terça-feira, 9 de novembro de 2010

Olhando no espelho:





07 - Conviver com o próximo sem julgar suas atitudes.
Nos doces acordes do ser, conviver por vezes se apresenta como o maior de todos os desafios.
Pensamos estar no outro os diversos elementos desestabilizantes, entretanto por justa vista noto em muitas ocasiões, que se encontram dentro de mim mesmo.
Quando encontro desculpas ate lógicas para me justificar, não dura muito, entretanto, pois para mim as minhas mascaras sempre se tornam frágeis e caem algumas vezes diante dos sentimentos que experimento.
Sendo o melhor juiz das minhas atitudes comportamentos e pensamentos, por vezes sinto dificuldade de me auto perdoar, e longos períodos de sentimentos desencontrados encontro dentro de mim mesmo.
Me pego julgando, e nestes julgamentos logo noto que não esta fora de mim, mas sim em mim o que me deixa incomodado.
Se o outro tem atitudes desencontradas antes de julgar deveria observar no meu campo intimo o quanto estou disposto a me modificar dentro dos sentimentos experimentados.
Parece algo difícil para eu jamais julgar, sinto que meus julgamentos são necessários a mim desde que consiga ver o que esta em mim quando aponto na direção do outro. Quando foge a essa contribuição para que mais me entenda, paro , penso, e afasto dos meus pensamentos o julgamento das atitudes do outro.
O equilíbrio sempre como proposta intima, me faz sentir entanto que dentro do conviver tem a parte que me cabe no aprendizado sobre mim mesmo, meu direito, o direito do outro, e o mais certo a se fazer.
E o realizar esta muito ligado ao sentir, porque quando sinto, vivo, me redescubro, alimentam meu espírito as reflexões sobre o melhor proceder possível. Às vezes consigo o equilíbrio, às vezes não.
Olhando pelo lado que me cabe, sempre tento o melhor, mas por vezes sinto não ser o suficiente, afinal conviver não é necessariamente ter contato somente com as afinidades, os amigos, pessoas que nos entendem, nos sentem, não nos julgam, com estas a convivência acaba fluindo como um riacho de águas claras e cristalinas, de parte a parte sem a interferência de sentimentos tais como o orgulho, a vaidade, entre outros laços do egoísmo.
Por outro lado, nas convivências conflituosas, onde mesmo que não queira julgar, de forma natural vou refletindo e reagindo com o que tenho gosto e aquilo que me desagrade. Às vezes na contabilidade do amor, tem mais peso medir as atitudes, pensamentos, sentimentos, e as reações decorrentes em favor daqueles que não pensam ou sentem como eu .
Claro que do meu ponto de sentir partem as auto avaliações dos procedimentos no campo da convivência, o acertar mais ou menos pode ate passar pela avaliação do outro e conseqüentes comentários depreciativos ou não, entanto para evoluir a auto compreensão do que ocorre no meu campo intimo e para que eu melhore, preciso aceitar que não tenho total acerto em tudo nem meu próximo.
Assim pelo que sinto da convivência, é um constante acertar e errar.
E algumas virtudes podem surgir tais como a tolerância, a compreensão, a paciência, e também o processo definitivo de auto perdoar-me, compreender-me, ser tolerante comigo mesmo dentro deste processo, e ser paciente, pois meu progresso se realiza pouco a pouco.
Não existem saltos, apenas a jornada de aprendizado e reconhecimento
Que tenho algo de divino e humano, e necessito do humano para alcançar o divino, assim como do divino para a compreensão mais precisa do humano.
Em mim meu próximo mais próximo e no outro...

Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli