terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A dor me dobra.


A parte que eu sinto é a que vivo agora e o que acontece comigo será prova ou colheita de algum tempo que se perdeu na minha historia?
NÃO o sei de fato porque nesse presente ato tenho as dores como companhia diária, terá a compaixão divina permitida para que me cure a alma?
Confesso não o sei de fato, penso a vida como seria sempre e se assim é porque a chuva la fora estaria ainda fecundando a terra, limpando os ares, permitindo a vida um novo respiro em renovados perfumes.
Claro que minha dor é minha, se colheita não o sei de fato, porem a fé que me anima onde me leva agora? Ter chegado a hora de o meu espirito alçar seu voo como se anjo fosse?
O triste para quem sinta dor é parecer que a solidão se apresenta e fica, uma vez que ela pode ser o cômodo onde se abriga a descoberta do porque sou agora na companhia somente da dor amiga, será dor de amor que purifica ou justa causa de ação passada sendo divino amor que cura?
Uma e outra me parecem à resposta mais certa.
Mas o que quer minha alma com essa companhia, dizem que de divino acervo se o tivesse ela erradicaria, então não tenho o que me possa curar essa espécie de constrangimento, uma dor do físico outra na alma como lamento?.
Se fiz algo que não me lembro, de um outro tempo e por justa causa aqui eu colha, que também a misericórdia possa alentar minha  solidão, dizendo para que eu ouça, a dor torna perdão, porque purifica.
Eis-me aqui e agora; sem o recurso da fé que me incita a prosa, por crer na vida além dos espinhos desta rosa, que traz em seu perfume alento a prova.
Rogo-te Senhor dos céus que me faça forte e que não te tente a tirá-la antes do tempo justo, porque sinto que sei que é de ti manifesto da misericórdia, dor que trago em solitária colheita do que devo ainda.
Mas se por ventura fora deste corpo não tivesse a cura, todas as manhas quais me sinto aliviado desta companheira, então eu penso, que não tenho como espirito a dor que sinto e que ela so pertence a mim no campo físico para entender que depois daqui, se bem suportar a solidão e a dor...
Terei acesso ao céu meu Senhor?
Se for averno a única sorte, porque ao despertar como se fosse com um outro corpo não sei a onde, retorno como que balsamizada essa dor que sinto,
como se não a tivesse no corpo com o qual o céu visito, pois só pode ser dele o alivio. O averno me trataria como seu e ela seria bem maior eu sinto.
Então me proponho a seguir em frente ate que a ponte para o céu se apresente e o anjo que guarda a porta, Senhor permita! Que esta pobre alma o céu de novo visite.
Se por pendor do teu divino amor me queiras como estou agora, que não me abandone a prece de minha chorosa alma
Para que enfim a ti em mim te  encontre.


Antonio Carlos Tardivelli

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