sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Do pouco que trago quanto multiplicas?


Anote com o coração.

Toda vista é uma benção dos céus a criatura entanto, o pouco que vê guarda sem saber e por essa razão seus tesouros se ocultam dela mesma.

É como a água turva do riacho borbulhante ele tem sob a superfície ocultas pedras que vai lapidando embora seja vista circunscrita, quando há seca, mostra por vezes o que está oculto.

Assim é a alma imortal em seu caminho acensivo, muito do que se oculta, está posto a vista em tempos dificultosos, como a água do riacho que diminui sua quantidade em ocupação de espaço para que se vislumbre a beleza que oculta de seu laborioso trato.

Explico-vos a filosofia deste trato com palavra, quando anotamos com o coração percebemos a profundidade, reconhecemos a grandeza de um momento de vida, eternizada quando se tem consciência dos próprios feitos a nosso favor. São tantos em semelhança as pedras do fundo do riacho de águas turvas.

Considerando a vida que prossegue sempre, pois é feito perfeito do incriado, juntam-se nossos feitos no reservatório de nossas almas, vislumbramos em parte o que somos no que estamos no correr dos segundos presentes, sem nos dar conta do tesouro de ser melhores a cada dia, como se a mão invisível do incriado nos conduzisse individualmente para progressivas conquistas que ficam reservadas para que façamos uso delas no movimento apropriado.

Para tanto é necessário um caminho de aceitação de vida que se renova em posições ascensivas progressivamente, ou seja, laboramos uma das virtudes de nossas almas e a virtude oferece certo tom de cores atuantes no meio qual fomos direcionados a interagir, não temos propriedade senão do que fazemos de nos mesmos, mesmo assim o ter transcende ao caminho de plenitude onde nada se retém tudo oferece quase que em movimento de prece do ser para ser útil a outro ser.

Logo a virtude é uma somatória de elementos em vivencias nas ações de espirito, logramos feitos imperceptíveis a  nos mesmos no uso da palavra por exemplo, sua força nas expressões do nosso espirito torna-nos arautos do divino e por isso sob a condução da sabedoria suprema agimos ao meio na magia do amor em trabalhando todos os tons de cor, pois energia que da essência surge radiosa um cabedal de virtudes a serem utilizadas para que não tendo posse senão de nossas escolhas, tratemos o campo subjetivo, intangível, não visível com irradiações em diferentes tonalidades, com virtudes trabalhadas que não são guardadas egoisticamente,  sim distribuídas generosamente.

A generosidade é apenas um tom de cor de alma para alma, só se é generoso porque outro ser precisa do que por nós já foi alcançado, então oferecemos retirando dos tesouros que juntamos, os tais ditos pelo Cristo para que cultivemos em nos mesmos, e a feliz idade qualquer que seja a que nos situemos enquanto almas imortais, é aquela onde a construção dos elementos luz já desenvolvidos são utilizados cada vez com mais frequência e a consciência dos benefícios como metas alcançadas, já que dando é que se recebe, quanto mais amamos mais fazemos irradiações de divino acervo a partir de nós mesmos. O mestre interno.

Sintam mais que entendam, pois, esse tipo de linguagem é para as almas do terceiro milênio, a vida do espirito é algo de maravilhosa contextura, mais que se eleve, trata a si e aos circundantes por exemplo, quando toma por virtude a fé, uma força latente dentro de estar que se redescobre por condução divina na construção de ser.

A fé promove o espirito a ver além da forma depois que ela é edificada no correr das provas que facilitam o autoconhecimento. Nele nos medimos em nossos feitos e embora não tenhamos no corpo acesso irrestrito as pedras preciosas ocultas, já que somos o riacho borbulhante de águas turvas com um desejo indesviável de chegar ao oceano!

No caminho das experiencia vamos reunido lembranças de passado recente ou mais remoto, como a fonte que brota generosa entanto com uma perspectiva a medida que se movimenta rumo ao seu destino, colocamos no reservatório de nossa almas cada uma delas como se ocultando virtudes desta passagem por um corpo para acessar mais a frente quando o riacho se torna rio que serve a terra de frescor,  fecundo em  sua passagem mas esta ação não se recorda, apenas age ocultamente em passos largos para chegar ao seu destino, o presente á ação no tempo agora, o passado são as pedras ocultas pelas águas turvas que só a lucides tem acesso.

Ser lucido, outra qualidade em virtude de alma, não apenas palavra, note-se que na exposição estamos falando de um  riacho que se torna correnteza ruidosa, que executa sem cessar o lapidar no seu leito e que leva das experiencias é o que se torna, semelhante ao poeta que começa a discorrer sobre um sonho, depois avalia o processo, avaliza os méritos, deduz com sua mente que vai aprimorando a atividade para ver o quadro todo de sua jornada nas aquisições de vida.

Diferente do que esteja visto, o que se sente são as pedras em lapidário, que são acessadas essas  ações de espirito como aquisições que não podem ser retiradas, cada momento é único e depois que passa, se poeta for, se tentar amor, se conseguir ser e reviver suas memorias, junta-as em conto e por sua linguagem lúdica, toca almas, criativas desde sua essência, as desperta rumo a novas aquisições, o presente passa a ser passado e no futuro certo o resultado dos presentes compõe o campo estruturado de ações, mesmo as impulsivas, quando movidas pelo amor são acessos no passado onde fora estruturado em virtudes ativas.

Nada há de mais belo que a flor que toca com sua suavidade, ou a verdade qual se constitui em movimento de encontro conscientes de nossas obras, se no talento da bondade agimos com perseverança ela nos tornamos pelo exercício de constância, entanto todas as virtudes para que saiam da contextualização em ações produtivas e justas, necessitamos do concurso de quais se atenda a própria alma na cura de si mesma trazendo medicação a outras .

É o chegar ao oceano. Deus, olhar para trás e ver Deus, olhar para frente e sentir Deus.

Eis o que é para quem tenha olhos de ver, que veja...

Simão 








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Antonio Carlos Tardivelli