segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Fé esperança caridade


No trio de vida em plenitude a fé é semente que torna a alma luminosa, precedente à esperança, a constrói, pois multiplica sua consoladora presença no ser, uma fé para ser arvore frondosa onde se abriguem as aves dos céus, é a força transformadora de nossa humana idade, antes na ignorância, que tínhamos sobre nós mesmos, o que somos, de onde viemos, para onde estamos indo.

Ela quanto seja robusta vai oferecendo a vida seus frutos, sua sombra acolhedora, seus galhos onde as aves repousam, veja amado, os galhos onde os espíritos buscam repouso, esclarecimento, consolação, já que deixando o corpo transitório sem que tenham atingido a plenitude, sempre buscam, pouso, reconforto, refazimento e quando encontram a alma venturosa em sua fé no eterno, não a fé cega, aquela que pensa no eterno como pai que ama, que indica a direção, que é amigo, companheiro, amparador, fortalecedor, que apenas ama e nós todos somos detentores deste amor, para que por nossa vez espalhemos, como os galhos floridos e verdejantes oferecendo as almas aflitas, inseguras, temerosas, o aconchego, a pacificação.

Somos enquanto fé que pensa o porto da boa nova Cristã, neste porto passamos a ter a missão de ser tal qual o poço onde a mulher samaritana conversou com o maior de todos os mestres, ele que dá a nossa fé como água para que não somente nos outros não tenhamos mais sede, sim que espalhemos como um riacho cristalino, onde vem sorver o liquido benfeitor do amor divino todas as almas que anseiam por esperança.

Na esperança nossa, a vista se amplia porque uma fé que pensa anseia por ser mais e mais enobrecida, é a lei do trabalho a nossa fé ensina, que por muito termos recebido mais nos será pedido, logo, em fé que pensa olha toda a humana idade com o mesmo olhar do mestre amoroso, nos repetindo a lei que nos mostrou, lei de amor onde em seu amor determinou que “nenhuma das ovelhas se perderia”.

Tomamos nós outros atalhos enganosos, mas quanto afastados do aprisco, ele nos rebusca na alma a essência divina que dormente se encontra, fá-la vibrar no diapasão divino com sua presença amorosa, nos reabilita diante das provas de vida, vezes experimentada pelo dolorido retorno, já que escalamos os cumes dos enganos, e nos dando conta no vazio das aspirações equivocadas, tais quais o filho prodigo de sua celebre parábola, necessitamos para retomar a posse de nossas almas, o aconchego de sua presença no amparo oportuno.

E por reinicio de tarefa quando a compreensão se aprimora, a irmã caridade nos alerta, a fé sem obras é morta, quando ombreias em vossa tarefa, participando da boa nova como arauto, confessando o Cristo diante dos homens, se um coração tocas, ai esta a obra que lhe trará retorno em alegrias, mais que ser esperança se apoia na lei natural da ação e reação, inevitável lei.

Não germina a semente, cresce a arvore que abriga almas, no aprendizado e oportunas vivencias amorosas, o fruto consequente de ser esperança é manifesto de caridade e vida, que surge radiosa movimentada sua força pela radiante estrela da manhã, Jheosua, o cordeiro de Deus, que  nos retira do campo dos equívocos as ilusões, para um caminho de venturas eternizadas nas leis do trabalho e progresso.

Não nascemos nós crianças? Não passamos pela infância e puberdade, juventude impetuosa cujo aprendizado é medir-se, se humilde encontra a régua reguladora de suas ações construtivas, encontrando esperança passa a ser arauto dela a quem necessite de amparo, constrói assim uma fé robusta e mesmo sob o vergar tempestuoso segue firme agradecendo as provas que a robustecem.

A fé sendo esperança em vida futura, acaba por ser consoladora fatia da caridade quando aplicamos as nossas almas essa busca por melhor manifestação do nosso próprio espirito, tomando nossa cruz, que nada mais é que a somatória dos nossos acertos e enganos, nos acertos reunimos a necessidade de aprimoramentos, nos enganos a urgente e indesviável retomada da caminhada seguindo o mestre em processo de auto iluminação por seu evangelho redentor.

Fé, portanto, é ação que promove esperança e está quando levada a cabo para além e nós aos corações aflitos e angustiados, toma por efeito luminoso a caridade viva, atuante fazendo a diferença na vida de alguém.

Assim como é nosso desejo fazer na tua esperança, nossa,  em espalhar ventura, fé, esperança na caridade e reunindo as três vertentes ativas adotemos a adoração perfeita ao eterno doador de vida. 

Irmã caridade

Namaste

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Antonio Carlos Tardivelli