domingo, 6 de julho de 2014

A verdade que trago.

Na verdade do que sinta.
Houve tempo nesta terra que de fogo ela era
Tanto tempo assim passou enfim terminaram as eras
A cada conta entanto ficaram marcas profundas
Da vida que antes era.
Jovem não espalhei quimeras
Busquei a força do verbo, porque bem pobre eu era
No fogo da inconstância minha alma foi moldando-se
De uma centelha divina, algo mais agora estou
Quando na bola ardia nem consciência eu tinha!
Como se no fogo dormisse e nada do que sou agora visse.
Quanto tenho hoje?  Meço hoje o que serei?
Quase nada como dantes eu era sou no presente
Passaram as eras e o que agora tenho é o que sinto
A verdade segundo a vista que lhe empreste
Pode ser descrita desde a origem mais agreste
Ou ser terno toque da brisa que na primavera hoje sopra
Haverá quem me entenda a fala, do verbo que busca o infinito
Outros dirão, poeta louco em puro desvario
Mas não trago a verdade que tenho na verdade que sinto?
E o que faço quando conto das eras que existi?
Como sabes poeta das eras, não és só agora feito demente que escreve?
Ah quando soa a prece da minha alma eu vejo o que sinto e o que sou.
Alma vivente na terra desde que disse exista o divino pensamento.
E como o abrigo terrestre já conta muitos milênios
Pra que aqui chegasse o poeta, não há mais após o que agora tenho?
Por certo o fogo que arde hoje dentro, nas minhas provas e expiações
Reluzira minha alma noutro tempo
E então a verdade que trarei, ainda será a verdade que tenho.
Pois sou o autor do que faço e sinto.

Antonio Carlos Tardivelli

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