sexta-feira, 17 de julho de 2015

Seja apenas água.


Hoje diferente das outras vezes onde me coloquei diante da pagina para transcrever algo que me venha de forma carinhosa e caridosa dos benfeitores espirituais que acompanham o objetivo que tem meu espirito, que sem tanta elevação se dispõe a recepcionar quaisquer estações.
Mas de minha própria lavra, escrita ainda que de uma alma, desta vez a minha propria, que se vê como diminuta centelha, entretanto com muito amor e carinho dediquei, no correr dos instantes vividos, todo empenho no bem possível.
Tenho por paciência de um amigo que projetou em minha mente “levanta e anda” por duas vezes pois na primeira não lhe atendi nem entendi o apelo amoroso, mas que, fez-me lembrar das passagens do amor de minha existência Jesus, quando se dirigia a almas pequenas como a minha para as curar, não fazendo por elas mas realizando com elas dizia, levanta e anda, logo tenho por paciência deste amigo o habito recente de três a quatro meses de fazer caminhadas.
Em caminhada pela manha quando meditando sobre as atividades que a misericórdia divina permite as minhas limitadas condições discernitivas e de efetiva realização, apresentou-se uma amiga espiritual projetando em meu campo mental diversas imagens.
Mostrava-me enquanto caminhava a exuberância da beleza da natureza em seus formatos diversos, de flores, odores, árvores, arbustos, no reino vegetal uma diversidade a perder de vista e cada um deles único, como são únicos todos os espíritos na carne ou fora dela.
Dentre as cores maravilhosas de diversos matizes nas flores aos tons de verde chamuscados por suave gotas caindo do céu molhando toda terra e sendo elemento de vida que se renova.
Mostra-me essa devotada benfeitora uma metáfora para que nela encontrasse uma lição importante e que no momento que a recebi não lhe dei a proporção devida.
Posto que pensava em todas as ações minhas devotadas a realizações segundo a crença que abraço, de que os seres para alcançarem patamares de compreensão mais precisa, necessitam do alavancar pela vontade própria seus conceitos mais acertados e erradicar os elementos que lhe impeçam a ascensão mais justa.
E tenho sentido ao longo do caminho as desistências, as indiferenças quanto a própria sorte futura o que me enchia de tristeza e pesar.
Diante do quadro de minhas mais intimas inquietações essa amiga chinesa de longo período de paciente acompanhamento a mim ela reitera:
Seja apenas água.
E ainda acrescenta. Sois acaso responsável pela germinação da semente? Cabe-vos julgar o momento adequado da floração ou da frutificação?
No campo da humanidade não tem os seres a liberdade de escolher seus próprios caminhos? Que queres? Seja apenas agua.
Ela cumpre seu papel, seu dever de umedecer a terra a semente laborando silenciosamente e quem lhe imputa reconhecimento preciso?
Assim, sujeito a vossa apreciação esse compartilhamento.
Uma experiência espiritual dentro de uma conceituação de evidente ensino sobre ser.
Ser completo, integral em sua simplicidade.


Antonio Carlos Tardivelli

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