De certo que em algum momento a indagação
surge, quem fez o céu, o firmamento, os pássaros que esvoaçam entre as nuvens
do céu, qual fez a luz do dia e pontilhou de luz o manto majestoso celeste a
noite escura, que doutra forma seria angustiante, mas qual se deleite no chão olhando
para o céu pontilhado de estrelas, sentindo a imensidade, será tudo isso obra
do acaso?
Também ao sentir-se dentro deste
infinito em todas as direções, o pasmo, o êxtase, a paz que se experimenta
neste infinito, silencioso e harmônico, indaga-se quem me fez? Neste posto de
ser pensante, atuante, reconhecidamente pequeno ponto desta imensidade, que
tocou a terra dando movimentos aos ventos que trazem meigamente os perfumes com
a brisa, quem é o autor da paz no amor?
E ainda por trato da sensibilidade,
qual alma vivente em verdade, se sentiu a dimensão espiritual, já que todos
somos almas em um corpo, “os encarnados” ou noutro que parece esse “os desencarnados”,
quem gerou as dimensões espirituais, os corpos sutilíssimos que se utilizam como
almas imortais, as moradas celestiais
repletas de completude e beleza, luzes e cores que superam em muito as
percebidas pelos nossos sentidos físicos, o que nos deixa extasiados e
indagantes, sobre quem gerou tanta grandeza, o que esta fora, o que esta
dentro, o que é meio e que compara na felicidade de ser o auto encontro.
Quem nos oferece o agora em tanta
existência, já que por história já a algum tempo estamos na face da orbe, terra,
a indagar de onde viemos, para onde vamos, quem nos fez ou pôs aqui, seres pensantes,
indagantes, na arte de ser o que estamos, tendo a vista o futuro que nos
aguarda, já que é impossível quanto se pense no labor divino que sua obra fosse
imperfeita, podemos nos tratar por seres que não desparecem, so o corpo físico some
da superfície, pó que é ao pó retorna.
É de arrepiar quando paramos para
pensar, e quanto sentimos diante dos quadros que os pensamentos fixados em
nossas almas nos permitem, avançar as paragens mais sublimes como que amparados
por braços nobres, para que em nós a esperança seja algo como um toque, é impossível
não crer neste labor divino, e mesmo aos corações mais endurecidos, que se
negam a ver o obvio, a olhar em torno, a ouvir os pássaros, a sentir a brisa e seus
perfumes, a deitar no chão e sentir a imensidade, a pasmar-se diante de si
mesmo, sem pensante que nunca foi obra do acaso!
Quem nos ampara nas horas difíceis
é Deus? Ora quem recebe o toque do filho reconhece no filho o pai que o envia,
assim é o Cristo, assim somos todos nós. Quando pedintes e algo nos atende aos reclamos, na voz amiga que nos elucida
sobre vida eterna, na que fala da importância do transito no corpo que
devolvemos a terra, transitando pelos valores nobres de ser pai, mãe, ou filhos
em uma reunião de almas qual chamamos família, nem sempre de feliz estada, por
vezes parecemos inimigos reunidos de espada na mão nos ferindo.
Ora quando pedimos somos
atendidos no tempo do eterno, se na vida física dedicados momentos a propagar o
bem, na caridade, na beneficência, na tolerância entre as crenças e seus
legados, vezes nem tanto dos céus, mas de nossas inferioridades, mas que se
calem as vozes internas que veem as sombras que ainda persistem em manifestos, verdade
é que mesmo nos nossos movimentos equivocados o labor divino se apresentam, nos
alertas, nos inspiros, nos ditos pela escrita ou pela fala, que por vezes nos
falamos pensando ser aos outros quanto é para nos mesmos!
É o fruto do labor divino em
nossa intimidade em seus reclamos, não se faça de desentendido, se omitindo ao
bem a si, seja nobre alma que se importa, permita-se pensar com vossa consciência
tudo ao seu redor e em ti mesmo. Chamamos a esse labor divino que
movimenta em nossa consciência de progresso! Lei divina, labor do pai a favor
dos filhos que gera. E se alguém não creia agora, pouco importa, pois o tempo
do eterno é sempre e não para de nos conduzir a angelitude.
Se te barras ao bem possível estarás
na esfera dos pensamentos e sentimentos afins, neles, quanto te reconheceres
como obra do labor divino inicias uma trajetória em melhorada compreensão,
deixando o homem velho, trazendo a vida manifestativa onde esteja tua alma
situada, nas esferas abismais, nos umbrais, nos mundos de provas e expiações,
nos que regeneram, nos felizes, enfim nas infinitas moradas que o eterno nos concede
para nos oferecer os presentes como esse agora.
Estou aqui e tu que lês e sentes
o quanto esta em ti o que trazemos, não somos um neste momento, estamos nós no
tempo de semear o que temos, sem aspirações outras que não sejam ser obra do
divino, propomos aos corações o que trazemos
E nos surge sempre em todas as questões
de vida:
A mesma pergunta. Que queres que
eu faça? E o eterno labor divino nos responde em nossa alma, vivas nos
presentes que te dei.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli