As vezes
diante da página uma indagação surge insistente, o que poderia realizar em um
mundo com tanta violência, que fosse útil para encaminhar a paz, não qualquer paz,
uma onde as almas se aquietem, sonhem, sintam esperança perto, bem perto, como
se fosse atrás da próxima porta a ser aberta.
Na entrega dos
pensares, vibracionando o amor que possa, surgem as palavras, as vezes da minha
alma noutra colhidas junto a tantas almas pensantes, sem mais um corpo físico como
instrumento de manifestação do pensar, que é agir ao meio, quando esse pensar
se eleva, rebuscante em si mesmo, na intenção de chegar a paz para ser ela em
seus manifestos.
Neste caso se
dá com muita transcendência, desde o primeiro movimento da vontade, algo dentro
como luz divina vibraciona provocante, despertando as aspirações mais
enobrecidas, a nossa vista observantes, é como se fosse um pequeno ponto de luz
que vai expandindo sua irradiação preenchendo cada ponto escuro a sua volta, não
tem outro adjetivo para essa forma luminosa, que: Ali está um ser divino.
Visto entanto,
se nesta entrega estivéssemos em um corpo, veríamos na forma uma senhora bem
modesta, recolhida parecendo entristecida pois seu rosto se contrai frente as aflições
de vidas e os quadros frente a ela, rebuscante em si mesma, das forças a que
suporte, ver tanta violência, então se dobra como se ocultasse em quarto
escuro, vibracionando o pequeno ponto de luz que é, rogante ao eterno pela assistência
necessária.
Vejam, sintam,
que o eterno por ser supremo nada se lhe seria impossível, nem necessitaria ser
pedido já que presciente nossa alma entanto deseja essa entrega, e aos pés da
suprema inteligência colocamos nossas suplicas, no enquanto, quanto mais
buscamos o pai supremo, mais em nós a luz pequena irradia luz divina.
É quando querendo
ser e descobrindo que nada somos sem o eterno em nossas vidas, celebramos em
nosso espirito uma prece compungida, elevando desta vida uma entrega aos céus,
as mãos do eterno, nossas almas quebrantadas, tudo o que nos pareça impossível por
nós mesmos, pedimos, vejam entanto nas descritivas que fazemos, quanto a
unidade divina, vezes ligada a um corpo físico noutra a um corpo celestial
segundo Paulo, realiza, no recolher-se, na suplica, onde por movimento interno
chega a quem necessita no averno, o balsamo, a cura, o consolo que fortalece
frente as provas do caminho.
É como se o
eterno quisesse ser o bem através de enviados, nós, dentro da nossa convivência
em diversos níveis vibracionais, onde a instrução que importa ate pode vir pelo
caminho das palavras, estas quando tocam outra almas parece que no mesmo quadro
de necessidade de entrega estejam irmanadas, algo interessante acontece, porque
o sol que aquece é a somatória de elementais controlados pelos enviados do
eterno, e a reunião de almas dobradas a ele do nosso ponto de vista é uma
imensa luz que irradia de um ponto do universo a outro onde haja carência de
calor fraterno, de amor que fortaleça os propósitos das luzes mais pequenas,
despertantes, naqueles que pareçam rudes, humildes almas recolhidas com a
missão de ser paz na terra.
Em qual caminho
pois se encontra nossa alma, na entrega as mãos divinas agindo entanto com o
que já nos instrumentalizou? Esperando dos céus as benesses enquanto gira a
terra em suas dores e prantos aflitivos? Ah a entrega caridosa é ação enquanto
chora, pelo que não pode tornar felicidade, porque algumas almas hão que não a
queiram, satisfeitas com o ouro que pensam ter posse! Pobres almas em suas misérias!
Essa entrega
que hoje traçamos nas letras, postas aos pés do eterno, rogamos, que sejam vínculos
de luz onde o pensamento traga seus agregados de elevação, já que, sinto no que
penso, trato por ação cada pensamento, e quantos por ventura entendam essa
entrega, reúnam suas forças interiores e formemos juntos um sol irradiante,
trazendo reconforto, luz e paz mais adiante.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli