O conto do desejo.
Há um conto que desejo Feito de cores e beijos
Nada de sonhos porque desejo é toque
Que o anseio torna sem limites embora finde.
Neste conto entanto, o desejo é outro.
Nada físico abstrato um tanto, como um conto da imaginação.
Mas que torna a emoção inesquecida.
É o toque do olhar feito uma chama, que chama outra chama e
esta responde.
E juntas compõe a harmonia em dois desejos que se tornam um.
Depois tudo acaba. Um sonha porque fantasia outro desejo e primeiro desejo mata.
E razão do primeiro
por ser passado já não mais o sente
Já que morto se ausenta a alma enquanto em sua querência
Quer um conto, outro desejo, algo pra dar a alma movimento
Ah riso do que é passado já fui corpo ensandecido
Paixão dorida que a lagrima sofrida fez surgir sem dó, sem
clemencia.
pura paixão que não continha!
Quem já conteve um desejo quando vivo? Ah não posso mensurar
amigo.
Porque de todos os anseios de minha alma que te conta este conto
Ser vivo além da pena é algo que desejava saber o termo e como.
O que dizem é que todo poeta renasce em algum tempo
Se não num corpo gemente em desejos pela pena, ela empresta de
um poeta qualquer na vida.
Não te diminuo pena emprestada, porque é dura jornada pra quem
deseja um sonho e alcança.
Cada letra construída com energia da própria alma, e é como se todas as almas lhe
se reunissem a pena.
Quanta historia quanto desejo quanto conto quanto almejo
Por hora apenas um sonho que tive trago, porque ainda tenho.
Ser tao vivo pela pena como fui pelo desejo.
Tratar as imagens como
um sonho que se conta
Doutra vida ou desta que se teve em mistura de paixões, tremores medos.
De perder o conto do desejo.
Depois dele quando sonho e tenho medo
Queria te contar historia, entanto
minha alma atua na tua por agora
e a tua que deseja a minha na lira se renova.
Então eles todos misturados tomam
forma.
Aqui é que sonhou o meu desejo porque o teu o trouxe a
vida
Cada traço da minha alma revejo na
tua e a tinta que usamos minha e tua
Trazem vida onde apenas o branco havia.
Quem não sonha não deseja não
vive apenas morre.
E como ninguém morre ou se sonha e
deseja ou se vegeta vivo ou morto.
Eis a pena de viver...
E se vive novamente volta à letra
de repente e diz que ainda deseja que desejo tenha.
Porque só quem anseia sonha, quem
deseja possui o próprio destino
Como um canto que se conta por
duas almas numa pena
Ah que pena que termina. Vez ou
outra alguém sonha abre esta pagina de que desejo
E como quem ousasse ser é Ele que
aqui trouxemos
Um poeta errante no espaço outro frente a pena
Que seja assim por duas almas que
amam a letra.
E conto do desejo assim termina
como começou
como um conto do desejo
Antonio Carlos Tardivelli
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