sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Onde vive? Onde se esconde? Existe?

Onde esta o reino dos céus?
Dentro ou fora? Já que o que penso sinto e o que sinto transporto
Para além de mim por atos, comportamentos, atitudes.
Na paz encontrando em mim porque  cultivo
Distante do ódio e da posse porque tudo o que tenho é o que sou
Tudo mais é empréstimo do doador da vida
Porque quando me fez dum sopro de sua vontade
Me deu um caminho na eternidade para sentir o que sou e para ser o que escolho.
Então já que escolho estar neste reino, ou fui escolhido?
Vem ao meu pensamento...
Que escolha tem meu arbítrio só quero sentir o que dele eu tenho?
E o que tenho realmente é o que sou dentro!
E que trago escolho pelo que penso, sinto, transporto para além de mim por atos, comportamentos, atitudes que tenho diante da existência que sinto infinda e estou no agora, no presente oferecido pela vida.
Neste ato, tento teu consolo alma aflita, mas só chega a ti se abres tua mente e teu coração para a liberdade que é tua se a quiseres.
Porque é escolha divina ser aqui e agora, embora ache-a minha, meu Pai me envia a Ti.
Mais que pense, sinta. Não esta longe de ti o que buscas fora, abre a porta, se permita!
O reino dos céus é agora, onde estejas, ou o reino do averno onde tu lamentes, sintas revolta, se aprisione no medo que te cala o divino canto!
Divida a vida que trazes como quem oferece alimento, o mundo esta a espera da consolação.
Mas não daquela que lhe tire o mérito da ação, sim aquela que mostra o cume do monte.
Onde o Cristo de braços abertos espera todos aqueles que lhe singrando a vida em  tantos presentes digam a si mesmos eu quero ser o que me ensinas.
A bondade, a verdade no que sinta e traga como pensamento meu a vida
Mas que vou  buscar no firmamento nas almas mais felizes o contentamento de estar em Deus a todo tempo
Porque de mim jamais se afastou, a não ser quando eu escolhi pensar que o que tenho é mérito meu, se nem o que sou  fui eu que me dei, já que foi Ele que me fez no que estou aqui e agora para ti.
Onde esta o reino dos céus? Na terra, no espaço infinito, onde o olhar abismado conclua que existe porque houve um tempo lá no passado de minha alma tão antiga que disse o senhor da vida.
Assim seja...
Então agora Eu também sou.
Consolo agora para quem esteja sedento de esperança, eis que me apresento ainda como criança, como um preto velho cansado, com um índio desterrado, um caboclo rígido e forte, entre tantas personalidades que já fui manifesto eis-me aqui também poeta. Se minha alma chora?
Ela ri! Ela ri!
Se constata eterna!
Eis aqui o reino dos céus na terra!
Tens olhos de ver? Veja! Aruanda!

Antonio Carlos Tardivelli

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