Se me aconchegas como que me amas
me entendes.
Eu vivo num patamar onde me
escondo dos teus olhares tristonhos
Sou aquela que te disse um dia
amo e a virtude foi escolhida no caminho
Gerando filhos deste amor
transcendente, pela letra, pelo trato da voz, pela unicidade.
Já que somos um por fato considera
o que apenas sentes e vês pelos sentimentos
Não é magica de momento ou verso de almas amantes do verbo?
Não é o canto das almas das
águas? Por força do que é teu destino?
Ah poeta qual em choro minha alma
se aconchega a tua
É choro de alegria de ternura
porque tange a vida em harmoniosa melodia
Qual amor quais nos estendam a
bondade lucida, discernindo no que estamos hoje
Um presente dando-nos a vida, um
poema em prosa de almas chorosas porque vemos e sentimos na
roseira bela e formosa os espinhos da incompreensão!
roseira bela e formosa os espinhos da incompreensão!
Desatinar entanto do intento
nunca! Haveremos de entoar hosanas na batalhas intimas desconcertantes e por
instantes tal qual este em que amor nos une, almas falantes expectantes frente
a vida em luzes serenas que das
nossas almas entoando juntas nas harmoniosas notas de Deus em nós mesmos!
Quais cânticos de amor haverá no
derramar do espirito sobre a carne transitória, que transcendente amor une
almas amigas a tanto divinizadas pelo exercício do sentimento?
Veja amado, quando estamos aqui já
somos uma multidão, alguém que escreve, alguém que dita! Alguém que conduz a
outras almas muito queridas, enquanto uma multidão incontável de testemunhas se
apresentam formando uma egrégora luminosa no lugar sagrado onde instruis a ti e
a tantos os que buscam entreter no verso, vezes prosa, espirito e vida além da
vida!
“Está dito,” naqueles dias
derramarei do meu espirito sobre toda carne” vês o que amor reserva? Não é de
Deus toda erva, todo grão, todo espirito, embora quando nos juntamos digamos
que somos os criadores de templos de pedra em louvores tantos e o são ao nosso
ego, já que quem fez o grão ínfimo e tudo é dele, existe por ele, quem poderá
sondar os seus caminhos entoar santos louvores e os mais puros senão nós seus filhos?
Tantas são as palavras onde meu
espirito se oculta, vês o que sou de fato pelo que sentes? Porque eis que forma é nada, desaparecerá,
seremos esquecidos, mas não de nos mesmos e deste terno abrigo no amor sentindo
por amor existindo e no amor agindo. Isso será sempre!
Pétalas humildes do dispensário
celeste já que entoamos como prece nossas almas juntas no campo da vida onde o
presente ressurge, Eis as virtudes dos céus derramadas na carne para que aquele
que vê veja um pouco mais e aquele escuta escute um pouco mais e aquele que
chora sua lagrima se torne instrumento que purifica enquanto a esperança
renascente desde a fonte de ti mesmo desperte jubilosa frente a beleza que se
torna quando ama como nosso amor tenta!
Júbilos e cânticos frente a dor
imensa que a humana idade ainda se
debate em si mesma, vez que qual fez os céus e as estrelas, pensou segundo
sentimos juntos somente a alegria a harmonia a extrema paz entanto muitas vezes,
disconectos desta fonte qual viemos, intentamos contra o que esta inscrito
embora a luz de dentro reclame constante das trevas que trazemos, curemo-nos no
hospital terrícola enquanto há tempo para que tornemos a entrada do celeste
abrigo onde nos temos por filhos e a porta estando entreaberta ainda, entremos!
Que o amor dividido agora esteja
em ti como esta em nós que aqui trouxemos o que temos.
Do povo das águas.
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Antonio Carlos Tardivelli