sábado, 22 de março de 2008

A imortalidade:






Fosse a veste que nos recobre
Algo não perecível que não voltasse ao pó.
Por certo não reavaliaríamos diante da eterna consciência
O que fazemos de nós mesmos
Mas quando, pasmos, mortos nos descobrirmos vivos.
E tão certos do Pai que está nós céus
Que ao olhar dentro de nós, juizes de nossas ações.
As consideramos a sós com Deus em nós.
Porque a fonte pura de luz que dentro cintila
Não aceita o negrume da maldade nem o egoísmo que aprisiona.
Quer ser um com essa fonte de amor imenso
E para isso é preciso ser amor.
Tão certo a carne ser transitória
Onde pesamos viver e traçamos histórias
Aceitando a prova ou renovando a revolta
Gerando angústias ou felicidades futuras!
Pensasse só na terra e na posse
Meu ser seria algo vazio e sem futuro
Só a mortalha como caminho indesviável
Depois o nada? Que coisa, mais triste pensar transitório.
Mas o espírito sente que não é assim!
Não importa o credo que homens geram a si
O eterno questiona com razão- a religião do Cristo é a minha!
E a vida sente, mais, que o tempo na terra.
O não desaparecimento então numa outra forma
Mais perfeito, consciente, de visão larga.
O universo passa a ser sua eterna morada
Nas dimensões infinitas onde a luz seja guia.
Não a luz de fora!
Mas a luz dos céus dentro...
Deus em mim saúda Deus em ti...
Quem tiver olhos de ver que veja.

Maktub

Antonio Carlos Tardivelli.





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Antonio Carlos Tardivelli