quinta-feira, 23 de julho de 2015

Viver no Tao.

Outro conto de ternura.
Deixar partir é algo que as vezes é complicado porque queremos permanecer no que sentimos.
E quando o sentir é de posse que se tem ou que se desejou ser ou ter é o ego que quer prevalecer sobre o sentimento que pode ter dois lados.
Sombra e luz.
O lado sombra dita que deve permanecer querendo a posse não importa o tanto que doa.
O luz diz serenamente deixe partir de si mesmo viva o Tao.
No presente deve ficar o que nos faça feliz e o meio de encontrar a alegria é ser agora ela, aceitando a sombra sem permanecer nela.
Meu ser quer ser pleno e para ser pleno quero que seja assim.
Não vou viver no passado e já que não posso viver o futuro o que tenho é o presente. Quero que ele seja pleno. O sagrado em mim determina.
Se meu ser luz não determina que quero estar feliz no meu presente e para ser pleno nele não posso negar o que sou logo se permaneço no passado não vivo o presente que é o que tenho. É onde vou viver o Tao.
Estive olhando fotos e descobri a constante mudança do exterior, entretanto me sinto o mesmo com todos os anos e nenhum tempo só o agora.
Sentindo que estou em fase de aceitar o que sou sem saber para onde vou claro, vou vos parecer extremamente perturbado, mas não, estou no encontro comigo mesmo. E neste encontro nada é explicável ao outro tudo é coerência para mim mesmo.
Não é uma busca, é estar em mim. Aceitar o sagrado e o profano. Ter consciência dentro da inconsciência. Traduzindo isso não para que entenda já que meu encontro é comigo mesmo. Simplesmente aceitar que sou luz e sombra. Que tenho um mundo subconsciente, mas  meu ser sagrado esta no comando onde quer que eu esteja.
E estou no agora. Agora é parcela do sempre.
Esse é o conto de ternura. Encontrar-me sem buscar-me posto que já sou. Ser presente. Mas não para outro, mas sim para mim mesmo.

Antonio Carlos Tardivelli





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Antonio Carlos Tardivelli