A parte que mais toca.
De tudo meu silencio é grito
porque minha alma insana
Quer tratar minhas dores com a medicação
da esperança
Esperar as resultantes do quebrar
o silencio com meu grito
Mas se ninguém me ouve a parte que
mais toca é a indiferença
Na vida meu verso é tosco como
quem procura e não acha
Mas há quem indique um caminho, alguém
que saiba?
Por certo que o que trago em alguém
ecoa
Como um grito dado no monte da
amargura em dor lancinante.
Onde a solidão que pareça loucura,
no seu silencio toque e dor provoque.
Mas quem se prepara para apenas
dar seu toque? Quem ouve gritos no silencio?
Quem pode medir o que quero se nem
sei ainda o que tenho!
Quem quer entender esse tipo de
toque?
Viajo e tento nobreza na minha
alma que pensa, produto da profundidade em ser
O que escrevo, no que falo, do
seja alento ou desalento, atento entanto me dou
Quando o silencio grita seu toque
é dolorido, as vezes, tanto luz que cega a razão no conflito
Tanto quanto pobre ou rico quem
faz leitura pode dizer: que poeta insano!
Entanto ao olhar que vê, entende o
que está oculto ou fere com sua indiferença?
Porque quem fere com a incompreensão
e dela faz uso sem razão
Talvez seja o poeta reclamando atenção,
talvez seja uma busca insana de estar junto.
Concluir nos feitos nos alegrando
com nossas diferenças isso talvez seja porto de alegria
Há quem feche os olhos para o que
veja, há outros olhos que vejam o encanto e solecizam
No trato do presente que
vibraciona no amor mais puro, caricia como a chuva para todos
Os que
violentam a cândida pureza com intempestividades agressivas entre os que
simplesmente amam
Muita vez desconhecem lei da causa
e efeito, pobre poeta que pensa, quanta síntese!
O que mais toca na harpa da vida em sons
distintos é a grande multidão de seres diante da vista.
Uns tomados pela esperança, outros
nos tratos das negritudes tentando luz, discernimento, paz
Então um poeta em seu desvario e
indagante diz o que mais seja toque
Claro que a flor e seu perfume
trata a alma que procura, assim como o sol a todos, assim como se
fizesse de si presente a lua reluzente,
mas só é beleza quem beleza tenha para ser vista!
São compostos de sentimentos que
surgem a revelia como uma multidão que se expressa
Que ninguém percebe, que grita! Eis-me
aqui quem tem ouvidos e vista para ler e ver?
Quais as respostas para os toques
dos gritos do meu silencio?
não existe pena sem que seja causa
por efeito, a dualidade é continua e as vezes tomentosa ira
Mas se o poeta não questiona quem
pensa no que sente, no que mais toca.
Quem abre a porta para ver o que tem
dentro do cômodo? Quem trata por verdade a alma?
Qual se solidariza com o que pensa
sem tentar impor seu entendimento
que respeita o grito no silencio?
Ah o que mais me toca são minhas
personalidades conflitantes
O descredito da esperança, ah que
quero toque! Do seu beijo, do seu silencio, do seu olhar.
E que todo conflito aflitivo deixe
de ser posse em meus sentimentos
E o teu gosto me preencha os
momentos, seu tom de grito grite junto em meu silencio!
E o que podemos em nossos toques
que nos encantem com alegria na felicidade de um momento?
Não digas nada nem precisas sei
quando gritas em teu silencio sinto em três palavras no meu grito
Ouça o que dizes leias tuas falas
confabule com tua alma que te escuta
Diga a ela três palavras que
definem tudo, e seja amor seu grito junto ao meu que te procura.
actpoeta@gmail.com
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Antonio Carlos Tardivelli