Visitando um sonho, torne-o teu. Se desejar compartilhe. Namaste Atualizado em 22 de março 2021 segunda feira
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A dois mil e onze anos atrás.
Quando olho para vida, como se um filme diante dos meus olhos se repete.
Todos os momentos sempre marcantes para a recordação presente.
O pote milagroso multiplicava-se o arroz segundo Carlota.
Irmãos pequenos, pobreza material, fortuna espiritual.
Era o principio do trabalho concencial desta existência onde sob o manto azul do céu ia novamente repetindo as brincadeiras próprias de criança. Enquanto meu espírito percebia o futuro a frente como se o antevisse.
De todas as lembranças que se apresentam a que mais é prazerosa se compõe das horas e horas de vadiagem na cabeceira do rio chamada voltinha. Uma curva sinuosa do rio com corrente forte.
As fugas da escola para brincar entre os eucaliptos, percorrendo o pequeno riacho de pés descalços a cata de caranguejos e pequenos peixes que ao serem aprisionados logo eram soltos, pois tomado pela compaixão, simplesmente admirava a vida e jamais me sentia no direito de tirá-la.
O tempo passa, as historias são vividas como pequenos contos de réis, que jamais perdem o valor com a passagem do tempo.
De espada em punho já ousava perguntar, porque naquele tempo não defenderam o cordeiro já que todos a usavam na cinta por alguma razão. Ate ouvir que Pedro a retirara ferindo um daqueles que vieram sacrificar o cordeiro. E suas palavras admoestativas marcaram minha historia pessoal como se eu la estivesse presente.
Tempo de lembrar 1973 quando por alguma razão alguém fala comigo com voz inesquecível e me faz mergulhar na minha própria origem. Com ternura e firmeza, movimentando meu ser profundamente e eu que nada tinha para oferecer já me tinha a fonte, e me esclarece naquele momento de quem sou!
A contagem continua no tempo passageiro enquanto meu espírito experimenta alegria e dor.
A dois mil anos a historia conta do Cristo, de sua breve passagem pela densidade física, como um cordeiro entre nós lobos e anjos enclausurados.
Não posso dizer se fiz tudo o que devia, porque quando aqui cheguei não me lembrava de onde vim nem a que tinha vindo. Só me sentia amando todo ser, em semelhança ao cordeiro que fora imolado.
As lembranças de onde eu vim tinham se apagado.
Somente o som daquela voz que me colocou frente a frente com minha origem sempre meu alento.
Nada me pediu só me revelou de quem sou. E prossegui como se o seguisse todo tempo.
Ainda no campo das incertezas que por momentos me entristecem.
Sinto que me aguarda o abraço mais esperado desde que me tornei aqui agora alguém sem memórias do passado mais distante.
Afinal reconheci a voz e soube da minha origem.
E por instantes recebi o que pedira insistente.
Será, pois que sou uma das ovelhas!Perguntara.
E Ele disse sim. Tu és!
Antonio Carlos Tardivelli
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli