Parece que tudo esta em silencio
Menos o meu pensamento
Que no meu intimo, como sei e sinto, adoro meu Pai
Em verdade e espirito.
Não sei se da forma que mais lhe agrade
Porque neste silencio me sinto grão bem pequeno
Entre um desconforto e outro sempre nele eu penso
Porque não consigo explicar como eu existo.
Do que trago, as vezes com dor torno alegria
Porque se prova minha alma é pra ser um dia
Radiante estrela no raiar do dia.
Entao me dobro neste movimento
De ser e estar neste precioso momento
Onde ao Pai elevo neste silencio
Onde o universo se movimenta sempre a seu mando.
Há quem não creia nele, outros dizem que não existe
Mas por força do meu sentimento, aqui estou, existo
So não explico minha própria existência se não penso Deus.
Há que me deixou sozinho na hora do sofrimento?
Mas não moldou-me a alma em grandezas e virtudes?
Porque onde provo a ele que o amo assim? Se não em mim?
Ah senhor da messe, hoje ouvi um grito e não era meu.
Uma mae aflita
chegava ao hospital gritando, meu filho, meu filho socorram!
Depois tudo silenciou de novo, menos o seu choro aflito.
Não pudesse minha alma elevar-se a si pela mae chorosa
A quem recorria por alguém que chora.
Entao no silencio de uma prece, elevei minha alma a ti
E a dor que me causava espanto em mim ficou pequena, bem pequena.
Sei que ouviste o clamor da mãe, e também o meu por ela
Mesmo ela chamando um filho teu de seu
Clamava por socorro...
E já que alma traz em si eterno caminho acessivo
As que partem tem a ti como rumo, mesmo que não saibam
Nem te reconheçam, mas tu oh divina presença
Conheces todos, todos mesmo.
Grato pela vida
Pela mãe que me chamou de seu
Pelo pai que me emprestou um tempo
Pelo amigo que trago em saudoso sentimento
E pela paz que minha alma conquista aqui neste desterro.
Assim é
Antonio Carlos Tardivelli