sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pela vontade de Deus.

Vontade de Deus.
Como te sinto meu Senhor, em cada respirar
Em cada olhar em cada ser racional ou instintivo.
Ao ver a terra suas tantas guerras
Umas que se mata outras que não se deixa viver
E a tua vontade como fica no meu ser?
Se a dor e o lamento desde os desterrados entendo e sinto.
Almas aflitas pelo bem não feito a si mesmas e se  reencontram
na verdade de outra vida seus efeitos
Qual a tua vontade para os perdidos, para os miseráveis, os sem teto sem abrigo
A fusão das religiões? Se elas por vista conturbada e confusa
Negam muitas vezes a vida em suas loucuras 
Dizendo: Mates, porque é vontade divina
Sei que tua vontade é vida, não fosse assim hoje eu não seria.
esse micro universo onde manifesto teu espirito, Que ainda digo meu.
E  quando sinto os conflitos religiosos mercê da inferioridade instintiva
Como se andassem sem rumo muitas mentes muitas vidas
Qual a tua vontade Senhor da vida?
Quanto sinto, quanto tento entender o que é bem simples
Porque adotamos como deus um ser cruel e vingativo
Que pune o que erra com fogo que dizem eterno (criação nossa)
Quando eterna é somente a própria existência do espirito.
Terá paz quem tira a vida seja pelas armas ou pelo verbo?
Que pensaste ao criar o elemento ferro? Não foi para suportar as grandes edificações?
E a palavra? Não foi do teu verbo antes de todos os tempos que surgiu a luz!
E essa luz não se tornou divina e eterna por sua sublime vontade?
E ficamos em quimeras adotando um deus que pensamos em nossa inferior posição
e deixando verdades de lado.
A verdade que liberta vieste dizer e te crucificamos. 
Nos chamaste de teus amigos e te abandonamos
Depois torcemos suas palavras divinas e nossos instintos bélicos
queimaram em fogueiras inquisidoras, barramos a ciência dos teus mandos verdadeiros
Obstruindo a leveza da vida pela crueldade que cerceia a verdade de ser
O ego tornou-nos cegos e em nossa historia matamos cruelmente dizendo tua vontade
Enquanto o céu se abre todas as manhas e a chuva rega a terra para que ela produza frutos
Enquanto aprisionados pela dor que é efeito onde fomos causa
A tua misericórdia nos presenteia com renovada vista
O céu que existente esta dentro e quanto mais na tua vontade penso
Mas creio e encontro a perfeição em teus ensinamentos.
Minha alma se eleva em busca da verdade sempre e por choro na terra que colha
vejo o futuro em tua bondade e amor
O pendor da transformação humana abandonando o homem velho ressurgindo o novo
Aquele que compreende a simplicidade de ser e ter a si mesmo
No correr do tempo, dos pensamentos, dos atos movidos por sentimentos
Então por misericórdia divina no verbo que tento
Digo no silencio que tua vontade é a vida que tenho
E por te-la em um corpo que transita, porque ele haverei de deixar
Triste ou feliz por aqui ter estado, porque a paz ou o averno que se leva
e sempre efeito de em tuas leis eternas onde nos mesmos fomos causa,
com a razão ou a irracionalidade seguimos em frente pois a todos nós espera.
Mais de uma vez em tantos presentes.
Concluo por isso, que tua vontade é vida que se sente é vida que se vive
É viver que se divide porque doa o que tenha de ti ouvido
E como o fruto so nasce depois de estar suficiente madura a arvore que o produz
Permita Senhor da vida que sua vontade seja
Que eu jamais deixe a inocência, que encontre na pureza da tua essência em mim
uma vibração serena, frente a dor, frente ao desamor, frente ao espreitar do ódio inclemente
E quando feito a borboleta em sua crisalida puder alçar voo; essa que  digo minha alma
que em verdade é tua porque surgiu de tua divina vontade
Que eu possa experimentar o céu em claridades dentro de mim mesmo
E como um teu pensamento, possa ser verbo de alento e consolação
Da verdade pura e simples que liberta
O homem velho dos grilhões do ego
A vida é simplesmente seguir em frente em aquisições renovadas
Como anjos caídos nesta estrada tentando recompor as asas
do amor e da sabedoria
Que esta em ti Senhor da vida porque a vida sempre é
Manifesto da tua vontade. E tua vontade é o amor mais puro.

Assim é

Maktub

Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli