sexta-feira, 26 de março de 2021

19 O fluir, por tua guarda

Eis-me aqui, o que queres que te faça?

E peço com ar de graça que me conceda entendimento, a resposta é imediata.

O que pretendes fazer com o que te der?

Bem fácil conversar com nossa essência, a condução deste fluir passa por determinação de nossa própria alma, na busca incessante de verdade que nos liberte, assumimos para nós muitas amarras, e em grande parte da trajetória, não queremos sair delas, nos bastam as ilusões que temos.

Mas o fluir é inevitável, quem não teve em sua jornada presente um momento onde ia realizar uma ação e nosso pensamento parecia contrapor-se, questionando se era o certo, considerando outra possiblidade, era como se uma conversação fosse estabelecida ate o movimento decisório de nossa vontade, tornada ação.

No campo de nossas sutilezas também podemos encontrar esse fluir de consciência, as escolhas que fazemos motivados por algo dentro de nós, que muitos classificam como fé, ardente muitas vezes, tão ardentes que tendem a ser angustiosa presença, um fogo a consumir em ocupações mentais nem sempre acertadas no correr do tempo, tal o campo de ilusões, produzidas por nós mesmos ou por influencias de crenças vazias e que não edificam dentro do esclarecimento.

De certo que o fluir por nossa guarda, ser espiritual já esclarecido sobre o necessário campo de conquistas a realizar por nós, permite que seus pensamentos sejam captados, muita vez nesta condição de conversa intima com nossa essência, nos mostrando quadros para que tenhamos elementos comparativos para estabelecer justa escolha.

Quem não teve um momento onde uma ação poderia agredir o outro, e neste fluir de intima conversação, pensamos, e se fosse um irmão ou irmã minha, se medíssemos nossas ações que tocam o outro provocando reações, limitaríamos nossos equívocos permitindo esse fluir de conversação, que podemos dizer, com nossa consciência, pois avançamos sempre na vida amadurecidos por ela, e pouco a pouco mais e mais compreendemos a necessidade de avaliarmos a nós em nossas ações rotineiras.

Delas, das ações, sempre nos retornam os efeitos, de posse deste reconhecimento como seres de inteligência podemos bem utilizar a nosso bem, produzindo ações que sejam cada vez mais vindas deste fluir generoso, quando nos determinamos a entreter essa avaliação intima, nos movimentos de nossas escolhas frente a vida.

A determinancia da qualidade de nossas existências, em auto pacificação, em reunir valores enobrecidos para que estejamos pacificadores, passa pelas conquistas de alma a distancia das ilusões, tendo fé, e com o pensamento a analisemos e como força intima se redescubra no como utilizar deste fator íntimo de força transformativa.

No fluir de nossas palavras, entretida a conversação, as conceituações são colocadas a vista para analise de outras consciências, por nossa verdade asseveramos que há sinceridade e verdade nos propósitos firmados, e fluem as ideias dentro dos ideais propostos, com consciências afins, alcançado algum grau de liberdade, mais se apresenta esse fluir entre as esferas do pensamento, nos socorremos mutuamente, suplicamos aos mais sábios que nos instruam, estabelecemos metas alcançáveis de amparo e ajuda aos semelhantes, e seguimos em frente, como operários que recolhem sementes no celeiro e tratam a terra, depois da semeadura a colheita, entretanto não é nossa, sim a satisfação do trabalho que se executa.

Permitindo esse fluir que se estabelece, de nossa consciência para a vossa, seja feita a vontade do Pai nos filhos, é assim que é sempre.

Por agora é isso amado filho.

Emmanuel de Jheosua

 

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Antonio Carlos Tardivelli