Anote com o coração.
Toda vista é uma benção dos céus
a criatura entanto, o pouco que vê guarda sem saber e por essa razão seus
tesouros se ocultam dela mesma.
É como a água turva do riacho borbulhante ele
tem sob a superfície ocultas pedras que vai lapidando embora seja vista circunscrita,
quando há seca, mostra por vezes o que está oculto.
Assim é a alma imortal em seu
caminho acensivo, muito do que se oculta, está posto a vista em tempos
dificultosos, como a água do riacho que diminui sua quantidade em ocupação de
espaço para que se vislumbre a beleza que oculta de seu laborioso trato.
Explico-vos a filosofia deste
trato com palavra, quando anotamos com o coração percebemos a profundidade, reconhecemos
a grandeza de um momento de vida, eternizada quando se tem consciência dos próprios
feitos a nosso favor. São tantos em semelhança as pedras do fundo do riacho de águas
turvas.
Considerando a vida que prossegue
sempre, pois é feito perfeito do incriado, juntam-se nossos feitos no reservatório
de nossas almas, vislumbramos em parte o que somos no que estamos no correr dos
segundos presentes, sem nos dar conta do tesouro de ser melhores a cada dia,
como se a mão invisível do incriado nos conduzisse individualmente para progressivas
conquistas que ficam reservadas para que façamos uso delas no movimento apropriado.
Para tanto é necessário um
caminho de aceitação de vida que se renova em posições ascensivas progressivamente,
ou seja, laboramos uma das virtudes de nossas almas e a virtude oferece certo tom
de cores atuantes no meio qual fomos direcionados a interagir, não temos
propriedade senão do que fazemos de nos mesmos, mesmo assim o ter transcende ao caminho de plenitude onde nada se retém tudo oferece quase que em movimento de
prece do ser para ser útil a outro ser.
Logo a virtude é uma somatória de
elementos em vivencias nas ações de espirito, logramos feitos imperceptíveis a nos mesmos no uso da palavra por exemplo, sua
força nas expressões do nosso espirito torna-nos arautos do divino e por isso
sob a condução da sabedoria suprema agimos ao meio na magia do amor em
trabalhando todos os tons de cor, pois energia que da essência surge radiosa um
cabedal de virtudes a serem utilizadas para que não tendo posse senão de nossas
escolhas, tratemos o campo subjetivo, intangível, não visível com irradiações em
diferentes tonalidades, com virtudes trabalhadas que não são guardadas egoisticamente, sim distribuídas generosamente.
A generosidade é apenas um tom de
cor de alma para alma, só se é generoso porque outro ser precisa do que por nós
já foi alcançado, então oferecemos retirando dos tesouros que juntamos, os tais
ditos pelo Cristo para que cultivemos em nos mesmos, e a feliz idade qualquer
que seja a que nos situemos enquanto almas imortais, é aquela onde a construção
dos elementos luz já desenvolvidos são utilizados cada vez com mais frequência e a consciência dos benefícios como metas alcançadas, já que dando é que se
recebe, quanto mais amamos mais fazemos irradiações de divino acervo a partir
de nós mesmos. O mestre interno.
Sintam mais que entendam, pois,
esse tipo de linguagem é para as almas do terceiro milênio, a vida do espirito
é algo de maravilhosa contextura, mais que se eleve, trata a si e aos circundantes
por exemplo, quando toma por virtude a fé, uma força latente dentro de estar que
se redescobre por condução divina na construção de ser.
A fé promove o espirito a ver além
da forma depois que ela é edificada no correr das provas que facilitam o autoconhecimento.
Nele nos medimos em nossos feitos e embora não tenhamos no corpo acesso irrestrito
as pedras preciosas ocultas, já que somos o riacho borbulhante de águas turvas
com um desejo indesviável de chegar ao oceano!
No caminho das experiencia vamos
reunido lembranças de passado recente ou mais remoto, como a fonte que brota generosa
entanto com uma perspectiva a medida que se movimenta rumo ao seu destino, colocamos
no reservatório de nossa almas cada uma delas como se ocultando virtudes desta
passagem por um corpo para acessar mais a frente quando o riacho se torna rio
que serve a terra de frescor, fecundo em sua passagem mas esta ação não se recorda, apenas age ocultamente em passos largos para chegar ao seu destino, o presente
á ação no tempo agora, o passado são as pedras ocultas pelas águas turvas que
só a lucides tem acesso.
Ser lucido, outra qualidade em
virtude de alma, não apenas palavra, note-se que na exposição estamos falando
de um riacho que se torna correnteza
ruidosa, que executa sem cessar o lapidar no seu leito e que leva das experiencias
é o que se torna, semelhante ao poeta que começa a discorrer sobre um sonho,
depois avalia o processo, avaliza os méritos, deduz com sua mente que vai
aprimorando a atividade para ver o quadro todo de sua jornada nas aquisições de
vida.
Diferente do que esteja visto, o
que se sente são as pedras em lapidário, que são acessadas essas ações de espirito como aquisições que não podem
ser retiradas, cada momento é único e depois que passa, se poeta for, se tentar
amor, se conseguir ser e reviver suas memorias, junta-as em conto e por sua linguagem
lúdica, toca almas, criativas desde sua essência, as desperta rumo a novas aquisições,
o presente passa a ser passado e no futuro certo o resultado dos presentes compõe
o campo estruturado de ações, mesmo as impulsivas, quando movidas pelo amor são
acessos no passado onde fora estruturado em virtudes ativas.
Nada há de mais belo que a flor
que toca com sua suavidade, ou a verdade qual se constitui em movimento de encontro
conscientes de nossas obras, se no talento da bondade agimos com perseverança
ela nos tornamos pelo exercício de constância, entanto todas as virtudes para
que saiam da contextualização em ações produtivas e justas, necessitamos do concurso
de quais se atenda a própria alma na cura de si mesma trazendo medicação a outras
.
É o chegar ao oceano. Deus, olhar
para trás e ver Deus, olhar para frente e sentir Deus.
Eis o que é para quem tenha olhos
de ver, que veja...
Simão
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Antonio Carlos Tardivelli