segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Parábola do rico e o Lásaro

 


Filhos, que não te confundam as palavras, trazemos o que temos tido por norte em nossas reflexões, separem o que vos sirva de incentivo ao bem, já que o norte nosso, o Cristo, isso nos indica como constante caminho, para vivenciarmos onde estejamos, a paz que nos deixa. Costumam nossos instrutores nos alertar para a perseverança, já que temos ciência da vida que segue para além da vida, como está implícita na parábola.

O que se segue na análise que fazemos, é olhar para nós mesmos, a ver se os acertos em caridosa postura, nos levam a ficar atentos a nossa coexistência, pois se temos algo a oferecer, a oportunidade é essa, ou oferecemos nosso coração receptivo, porque nenhum mal vos desejamos, ou com ele nosso sentimento, pegamos do nosso intimo as aquisições em lucides, analisamos o que nos está posto, e escolhemos tudo aquilo que queremos reter conceitualmente.

Há vida nesta parábola, é de rica ilustração onde o senhor fala sobretudo da sobrevivência da alma, no estagio que se fez em consciência, sabemos que não existem saltos quantitativos, de um ponto de simplicidade a outro de plena sabedoria, pouco a pouco, vida após vida, vamos aprimorando nossas respostas a existência, de certo que os mortos não estão mortos, e comunicação em condições adequadas é uma realidade, tiremos então o ensino sagrado, pois devemos por nossa conta avaliarmos como estamos no campo das virtudes ou por outra da indiferença com relação a pratica da caridade.

Não é um exercício de caridade quando as dimensões assim tão próximas por ordem divina interferem umas nas outras? Podemos nos tocar enquanto campos mentais, transferindo pensamentos e conceitos, isso é uma maravilha dentro da vista da misericórdia divina, as almas comunicam-se entre si, é da lei divina, a morte deste ponto de vista nosso não existe! Está na parábola entanto que existem divisões onde umas não adentram a esfera vibracionais de outras, no trato de nossas almas nas ações de vida, nos preparamos para a justa dimensão de ser no estar.

Logo, a misericórdia nos alcança, vemos em Lázaro o irmão sofredor na vida, resignado, já que não lhe confere o senhor lamentação alguma, podemos então assim, reconhecer essa resignação e junto dela a coragem de enfrentar os rigores da encarnação transitória, já que nela, por justa lei recolhemos o fruto de nossas disposições, se atentos a prática caridosa, nosso espirito esvoaça feliz depois de liberto, seria como um passar de ano para um patamar mais acima.

Por nossa vista, na realidade da dimensão que existimos, a caridade continua como opção do arbítrio, se olhares para o mundo como um grande quadro para analise dos feitos da humanidade, muitos são os ricos da parábola, abastados e tranquilos, indiferentes a sorte dos semelhantes e a sua propria como espiritos imortais, indiferentes aos postos a sua porta, o que se traduz por uma dureza de coração, a indiferença é isso ao orgulhoso de sua posição social, ignorando a dor do outro, aqui fica posta duas dimensões de ser e o abismo entre elas.

Uma da resignação e coragem, outra da dureza de coração, vejam amados, que quando desligados do corpo escola, levamos o que temos sido, nos manifestos de nossas ações esse campo intimo se põe nas provas da misericórdia, para que estabeleçamos melhoradas escolhas, para que nos façamos o bem enquanto nos ocupamos de amar ao outro, assim conquistando a posição vibracional para os campos de reconforto, já que não existe acaso meus amados, tudo esta vinculado as leis divinas.

Ora como Lázaro em nossas expiações para reconstruirmos o ser espiritual caído ao campo das escolhas infelizes, das dores aflitivas das encarnações expiatórias, se bem aproveitadas rejubila-se a alma e seus amigos benfeitores que a acompanham a trajetória, desta forma, mais felizes por nossas obras sempre em nós mesmos.

Por outra na dureza de coração sendo o que levamos para a vida além da vida, de certo que a circunstancia que nos cercará a consciência, não será de pacificação, sim das angustias por cobrança e sentença aplicada a nós por nossa consciência, afinal, cada oportunidade que se nos oferece, como a existência do pobre e do rico, que oferecem suas respostas a vida, e depois recolhem sua semeadura dentro da lei de justiça.

Entretanto amados, não nos esqueçamos que o trato do mestre amantíssimo traz palavra de vida eterna, ele mesmo afirma no seu chamado para que o busquemos diante de nossas aflições, por seu consolo, que em verdade são instruções que nos instrumentalizam a prática de virtudes de alma, e nos afirma que nenhuma das ovelhas confiadas a ele se perderia, do seu aprisco, somos nós os que desejamos permanecer com ele, entanto chama-nos aos deveres de quanto pudermos nos aplicar no amor ao próximo, nos beneficiando disso.

Sim amados, as dimensões existem reais, não fictícias, a cada alma no seu estágio conciencial atraída para o campo próprio, ninguém toma o salario do justo, assim como a justa medida em justiça aplicada a consciência, ao nosso campo, o trabalho se apresenta como estagio em consolação para as almas sofridas, depois que constatam os seu equívocos, os ricos da nossa parábola, estão aflitos depois da passagem pela vida, continuando vivos em suas consciências, despertam nessas para seus equívocos, a hora é agora, no contato com elas, de sermos nós outros consolação, esclarecimento, e eles para nós oportunidades práticas de exercício do bem, isso é decorrência por seguirmos o Cristo .

A ´parábola nos traz claramente que a existência da imortalidade da alma é uma verdade, e também é a sequência da lei de justiça e supremo amor do criador de vida, já que as almas todas são as luminárias saídas de Deus, em sua criação, estas escolhem no que sentem, como agora nós nos fazemos.

Há muito mais por dizer também sobre as conceituações em virtudes resultantes da compreensão como quadro todo desta parábola, a escrita limita a ação, não confina a caridade, esta prossegue oferecendo frutos nos corações que são tocados, temos que finalizar, voltamos a tempo justo a aprofundamentos maiores.

Namaste

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli