terça-feira, 23 de setembro de 2014

Como é a esperança?

A pagina da espera.
Quem espera se alcança se alegra um tanto
Porque a espera sem esperança não pode ser espera produtiva
Mas a esperança quando se pensa nela, e vida se escoa, somos passageiros
Então será que deve ser fixada no passageiro tempo?
Mas o que esperar depois de viver essa viagem?
O céu, o paraíso, o inferno e seus demônios?
Quando a espera raciocina e pensa, e que maravilha pensar discernir!
Olhando o céu sentindo a imensidade quem criou tanto e insondáveis são muitas coisas
Não geraria para o grão o inferno nem o ócio eterno! Porque o inferno seria crueldade e ócio inferno!
Então o que há depois da viagem já que os mortos voltam?
Na pagina de espera, no exercício do pensamento, claro, voltam.
Já que não estão mortos, foram passageiros como eu estou agora.
Se não o céu será utopia inalcançável e inferno certo porque não há maior tristeza
que permanecer assim pequeno como sou e se isso fosse infinitamente seria um inferno!
Já que penso, logo existo, e reconheço a imensidade, logo busco a verdade.
Bato tanto que ela se abre, e olho pra dentro sem medo de ter esperança.
O que vejo então, é que a vida continua além da vida é a única explicação para que eu exista agora.
Eu que penso sinto esperança ate falo dela numa folha antes branca!
Com vista que tudo continua mais além uma cortina se abre para quem quiser ver.
Se o inferno existe, esta dentro não fora em fogo inclemente
Porque a ardência maior será o bem não feito, a amizade não cultivada que leva a solidão e ao isolamento, e  pelo que sinto existimos juntos neste firmamento, bons e ruins, isso é, quem realiza escolha felizes e aqueles que fazem a opção pelas infelizes.
Ah mas inferno então existe? Se a consciência pode ver o que não fez por si de bom, se pesar sua construção intima e essa lhe revelar penúrias morais, poderá ocupar espaço de consciência livre e feliz para ate medir de forma abstrata o céu que realmente existe? E que se leva dentro?
Claro que se perde em angustias e sente-se no averno, triste sintonia que um dia deve acabar porque não existe canto escuro que não seja preenchido pela luz da essência que divina, pulsa em todo ser que pensa.
Não é o corpo que pensa! É o espirito; o corpo nada mais é que o veiculo manifestativo do pensamento do espirito! Assim como a pagina antes foi branca agora tem o escrito pelo espirito.
Logo se eu for depois da viagem como um sem corpo? Como será ser?
Serei o que pensar. Logo, melhor construir no campo mental utilizado por meu espirito, construção de esperança, de paz, de alegria, do bem feito para que a minha essência não reclame, não se ache na maldade nos apegos doentados ao veiculo da viagem do espirito que chamamos corpo físico!
Assim, o céu ou o averno já se leva dentro quando se escolhe plantar para quem queira sentir numa folha que antes foi branca, mas que na minha viagem pude com ela descrever minha esperança.
Posto que se  a vida não continuasse, ser poeta pra que?
Toda letra vai ser perder no tempo, será esquecida, não mudaram as maneiras de se manifestar o pensamento pela escrita desde a primeira pedra lascada?
Não existe um grande numero de linguagens? O que fica então? O que se leva pergunto a esperança que vive em  mim.
Depois que se transportar de mim para ti, para tua consciência, já não será só minha, vai ser viva em mim e em ti, e quando ela ofereceres para alguém, seremos três, e quando os três oferecerem seremos nove, e nove vezes nove serão 81 e assim em crescente a esperança um dia sera de toda gente.
A verdade liberta sempre.

Antonio Carlos tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli