domingo, 8 de agosto de 2010

MINHA CASA!


Por vezes meu canto emudece
Minha alma experimenta um vazio que cresce
Como se ninguém ouvisse sua voz
Quando se conta em meus versos.
Pouco importa diz o espírito que me anima
Basta o fruto não que o vejas ou sintas
Já que a alma possui a oportunidade
De ser ela mesma em seu sentimento de amor.
Por vezes sinto que meu canto é ouvido
Ai percebo que ela se alegra
Porque tudo o que sinto torno prece
Como se pedisse por quem Le a minha alma no verso.
Nele faço festa, das minhas lutas mais intimas
Das pequenas vitorias, das quedas
E enquanto o faço declino meu amor a vida
A vida que tenho a vida que sinto
Por ser vida assim divido
Com a minha pena que canta e conta seus medos
Por vezes meu canto emudece
E por ser poeta minha voz não cala
Fala sempre minha alma de si, de outras
Na semelhança de anseios, de sonhos, de canto, de vida.
Só por isso o ato da escrita não é tão solitário
Vejo quadros doutras almas, do tanto que sentem e vibram
Umas que estão vivas outras que a meu ouvido sussurram suas falas.
Então não me sinto mais só quando escrevo o que sinto, tem eco bem perto de mim
Porque mesclado ao que sinto, outras almas participam do verso
Agora a tua... Não existe segredo.
Que não seja revelado em sua hora certa para o espírito atento
Quem tem olhos de ver que veja...

Antonio Carlos Tardivelli

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