sexta-feira, 31 de maio de 2019

Se tua alma imortal, pensa.


Amor incondicional:
Não se trata de conquista, porque o ser só pode ter o que se torna, trata-se de sair de si na direção que o sentimento indica, o sentimento que elege o espirito, como lei divina para que por ela se norteie, então quanto sinta o outro aceita-o, quando pode quanto possa ampara, não por ganho senão pela alegria do serviço, quanto mais consciência tenha de si mais compreende do que se trata, quando se cuida com esse zelo, porque para ser amor incondicional, não basta ir ao cume do amparo se viaja no maltrato de si mesmo, a incondicionalidade não afasta o princípio de que o primeiro próximo, o próximo mais próximo para ser amado é o emissor desta força divina.
Só ama incondicionalmente quem é amor.

Desapego:
Dizer, não basta ao campo dos sentimentos, pois o que move os sentimentos é o ser por sua essência, e esta consciência de si no meio qual labora sua alma, para que se cure, para que se renove, para que seja sua fala sim, sim, não, não, o meio termo não existe ou é um ou outro; no quadro do desapego, pois se é desapegado, ou navega nas sombras mesmo que não muito espessas do egoísmo, que limita o discernimento, o ponto a considerar por nossa vista, é como que em nos recolhendo em profunda meditação, intuímos que estamos envolvidos pelas forças que vem do provedor de  vida, porque as buscamos e nelas nos situamos, trazendo dos planos divinos vibrações, como medicamento, para onde, quando e quanto os projetos sublimes nos situem, não somos obra do acaso, nem iremos para uma pena eterna ou gozo paradisíaco, desapeguemos de todo medo, toda inquietação, toda insegurança, são apegos sutis entre outros, que embaçam nossa vista e não nos vemos integralmente.

“Ser ou não ser eis a questão”, e neste vagar silencioso pelos campos filosóficos, que podem ter se permitimos a força sutil que movimenta o agir, no sentir, e quando seja a descoberta no que importa, porto de verdade, olhando com a de vista a vida com profundidade porque a isso estamos, nos ver como somos, e o que sentimos que somos é apenas parâmetro que nos indica o porto seguro do discernimento mais lucido. Escolhemos é certo, a todo instante como queremos nos sentir, a não ser que passemos a tarefa ao outro, que em brados evoque forças não naturais, como pudessem nos oferecer sem méritos, sem esforço ritmado, a virtude da bondade por exemplo, ela não pode ser dada por quem a possui, serve entanto de parâmetro para o porto da lucides, os generosos, enquanto observo as qualidades do outro se me apequenam, estou sem ter consciência disso, que tudo o que o outro é eu posso ser, ou melhor já sou, sem me prender nas redes do ego.

Em três pontos nos detivemos hoje, o primeiro abarca os seguintes, porque é certo que tudo que vive está no incondicional do amor de Deus, logo, se for para nos apegarmos, façamos isso olhando para o caminho que nos leva a ser amor tanto quanto entendamos, pode ser pequeno, exercitado o desapego se engrandece muita vez que a renuncia de si mesmo seja necessária a ação ao meio, e a renuncia é uma das cores que compõe o que não se condiciona, não seja visto porem sentido, se nas dores do caminho, julgando-nos sozinhos, desamparados, solitários, angustiados ao ponto de desejar por termo a tudo, desistindo, contemos nossa historia a nos mesmos, passando pelos quadros dos acertos e enganos, a uns descobrindo que podemos mais ainda, os acertos, e aos enganos irreversíveis não podemos fazer senão um novo final a partir de agora.

E a grande questão do ser ou não ser, é que ser existe e o não ser é impossível a alma que é imortal, entanto escolher sim é, e se queremos entreter nossa alma nos caminhos da alegria, aceitemos o açoite da prova, a rude dor que nos incomoda, os medos, as inquietações, os receios por nos sentirmos muita vez tão pequenos, como um grão de areia perdido em uma praia imensa, ninguém nos vê, ninguém nos conhece, ledo engano, se foi tocado por algum ponto desta escrita, é certo que veio do manancial divino que te alerta para as tuas forças internas, e um dia bem depois de toda luta que teve lugar em tempos inesquecidos, dobrado frente a força suprema que no disse exista, a gente encontre por lucides, que tudo valeu a pena.

A vida segue sempre, é da natureza de alma imortal. Jamais desistas dela.

Namaste





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Antonio Carlos Tardivelli