o tempo que fica

Diante do tempo

Vez que passa e por outra mal ou bem

Na abastança ou na penúria

No que basta o impuro, na abastança a beleza

Do que toca, musical belo esteja

Porque o tempo passa e por outra ficam lembranças

O mais interessante da vida é que podemos escolher o que levamos

E o mal ou bem então se apresentam

O que é belo e foi manifesto é o bem que se leva por inteiro

E quando diante do tempo anota qual escolhe estar

Ou escolheu por lembrança feliz, soma no que está o que foi feito seu

De certo que o tempo que passou volta ao presente como uma constante

De alegria ou constrangimento frente a nós mesmos

O tempo que conta fala de nossa história

Que fazemos agora e por outra pertences do passado que se apresenta

De certo que o tempo passa só não nos enganemos, passa e fica nos presentes

Pois a lente de eu sou converge no tempo entre um momento e outro, ou pacifica, ou constrange

E não por passatempo, por olhar-se, por saber-se, por encontrar-se ou perder-se novamente

E quanto sinta no que faça se a proposta enquanto a lei se afina

Por seguir por uma estada de questionamentos por melhores feitos

O tempo passa e o olhar se detém na estrada por estada logo a frente

O que se leva do tempo são as experiencias

O que trata o presente é a vontade de quem pensa

Pode-se escolher diante da ampulheta que parece que ficará vazia

Voltar ao principio tendo um novo fim, ou ficar observando esvaziar-se

Se deixar o tempo passar assim como apenas observante contemplativo

O tempo escoa ao contar os fragmentos de areia que mudam de lugar

No presente entanto fica o vazio e ele ninguém suporta

Na conta do tempo então força a dor o movimento

Quanto te encontres assim diante do tempo pensa no que te tornas

Abdica do vazio contemplativo e os presentes serão preenchidos de esperança

Verdades que se tornam posse tua pois virtudes não se vende postas as estantes

São da alma operosa em si mesma ciente do tempo que passa. 

Consciente do tempo que fica