sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Voltando pra dentro.

Quando volto no tempo.
Lembranças é meu maior assombro
O beijo não dado, o beijo negado, o riso que se tornou choro de alegria.
Enquanto minha alma cantava em sua euforia.
Quando volto no tempo o segundo ano, a profa que amava , espiava entre os dedos
Fingindo estudar a lição, mas por puro e inocente amor fui o melhor aluno o ano todo
Só pra chamar sua atenção, belos tempos, bela vida, belos sentimentos
Recordar é meu premio  e por ser poeta e dar vida ao verbo sinto o que vejo e torno conto em quadros vivos que meu sentimento pinta, em cores de contentamento, alegrias indescritíveis, ao ver  as grandes almas que cruzaram meu caminho na estrada de encontrar-me por inteiro. 
Respondo novamente aquele religioso que me perguntou o que vai querer ser   quando c crescer?
Pintor de quadros Sr respondi convicto. Decepcionado por não abraçar na minha inocência mais pura e sincera a sua crença, não preciso de vestimenta especial por fora para ser por dentro  o que meu Senhor deseja que eu seja.
Eu sou pintor de quadros, minha tinta o verbo, o que toca quem me sente são as  energias que meu coração utiliza para dar cor, sabor ate, porque quando uma lembrança emociona e leva  a lagrima que rola, e pra quem nunca chorou ela tem sabor de sal!
E  para quem nunca amou ou se perdeu no campo da própria indiferença com seu ser, lamento,  chorar lava a alma, acalma, mostra o lado de dentro tao qual o fizemos em todos os tempos.
Ainda agora estou pintando quadros meus, que bem podem se assemelhar aos teus quando voltares no tempo da existência de agora não aquelas mais distantes que por crença também tenho, mas esta, agora, presente, onde o ser que recorda e sente, revive cada emoção de amor , de alegria, paixão que toma e cega, a lagrima furtiva oculta da alma querida ou o riso que desperta pela simples lembrança de um cheiro.
AS vezes ate pode ver quando enxerga nas imagens que trago o rosto se me amando lembra,  a minha alma gemente, querendo o bem que sinto e trago, e dou , sinta que chega a ti a energia que se não cura ah mexe e remexe com as tuas lembranças e se também choras não lamente a lagrima ela tem as cores do arco iris com todos os seus matizes numa unica gota, e donde vem essas cores todas, ah da alma que ama da alma que ama..
Quando volto no tempo mais distante, ainda infante, camisa aberta corria descalço pelas ruas empoeiradas, nadava no ribeirão ainda sem tanta poluição, flutuando  meu corpo nas águas rasas porque não ousava as profundas, mas agora , ah agora eu ouso. Me fiz poeta, pinto quadros belos e feios, coloridos e cinzentos..
Vou adentrando ao meu ser que vive agora  e que já viveu noutro tempo, não me perguntem como sei, apenas sei que é assim.
E se tua alma encontra eco na verdade que eu te trago, a esperança que vive em mim reluz em ti e quando no retornar ao templo das lembranças, nos veremos crianças crescidas com sonhos e quimeras perdidas.
Mas voltar no tempo é uma maravilha, devia ser a oitava maravilha do mundo reconhecida    pelas mentes mais brilhantes e por todas as mentes que num repente estejam agora acessando sua historia no tempo
mesmo que pela pobreza das tintas da minha alma em demência?
Que beleza, a vida , a natureza, divina e humana que trazendo dentro faz com que nosso olhar perceba horizontes que só a seres espirituais que somos alcançam!
Quando volto no tempo presente, eis-me aqui, frente a frente com a tua alma reluzente diante de mim, semelhante a minha, que ri, que chora, se encanta , ama, se sente raivosa indecisa manhosa  e tantas outras cores como conquistas do tempo, onde o ser é, sente, esta impermanente.
Ser impermanente é outra historia, um outro quadro que envolve mais que crença, envolve vivencia sincera de um sonho de alcançar um dia a sabedoria plena
E entender
Deus.


Antonio Carlos Tardivelli           

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