
Por vezes meu canto emudece
Minha alma experimenta um vazio que cresce
Como se ninguém ouvisse sua voz
Quando se conta em meus versos.
Pouco importa diz o espírito que me anima
Basta o fruto não que o vejas ou sintas
Já que a alma possui a oportunidade
De ser ela mesma em seu sentimento de amor.
Por vezes sinto que meu canto é ouvido
Ai percebo que ela se alegra
Porque tudo o que sinto torno prece
Como se pedisse por quem Le a minha alma no verso.
Nele faço festa, das minhas lutas mais intimas
Das pequenas vitorias, das quedas
E enquanto o faço declino meu amor a vida
A vida que tenho a vida que sinto
Por ser vida assim divido
Com a minha pena que canta e conta seus medos
Por vezes meu canto emudece
E por ser poeta minha voz não cala
Fala sempre minha alma de si, de outras
Na semelhança de anseios, de sonhos, de canto, de vida.
Só por isso o ato da escrita não é tão solitário
Vejo quadros doutras almas, do tanto que sentem e vibram
Umas que estão vivas outras que a meu ouvido sussurram suas falas.
Então não me sinto mais só quando escrevo o que sinto, tem eco bem perto de mim
Porque mesclado ao que sinto, outras almas participam do verso
Agora a tua... Não existe segredo.
Que não seja revelado em sua hora certa para o espírito atento
Quem tem olhos de ver que veja...
Antonio Carlos Tardivelli
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