quinta-feira, 14 de junho de 2018

Desprendendo de minha alma vadiante.


                    Palavras soltas
Quando criança dizia para o Cristo se fosse ovelha do seu aprisco queria ser amparo a dor, nas minhas angustias deparei-me com outras tantas de outros que me dividiam a estada no campo onde transito até agora, não sei porquanto ainda, pouco importa já que já vivi outra vida eu o sei não é questão de crença. E dizia se o fosse queria ser flor em perfume que abraçasse a solidão de alguém.

Claro que não tenho acesso a tudo o que já fui, entanto por conclusão em minhas dores indesviáveis pouco bom eu sinto, fui, embora não saiba, só com base em elementos que surgem do psiquismo adormecido no inconsciente, me alerta sobre os efeitos que vem sem desvios.

Eu por vezes me amedronto mas há desvios do que devo enfrentar em mim mesmo? Não creio que há, tenho que ver-me e entender o que estou para que por fim ao que sou como uma espécie de destinação olhe e veja no meu futuro venturas quando preso a amarguras, momentos de proximidade em abraços ternos de saudades, outro de movimentos em lutas indesviáveis onde aprendo a me colocar no ponto de amar mais um pouco por perseverar um tanto mais.                                                                              
Gosto das palavras soltas quando minha alma tenta sempre o auto encontro, a ver-me sem receios do que encontre, porque se bem não fiz e descubro quanto devo, o pagamento é certo não há desvios, entanto o que aprendo no somar das horas é valorizar cada momento como uma preciosidade, um diamante que me leva ao próximo com mais leveza, pureza, propósitos, já que é tudo o que posso no que tenho agora é ter propósitos no presente que realize em mim por consequente luta intima para o melhor manifesto do meu espirito onde Deus me coloque diante das necessidades das experiências.

Elas, as palavras surgem por inspiro que parece conduzido por meu próprio espirito, conectando-se com um mundo interno e profundo onde alio o entendimento de agora do que sinto com o que percebo de indesviável destinação por efeito, de algo que na maioria das vezes não tenho lembrança exata, quem crê que em apenas uma vida experimentamos todas as experiências ledo engano em qual se prendem, não dá para atingir  a plena sabedoria de um salto e meu espírito quer ser algo mais do antes fui e do que estou me sentindo agora.

Pela vista do que existo no físico já que tenho que abandonar a veste a algum tempo, em um momento penso no que sinto, de medo pelo encontro? Ara será que eu temia tomar um corpo antes de ter um para manifesto? Mesmo delineado o campo de lutas que antevia na infância, não sei porque vivia entre o que era espirito antes e mesmo ligado ao corpo via como espirito o que e que viria mais a frente, premonição do que seria eu o sabia que seria, como pode ser isso?

Uma resposta que encontrei na vida. Só por Deus o que nossa pequena capacidade discernitiva não alcança ainda. Mas creio mesmo que com tantas palavras, que um dia chegarei a síntese do que estou no que sou e verei em mim uma paz profunda e verdadeira, pois busquei estar entre aqueles que praticam o bem possível não me entregando as sombras que em mim fui encontrando pelo caminho.

Hoje revejo em minha mente a parede ao lado, onde num tempo que construí o abrigo para o corpo com paredes definidas em projeto de uma vida, que sabia antes que existiria este agora, um lugar sagrado onde me abrigasse por proteger o corpo que retém meu espirito, essa parede chapiscada  que diziam ser necessário para receber o reboco, estava toda coberta e doía-me os braços pelo esforço ritmado, só não entendi as razões dos céus para que chovesse aquela exata hora e por isso a massa verde chapiscada escorria junto com a água, algumas coisas no correr da vida não temos controle!  

Vezes quando chovem tempestivas as águas dos céus em torrentes continuadas parecem agressivas, noutras a calmaria a quietude como fosse um mar de acima, no meio e abaixo oscilante para provar aquele vadiante espirito o que seja viver uma vida entre um aprendizado e outro para que enfim descubra porque chove!

Uma delas pelo controle dos céus foi essa, apenas assisti a chuva lavando a parede e mostrando a simetria dos tijolos assentados um a um por muitos dias! Não chorei pelo trabalho perdido entendi que aquilo era de alguma forma tratamento para minha alma para poder estar aqui e agora, pode chover lá fora, podem surgir as tempestades mais gritantes por aqueles que persigam meus intentos nobres, já que os tenho por mudar o mundo intimo por luminárias maiores, perseverando sempre a luz do dia ou no pairar a noite com meu espirito em dimensões vizinhas.

Isso é interessante, outro dia em um destes deslocamentos do meu espirito, logrei estar em um lugar meio sombra, como um entardecer quase noite, luzes pelas ruas começavam a surgir e como estava em deslocamento rápido numa condução acompanhado por um aparentemente conhecido, me ocupei de coisas antigas dizendo para minha alma, como pagarei por esse transporte já que não tenho amoedado no alforje nenhum vintém? Como se ouvisse meus pensamentos aquele que conduzia o veículo em movimento disse-me, aqui não é como lá, ajudamos uns aos outros!

Nossa! Que mundo é esse acho que a ele gostaria de tornar. Esqueci, mas não foi por ingratidão que não agradeci! Apenas correu tão rápido que quando pensei já me tinha por consciente de novo em um corpo.

Soltar as palavras por vezes vem as reminiscências dos nossos sonhos, mas tão reais que serão sonhos? Penso pelo que sinto que são viagens como só espirito, pois nestes movimentos basta pensar no corpo novamente para estar nele quase que por minha percepção de tempo no mesmo momento!  

Sei que pode ser que quem leia me diga insano, santa insanidade entanto que me deixa ver para além do que estou agora uma das possibilidades que está à espera de minha alma. Como a que estou agora, oportunidade única que não sabia se teria um dia, mas o presente se formou durante a viagem para que eu fosse agora o que estou na forma.

Poeta soltando palavras escritas com minha alma

Vezes carente de alguém que diga, isso não precisa paga, e me abrace simplesmente por querência de afeto, que por certo eu possa retribuir com toda verdade de sentir outro ser bem perto, no toque do silencio que não precisa ser explicado apenas sentido!

Nas palavras soltas que tenha em mim ao teu abrigo comparando com o que viveste por verdade tua e então me encontre nas mesmas verdades que cultuas, no sentir que a vida continua para além do tempo que se conta e por ser verdade que se encontra sem conta no livro da vida que escrevemos, desde tempos mais antigos, isso não creio apenas, eu o sei por fato!

Não sou demente... em palavras soltas apenas manifesto meu espirito.

 A noite avança e o silencio pede passagem.

Continuo sonhando em ter mais palavras para dizer de mim quando me encontres novamente já estarei em outros sonhos, diante da vida em outros encontros, outras almas visitaram a vista dos meus presentes, mas já estarei em outros

Não é questão de crença é a vida que existe por que sei que é, sempre.

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Antonio Carlos Tardivelli