quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

E já que te amo

    Ao ponto de encontro.
Quando quanto uma alma deseja ser uma porta. E outra entre para tomar abrigo
Algo acontece no campo do desejo. Eu quero sonhar digo no poema.

Com a fragilidade do ser em trânsito. Que tenta o amar confinado em si
De dentro há o brado, siga oh minha alma. Por norte em toda sorte de palavras seja

Teu sentimento mais verdadeiro em tuas escolhas. E quando escolhes ser abrigo noutra alma estejas
Que ela lhe ofereça todos seus pendores em virtudes. Umas de compreender-te, todo poeta conflita intensamente para que seja compreendido enquanto amado

E destes por vezes delírios insanos a vista doutros. Toma por sua a vida em qual pensa, no corpo entanto, por ser empréstimo que deixa
Rumando pelo combustível azeitado em perseverança para ser poema em prosa. Para entreter aquele que busca com seu reencontro em si. É um ponto de encontro entra almas poema

Porque anotando com tudo que possa o poeta tenta seu mundo interno, e como de mesma origem todos se assemelham quando há encontro tudo eclode
Nas palavras tomadas por sublime energia quase um canto de alegria. Viajam nossas almas para o infinito dentro, rogantes que não se perca no caminho

Desde este ponto onde o toque é subjetivo, porque tua alma escolhe ser teu destino
Nas marcas, cicatrizes de por onde andaste tomas das palavras e encontras alegria e dor.
Na alegria toma como tuas as provas em tantos caminhos onde tu fazes teus abrigos
Vezes nas palavras, noutras nas dores expressas pela distancia do ponto que desejas

E quanto se torne tanto desejo e foges das venturas com seus medos o poeta toca, ensandecido insano!
E seu toque te desperta no que tens de belo ou feio, luz e sombras misturados num presente
E sobes ou desces em finitas afinidades porque a cada presente se anuncia um novo desejo
E a cada amanhecer outro surge para o ponto de encontro em que retomado por desejo vives fatos outros

Eis-me aqui dizes a página e ela te responde por linhas dispostas em afinidades
Se expressas amor ele e nele te encontras porque abres a porta dos sentimentos
Juntos por tantas afinidades estamos todos ligados que o presente teu é igual ao meu.
Entre tanta diversidade sendo folhas de mesma arvore como que abrigando brotos

Eis que vem o fruto de vidas os brotos anunciam, de lidas que renascem a tua vista de poeta
E mesmo que ninguém te ouça tornas fato teus presentes quando te olhas
Teu local de encontro com o que te tornas.
Por escolha em afinidades, por distancia afastando-se do que não queres desejar
Eis-me aqui de novo a pensar poeta e se poeta tenho que colocar minhas verdades
Não existe distancia para os pensamentos movidos pelos sentimentos

Se te basta pensar em Deus para estar frente ao onipotente quando amas a obra. Na senda do cordeiro tu te tornas prova, na prosa com efeito de que vida insiste em ser via que se percorre
Onde teu poema tenta ir a frente da alma que pensa e vê com clareza o rosto e o gosto, sente. Esse gosto de amar a verdade que aceita se propaga se nutre e compartilha

Por sorriso toma o leme de tua história e ela diz a ti ame enquanto vidas abrigue em tuas brancas e alvas asas
E por ser verdade se consome em ser o ponto de encontro de procuras Que tentas de ti mesmo vendo todas suas loucuras

Benditas loucuras, pois, orbitas no desejo do amar em plenitude. De contar presentes na presença mais amada. De ser sorrisos intensos em alegrias verdadeiras, ser teu cada momento quanto sabes que é passagem para um outro. De ter na forma um pouco gravadas por energias sutis que tocam almas outras que se procurem e parecem. Marcar um ponto de encontro nas palavras com tantas almas!
E por imortal ensejo em tanta busca, são a luz a vista de suas sombras. E aceitando-se compõe-se no trato e a si mesmo concedes em compartilhamentos sabe que um ponto de encontro passas quanto surja o desejo de ser outro.

E com as palavras que tudo dizem “Eu te amo” podes ser tudo e recolhes o que semeias.

actpoeta@gmail.com









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Antonio Carlos Tardivelli