Palavras soltas
Quando criança dizia para o Cristo
se fosse ovelha do seu aprisco queria ser amparo a dor, nas minhas angustias
deparei-me com outras tantas de outros que me dividiam a estada no campo onde
transito até agora, não sei porquanto ainda, pouco importa já que já vivi outra
vida eu o sei não é questão de crença. E dizia se o fosse queria ser flor em perfume que abraçasse a solidão de alguém.
Claro que não tenho acesso a tudo
o que já fui, entanto por conclusão em minhas dores indesviáveis pouco bom eu sinto,
fui, embora não saiba, só com base em elementos que surgem do psiquismo
adormecido no inconsciente, me alerta sobre os efeitos que vem sem desvios.
Eu por vezes me amedronto mas há desvios
do que devo enfrentar em mim mesmo? Não creio que há, tenho que ver-me e
entender o que estou para que por fim ao que sou como uma espécie de destinação
olhe e veja no meu futuro venturas quando preso a amarguras, momentos de
proximidade em abraços ternos de saudades, outro de movimentos em lutas indesviáveis
onde aprendo a me colocar no ponto de amar mais um pouco por perseverar um
tanto mais.
Gosto das palavras soltas quando
minha alma tenta sempre o auto encontro, a ver-me sem receios do que encontre,
porque se bem não fiz e descubro quanto devo, o pagamento é certo não há
desvios, entanto o que aprendo no somar das horas é valorizar cada momento como
uma preciosidade, um diamante que me leva ao próximo com mais leveza, pureza, propósitos, já que é tudo o que posso no que tenho agora é ter propósitos no presente que
realize em mim por consequente luta intima para o melhor manifesto do meu
espirito onde Deus me coloque diante das necessidades das experiências.
Elas, as palavras surgem por
inspiro que parece conduzido por meu próprio espirito, conectando-se com um
mundo interno e profundo onde alio o entendimento de agora do que sinto com o
que percebo de indesviável destinação por efeito, de algo que na maioria das
vezes não tenho lembrança exata, quem crê que em apenas uma vida experimentamos
todas as experiências ledo engano em qual se prendem, não dá para atingir a plena sabedoria de um salto e meu espírito quer
ser algo mais do antes fui e do que estou me sentindo agora.
Pela vista do que existo no físico
já que tenho que abandonar a veste a algum tempo, em um momento penso no que
sinto, de medo pelo encontro? Ara será que eu temia tomar um corpo antes de ter
um para manifesto? Mesmo delineado o campo de lutas que antevia na infância, não
sei porque vivia entre o que era espirito antes e mesmo ligado ao corpo via
como espirito o que e que viria mais a frente, premonição do que seria eu o
sabia que seria, como pode ser isso?
Uma resposta que encontrei na
vida. Só por Deus o que nossa pequena capacidade discernitiva não alcança
ainda. Mas creio mesmo que com tantas palavras, que um dia chegarei a síntese do
que estou no que sou e verei em mim uma paz profunda e verdadeira, pois busquei
estar entre aqueles que praticam o bem possível não me entregando as sombras
que em mim fui encontrando pelo caminho.
Hoje revejo em minha mente a
parede ao lado, onde num tempo que construí o abrigo para o corpo com paredes
definidas em projeto de uma vida, que sabia antes que existiria este agora, um
lugar sagrado onde me abrigasse por proteger o corpo que retém meu espirito,
essa parede chapiscada que diziam ser necessário para receber o reboco,
estava toda coberta e doía-me os braços pelo esforço ritmado, só não entendi as
razões dos céus para que chovesse aquela exata hora e por isso a massa verde
chapiscada escorria junto com a água, algumas coisas no correr da vida não temos
controle!
Vezes quando chovem tempestivas as
águas dos céus em torrentes continuadas parecem agressivas, noutras a
calmaria a quietude como fosse um mar de acima, no meio e abaixo oscilante para
provar aquele vadiante espirito o que seja viver uma vida entre um aprendizado
e outro para que enfim descubra porque chove!
Uma delas pelo controle dos céus
foi essa, apenas assisti a chuva lavando a parede e mostrando a simetria dos
tijolos assentados um a um por muitos dias! Não chorei pelo trabalho perdido
entendi que aquilo era de alguma forma tratamento para minha alma para poder
estar aqui e agora, pode chover lá fora, podem surgir as tempestades mais
gritantes por aqueles que persigam meus intentos nobres, já que os tenho por
mudar o mundo intimo por luminárias maiores, perseverando sempre a luz do dia ou
no pairar a noite com meu espirito em dimensões vizinhas.
Isso é interessante, outro dia em
um destes deslocamentos do meu espirito, logrei estar em um lugar meio sombra, como um entardecer quase noite, luzes pelas ruas começavam a surgir e como
estava em deslocamento rápido numa condução acompanhado por um aparentemente
conhecido, me ocupei de coisas antigas dizendo para minha alma, como pagarei
por esse transporte já que não tenho amoedado no alforje nenhum vintém? Como se
ouvisse meus pensamentos aquele que conduzia o veículo em movimento disse-me,
aqui não é como lá, ajudamos uns aos outros!
Nossa! Que mundo é esse acho que
a ele gostaria de tornar. Esqueci, mas não foi por ingratidão que não agradeci!
Apenas correu tão rápido que quando pensei já me tinha por consciente de novo em
um corpo.
Soltar as palavras por vezes vem
as reminiscências dos nossos sonhos, mas tão reais que serão sonhos? Penso pelo
que sinto que são viagens como só espirito, pois nestes movimentos basta pensar
no corpo novamente para estar nele quase que por minha percepção de tempo no
mesmo momento!
Sei que pode ser que quem leia me
diga insano, santa insanidade entanto que me deixa ver para além do que estou
agora uma das possibilidades que está à espera de minha alma. Como a que estou
agora, oportunidade única que não sabia se teria um dia, mas o presente se
formou durante a viagem para que eu fosse agora o que estou na forma.
Poeta soltando palavras escritas
com minha alma
Vezes carente de alguém que diga,
isso não precisa paga, e me abrace simplesmente por querência de afeto, que por
certo eu possa retribuir com toda verdade de sentir outro ser bem perto, no
toque do silencio que não precisa ser explicado apenas sentido!
Nas palavras soltas que tenha em
mim ao teu abrigo comparando com o que viveste por verdade tua e então me
encontre nas mesmas verdades que cultuas, no sentir que a vida continua para além
do tempo que se conta e por ser verdade que se encontra sem conta no livro da
vida que escrevemos, desde tempos mais antigos, isso não creio apenas, eu o sei
por fato!
Não sou demente... em palavras
soltas apenas manifesto meu espirito.
A noite avança e o silencio pede passagem.
Continuo sonhando em ter mais
palavras para dizer de mim quando me encontres novamente já estarei em outros
sonhos, diante da vida em outros encontros, outras almas visitaram a vista dos
meus presentes, mas já estarei em outros
Não é questão de crença é a vida
que existe por que sei que é, sempre.
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Antonio Carlos Tardivelli