvolver a síntese sem questionar o que sinto
ou penso, mas isso se torna um tanto impossível pois o pulsar do eu que existe
insiste em ter a vista de cada momento diferente do que o antecedeu por fatos.
No meu rosto de certo apreensões por
receptividade pouca, os pensamentos são dispares e nunca iguais senão semelhantes,
assim a aquisição em compreensão precisa de mim mesmo e do outro por diferentes
vistas já que olhando para o mesmo ponto não vemos o ponto do mesmo jeito!
Parece um jogo de palavras
perdidas sem nexo sem vida, entanto atrás delas existem dez dedos tocando as
teclas, uma alma pensante querente de entender a vida e quanto passa
desapercebida em muitos atos no palco das emoções na construção do campo íntimo!
Somos todos como um universo de dimensões
precisas e ao mesmo tempo trazendo um tanto do infinito dentro que se mirando
nos detalhes dos pontos que constituem a pintura mágica do eu, eu penso que não
me entendo, já que tenho infinito fora e dentro, como posso ser, pensar agir
compreender?
Me trato como quem já viveu muito
e me escondo no pouco que descubro do que estou a querer pensar e entender meu próprio
ser, mas pasmo, quero pensando donde vim para onde irei e muita vez porque irei
a determinado ponto, se meu conto de pensar não se assossega e chegando insatisfeito
de chegar eu digo que penso novamente em ir para algum lugar
Para longe do que penso, mais
perto do que sinto se me entendes, eu acho que não, nem eu consigo no que sinto
definir onde quero chegar com isso. Mas você que paciente chegou até aqui
talvez tenha algo a dizer do que penso quando sinto que sempre tenho algo a
dizer do que vivo.
Então talvez me conte o que veja,
no que sinta, e diga no que pensa o que me torno, lembrando e voltando ao
recomeço onde já não somos os mesmos, é o que penso!
O que somos agora é outra
história para viver conto de ser momento no composto do tempo que credito que
há muito depois deste presente. Assim sigamos em frente
Pois atrás vem gente!
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli