Havia amor
No olhar que dita que a vida é conto de chegada e partida
Na saudade que fica a dizer que vive ainda e por quanto
tempo só o tempo conte
No que fala já que sempre da alma levitante por prazer de
amar
Uma prazerosa presença que não se ausenta nem há respiro que
amor não tenha contado
Se havia amor jamais experimenta partida porque estando dentro
porfia por permanecer;
Intocado a não ser de dentro para seu manifesto já que sou
se torna imenso
Havia um conto de um que se sublima nos caminhos da existência
finda
Não que fosse algo assim que se comensura de momentos loucos
Que aliás são poucos, mas um sentimento daquele tipo que
havia no principio
Quando só amor havia. Depois acrescentamos meu amor, minha
vida, meu sentimento, minha magoa de momento quando o amor não suporta dor
quando muita saudade fica.
E como poder ter satisfazer completar entender suportar se
distanciou do que seja amor, -porque amor é simplesmente amor, nós é que
confundimos seus tons de cores e dizemos que é o que não temos,
justa vista entretanto,
amor é amor apenas nunca produz pena sofrimento ou dor só a alegria muita vez
de não poder explicar-se porque seja porque está porque só aumenta!
Não se perde se amor havia, só o desejo acaba
Não se deixa de ouvir se o escutava pois segreda sempre a
falta que amar faz
Se se torna algo que incomoda não é amar por pena
Mas se torna pena quando não se aceita que seja amor apenas.
Não algo vinculado a desejos porque desejo é desejo se
sufoca ou se sacia mas acaba
Amor não, amor permanece, e quando auto amor porque
compreender o que seja
Se torna manancial de luz, de presença, de sentimentos que
se elevam mas tem o problema
Do sentir que amor seja, do querer que amor esteja, de
anseio que não esteja amor porque o deseja, e por fim e por princípio na compreensão
do outro que não encontre porto no coração em mesmo entendimento do que seja,
do que esteja, do que se anseia por princípio na compreensão que tenha.
Então já que não sente, não entende, não suporta a fala que
verdade seja foge porque havia amor na fala e ela confundia, havia amor na
letra e ela não preenchia o vazio que se coloca dentro quando não se ama.
Nem se perdoa, nem se ouve mais a alma que reclama vezes
impondo dores físicas por que falta, vezes desarticulando as palavras, noutras
feita de silencio, sem fala, sem vida, sem amor que sinta;
Havia amor de nossa parte mas a outra era outra parte quase
uma incompreensão do que havia. Se há demora para sentir que amor havia pode
ser só saudade da existência da querência que ficasse, acalentasse, não fosse
mais sofrido, fosse luz que harmoniza, palavra que calor provoca, um sorriso
desperta eis que a fala assim determina
Amor havia como um conto do que agora ainda é, entanto se não
compreendido o amor é apenas parte do paraíso onde uma unidade se reserva o
direito de amar mesmo que não compreendido o tipo do amor que transcende a própria
vida
Não tem direitos, nem posse, só permanece inalterado já que
vive por sua própria escolha e ela de que seja eterno porque sendo sentimento
nobre, nada pede, nada deseja, nada aprisiona. É um pássaro livre amando cada
forma desejando todos os desejos conquistando todos os espaços mesmo os mais
obscuros e ocultos onde e o insano insiste em permanecer escuro.
Sim havia amor, não compreendido se confessado uma incerteza
se não correspondido com a mesma pureza e transcendência qual se clarifica por
sublime presença, já que em essência do amor que somo manifesto, eu te amor
agora como sempre;
Eis o amor que havia antes que conhecesse o corpo, antes que
reconhecesse o desejo, antes que fosse esse tempo, e agora por toque que seja
assim.
Já que o porto estando em mim onde ele reserva as imagens da
viagem, ate agora eu quis que fosse para os próximos presentes que em mim
esteja fazendo-se maior ainda, mas não o possuis, porque meu amor eu dou para
te cure do que pensas ter amor porque amor é ser muita vez perdão, compaixão, não
pena de quem não o compreenda porque na jornada de sentir é escola onde se
define quanto amor se tenha
Não vou me ocupar de tentar por termo na escrita do que
sinto porque sendo infinito não pode terminar.
Por definição do amor que falo eis a fala de Paulo.
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não
tivesse amor eu nada seria”
Compreendes agora de que tipo de amor eu vivo? Falo! Respiro!
Não existe senão preconceitos na fala de amor por ser humano
já que no amor perfectível me condiciono, eu sei que te amo como amo a divindade
em mim mesmo e a divindade em ti por isso anseio que se alegre, já que amor
havia, seria conto para não reter mágoa ou desencanto porque a fotografia da
tristeza, da magoa, do não perdão é prisão, enquanto que o entender do amor que
trato por verdade minha, liberta, consola, harmoniza, educa, eleva, trata a
vida como vida
Se amor havia? Sempre houve, o que ouve o amor entanto é
escolha do próprio amor quanto se sinta!
Antonio Carlos Tardivelli
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