Em tudo o que se anseia a realização algumas vezes é utopia que não se alcança, dada a ilógica da postura íntima que acredita que tudo pode sem mensurar o que lhe convém, ai entra no campo do ajuste diretivo e se o desejo se prende a campo ilusório traz em si os consequentes efeitos, dito isso, dimensionar o desejo e sua direção continuada avaliando os efeitos, pela razão que analisa fatos decorrentes, nos parece uma postura mais adequada dentro do entendimento da lei de causa e efeito; existem desejos que elevam a alma enquanto pacificam outros que os percebam, transmitindo esperança porvindoura, e outros quanto mais se prendam as ilusões egoicas, mais acrescenta decepções e desanimos ao autor, porque se percebe o tempo que passou nos equívocos e a correção é sempre inevitável.
No campo dos desejos de melhoras continuadas, que tragam como efeito a paz de espírito, por reconhecer-se em caminho acertado, de certo que de forma progressiva nunca em saltos, vamos disciplinando positivamente os nossos desejos, há os da carne porém valorizando os íntimos mais caros ao espírito há progresso continuado da consciência, que assim deseja progredir, pois o progresso acontece a partir do que se sente na necessidade de melhorar o que se entende, e isso não se dá sem um esforço intelectual e moral ascensivo, da compreensão mais justa, ou seja, encontrar na verdade do que se é a intuitiva “destinação”, encontrando a si mesmo por esforço meritório, a tratar-se no campo caridoso para consigo e com os outros, nenhuma conquista em si se dá sem que se aplique na convivência a firmar os conceitos mais acertados de vida em comum.
Passo a passo nas ponderações realizadas em nosso campo íntimo, vamos caminhando na senda do progresso continuado, vez que como crianças apenas viamos as coisas de crianças, quando o amadurecimento progressivamente acontece, o entendimento dos elementos importantes para que direcionemos nossos desejos, com finalidade elevatória se acentua dentro do progresso do discernimento, sobre causa e efeito, como conteúdo vivencial de nossos feitos, onde sublimando nossos desejos para as esferas mais elevadas vamos compreendendo a função do corpo, e a evolução do nosso espírito, sentindo isso em cada um de nós nos presentes insistentemente repetidos, no corpo e fora dele como somente espíritos.
Partimos de um desejo primário ainda ligado a vivência corporal, entanto quanto entendamos que somos espírito, e que temos um instrumento corpo para que o divinizado atue, este que é desde nossa essência, e esta produz anseios por progressivo entendimento do que seja a vida, do porque aqui estamos, e no tanto que avance nosso entendimento do porquê da vida, vamos intuindo porque viemos e só vemos o bem que deve partir como um desejo de praticá-lo, depois um processo de auto conhecimento em diversos aprendizados e níveis concienciais , para a partir de nós mesmos sejamos constantes contribuintes para o benefício coletivo, nesse ponto alcançado o desejo é sublimado
Tudo parte de um desejo como força criativa, inserida em todo espírito em processo educativo, onde aprende a separar os desejos carnais dos anseios do espírito, e esses dois elementos vibrantes e educativos a seu tempo são direcionados pela divindade através de campo influenciativo, a que façamos nossas escolhas, e encontrando a verdade do que somos vamos estabelecendo nosso projeto de vida, veja amado, partindo de um desejo do bem onde busca primeiro o aprimoramento do entendimento do que seja na prática isso, vamos amadurecendo nosso entendimento, porque instados pela essência nossa que é divina, o progresso é sempre indesviável, podem demorar mais os reticentes, indiferentes, mas todos chegarão ao mesmo ponto, “nenhuma das ovelhas confiadas a mim por meu pai se perderá” nesta síntese encontramos a lição de vida eterna, pois a nosso sentir diante das violências encontras no mundo por desejos mesquinhos, parece-nos que algumas almas não tem jeito não.
Mas não! diante da imortalidade do espírito difícil é não entender em algum tempo que “nenhuma das ovelhas se perderá”, o que pode barrar o melhor entendimento é nosso apego por facilidades imeritas, sendo o ponto mais elevado, reservado a espíritos felizes, estes alcançaram essa condição seguindo os preceitos da lei preconizada pelo Cristo, como meio de chegar às instâncias mais elevadas, tratando-nos no cultivo de virtudes em nosso espírito, pois este sendo imortal, tantas quantas virtudes tenhamos praticado do seu sermão do monte, mais entendimento e mais lucidez com relação aos nossos desejos, firmando-nos naqueles que nos elevam e nos afastam do campo mais primitivo, isso tudo sob o lastro do nosso livre arbítrio.
pax e lux
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli