segunda-feira, 8 de março de 2021

1 Desejo ocultado


Por oculto sem que o saibamos se não por analise do que sentimos, algo há em nossa alma, que seja busca do divino. Quem nos fez? causa primaria de todas as coisas e, pensando um ser pensante, nos fez assim... Deus, pensemos.

Na natureza física os instintos, para que sejam de domínio ao espirito, neste realizar-se cresce enquanto consciência de si, toma por domínio o templo corpo que lhe permite lições de vida, e nestas lições apreende que Deus é, a realidade que mais importa, estar com ele observantes de suas leis nos felicita, essa é a adoração do espirito, seu desejo sublimado é estar em presença do altíssimo, sem que qualquer macula ainda o retenha ao campo dos instintos inferiores, é a plena realização dos anseios enobrecidos durante a jornada pelo movimento da vontade em perseverança.

Essa parte pode nos estar oculta, não julguemos os equívocos nos outros, pois com a mesma medida seremos sujeitos ao julgamento, nada foge das leis eternas, todos os seres criados estão em vinculo intransferível com suas obras, já que cada um é único, autor no seu presente de futuro mais ou menos venturoso, mesmo entre os elementais, pode ser constatado por vossa observação nas plantações extensivas, na grande quantidade de vida vegetal, entanto, para cada arvore ou arbusto, so existem semelhantes a eles, cada um é um pulsar do pensar divino, é único, mesmo que seja composto pelos mesmos elementos desde a menor partícula onde é energia, divina, pensamento do criador que fez todas as coisas, todas mesmo, o infinito universo e as partículas que o compõe!

O véu que recobre nossa vista, em parte, compõe-se de restrição que o templo corpo oferece, entanto, ao espirito buscante em seus desejos de realizar-se em plenitude, por pensar, sentir, escolher o que sente, realizar, observar os efeitos de suas escolhas em si, é fato, só alcança o saber aquele que se dedica ao desenvolver da inteligência discernindo, isso requer esforço disciplinado, no campo da fé, se ela pensa, atribui por justa vista cada presente ao pai eterno pela concessão escolar que eles estão a oferecer, até quando posto ao campo dos desejos do corpo, qual tem por seu domínio que assim sempre seja.

Assim, os desejos ocultos ficam a descoberto, quando observantes em um espelho nele vemos o que temos por feitos, o desejo, como querer evoluir e alcançar sublimação, vem da essência que movimenta a vontade em ser pleno, nos outros desejos que ensejam lições de vida, para que sejamos instrumentos dóceis, recebendo em grupos familiares outras almas viventes, semelhantes as nossas, ficam os desejos sendo sublimados pela assistência amorosa que oferecemos, de nossa parte no melhor rumo a edificação, que pensamos estar atuantes nos outros quando a construção se dá em nos mesmos, sendo o que pregamos, exemplificando por tudo o que pensamos, no campo da crença definimos Deus por soberano, para aqueles que nossos semelhantes, não tenham ouvido falar dele, ele é, soberano em todas as coisas desde sempre.

Explica-lo pode ser o nosso desejo, embora nos falte ainda competência para fazê-lo, mas diante de uma fé que pense, encontramos vasto campo em nós mesmos para identificar sua obra divina, tivemos começo nele e por síntese didática, viemos de um sopro seu. Agora viajemos por esse sopro e suas efetivas consequentes, a perfeição da obra não fala do seu autor? E quanto nos compreendamos durante a trajetória, em escolhas mais ou menos felizes reconhecendo os efeitos destas obras de nós mesmos, não ensejamos os desejos de melhoras, de preferência nossa que sejam abundantes. E que assim seja sempre.

O desejo de felicidade está posto ao que procura, já que encontra, ao que pede pois recebe em suas descobertas sobre si, quando o eterno silencia como se não ouvisse nosso clamor, por sua presciência no sopro que ofereceu nossa existência, já colocou ideários em sementes, propósitos dormentes, sementes a serem germinadas no templo onde a fartura espiritual seja busca realizativa, seja desejo de realizar-se em compreensão, do porque estamos aqui, na forma, nos desejos, nos efeitos de escolhas pelos desejos, de sermos pais, irmãos em humanidade, amigos por verdades em mesmo foco, semelhantes que se buscam e encontram o pai nos filhos, sobre o que já fizemos  neste transito por um templo corpo, que longe está de ser nossa primeira experiencia. É assim que é!

Existimos antes, somos agora um concreto manifesto da vontade do senhor da vida, por pequenos que nos sintamos ainda, abrindo os olhos da alma vemos mais adiante, na sequência de escolhas que fazemos, a colheita qual nos obriga a lei, se semeado amor a humanidade a partir de ser em nós mesmos, luz irradiante e pacificadora, de certo estaremos mais a frente junto aos afins de maior domínio sobre tudo o que ainda está um tanto inativo em nós, por ser divino, oculto a nós que vemos de forma embaçada e confusa antes de ser plenos, assim será, plenitude angelical!

Vejam, sintam, nossa alma se assim for vosso desejo, vê aquele que quer ver,  comparem com as suas vistas, suas conceituações, muitas similaridades serão encontradas, por sabedoria divina no labor da terra intima, podemos considerar nossa contribuição única, nossos semelhantes se afinizam ou não com nossas colocações de alma, ramos modestos somos da arvore de vida, onde o Cristo nos oferece a seiva renovadora, o porto de nossa crença e ciência, posto que é impossível a criatura não concluir, Deus é, como dirigente maior de toda existência, na nossa escolhemos adorar e amar tanto quanto o entendamos no que sentimos, no nosso amor nos damos e nele observamos, que nossa vista ainda embaçada necessita de anjos tutelares a nos inspirar com orientações, que assegurem nosso progressivo entendimento dos deveres, não para com a instrução e elevação da humanidade, sim como um membro dela ativo, amoroso, misericordioso, pacificador acessando a sublimação junto com o coletivo!

“É dando que se recebe, perdoando que se é perdoado, morrendo que se vive para a vida eterna”, na paz plena que nos afigure trato de nossa alma em lições de vida, trouxemos nossos valores entre as palavras, para que outras almas encontrem em seus desejos por busca, encontro com o que vemos e sentimos que somos.

Filhos do altíssimo, todos nós, bons e maus filhos, o senhor da vinha nos permite estar entre os frutos do trabalho enobrecedor para nossas almas, o contentamento por agora é bem grande, e o mundo futuro será assim, regenerando, a alma vivente se abrirá as instruções postas na natureza fora e dentro de si mesma, é a vontade do pai que nos filhos seja realidade, a terra povoada pelos mansos e humildes de coração, seguidores fieis do Cristo, caminho verdade e vida, viverão em paz, e nela edificarão nobrezas ainda dormentes, qualidades que devem fluir desde a essência divina nos seres pensantes, vir à luz do dia nos presentes, como oferta intima do indivíduo para o coletivo e assim será até a consumação dos séculos, a existência segue em seu fluxo inesgotável, isso porque é pensamento divino em perfeição.

Estudai e instrui-vos, eis a diretiva para o encontro com os desejos ocultos desde vossa origem, observai disciplinados as leis que podes entender agora em sua aplicação em vida, a nós como suprema diretiva, amar a Deus sobre todas as coisas (até sobre nós mesmos) e ao próximo como a nós, em toda obra que por ser divina na origem, sopro de Deus, desperta quando batemos a porta do auto encontro com a verdade essa que nos liberta.

É assim que é.

Emmanuel de Jheosua

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli