sábado, 24 de maio de 2008

Eu preciso:







Eu preciso da saudade para me lembrar querida
Do tempo de minha vida sentido intensamente
Levo porque amo, cada instante vivido

Preciso da lembrança porque me aquece
Trás para o presente, quando ausente pela saudade
Teu rosto, do teu gosto, do teu riso

Quero, porque preciso do toque
Da palavra que não foi dita ainda
Da caricia de saber-me amado
É pronuncia da alma com todas as letras.

Tenho necessidade deste carinho,
Não porque seja carente
Nada a ver com o que quero ter
Tudo a ver o que sinto ser.

Trago meu amor em pequenas doses,
E com o amor de tantos amores me confundo
Mas a luz que me norteia tem rumo único
Deseja visitar teu coração agora.

Sim, eu preciso da saudade, para sentir vida
No sonho de tornar a terra prometida fértil
Colher flores que embelezem a vida
Frutos da minha alma peregrina.

Quero ser lembrança de ternura,
Afago terno em cada presente que se lhe ofereça
Guardes pois, do meu gosto, do meu rosto, do meu riso
Da minha alma meu amor a ti.

Faço versos sim, todos eles com sentimentos que trago
Digo que amo, logo sinto que a verdade está em mim
É eu amo, sinto saudade, fico ferido
Choro, canto, faço versos!

Entanto meu maior encantamento
São teus olhos visitando os meus sonhos
E os sentindo um pouco teus!

Seja pois a saudade amiga
Que te mostre ainda nesta vida
Que o céu te pertence por direito de estar nele

E ames tanto quantos entendas
Despreze apenas o desprezo
Sem tirar a tristeza de nenhum momento
Pois ela te oferece a dimensão da alegria
De quem ama em silencio.

Antonio Carlos Tardivelli

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sonho :





vou tentar dizer do que sinto
Num verso ou dois
Se não puder meu sonho
Não vivo...
A palavra é veiculo
Como o carro que nos transporta
Para onde a gente queira ir, ela nos leva
Eu quero visitar você agora.
Com meu sonho
Seja teu
Por um momento
De insanidade ou de lucides!
Quem define a paranoia?
São tão loucos
Que não sonham
Apenas medem os outros por suas reguas
Assim permita que eu entre
Te visite, trate por querida tua alma junto a minha
A vida que existe onde eu não sou
Onde só você esta com tuas escolhas...
Vou colocar na medida do que sonho
Meus desejos ocultos, meus medos
Todas as coisas que existem em nós ( e negamos!)
Que amamos quem amamos sem ter que explicar!
Amor não se explica se sente!
É gota de contentamento ( para mim)
Êxtase de um momento ( quando estou consigo)
Lembrança de que te quero mais hoje ( só porque ontem passou)
Mas ontem,puxa, como é bom lembrar agora!
Dizem que é eterno enquanto dure ( digo é presente)
É terno enquanto exista ( sinto, será sempre)
No momento que te dou o que sinto ( seja presente)
E que me ofereces abrigo, sem contar tempo.
Porque te amo não sei desde quando!
E quanto ainda não aprendi medir
Só sei que agora é muito
No poema sonho, enquanto na mente deliro.
Mas quem ousar viver
Sem que sinta por desejo, quero tanto, tenho medo!
Não será por pouco tempo que aprisione imagem amada
Nem por nada que me retenhas à tua lembrança.
Seremos cúmplices no silêncio que seja só nosso
E na balburdia das lutas insanas pelo ter, nosso ser!
Ah visito o teu e tu me preenches
Por inteiro me dou ao que sinto e te sinto! Perto!
Tanto que te quero mais
Não sei o quanto
Não aprendi a medir o tanto
Apenas tento dizer do que sinto.
E te visitar com meu sonho
Seja teu, meu sonho, por um momento


Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 10 de maio de 2008

A meu amor:



Que ousado me leve para bem longe
Me abriga como seu submisso escravo
A viver cada momento como se fosse mágico.
Quanto me revele do meus em fantasias
Onde tanto a realidade como o sonho se misturam

Vez é verso, vez é conto...Sempre é vida!
Por meu amor de tantos milênios trago sentimentos
Por vezes desencontrados também movidos por paixão
Meu amor aceita tudo como exatamente estou

O questionamento é profundo.
Divide entanto tudo o que me doa
Dando forma ao amor pintado em quadros
Uma alma que sinta já será ganho
Outra que divida mesmos anseios
Sem que tenha verso para dizê-lo
Sente seu o que meu amor demonstra...

Pela madrugada vezes sem sono dedico por amar, meus pensamentos.
Trato como algo imenso de alegrias e tormentos
E conto cada passo .pensando porque vieram
Veja, vida, que te guardo desde o primeiro toque
O meu amor vezes musicado trata por carinho a tua alma
Sem que saibas, é por ti meus melhores quadros.

Vinhas a mim pisando em nuvens .
Com alma leve de quem sonha com venturas
E ao mesmo tempo, ao tocar minha face com sua caricia.
Imortalizaste amor em meu espirito.
E se por conta do tempo quanto descreva o amor que sinto
Por ele a ti digo existe loucamente

E se me for presente dizer-te do que sinto
E receberdes como perfume da minha alma para tua. Uma flor.
Ah em meu amor feito ventura tecerei versos
Aprisionarei imagens do que sinto agora e do já senti outrora.
E de presente e passado sentimento eu trago e descrevo teus perfumes junto aos meus medos
.
Vibre verbo na sintonia que seja divina e mais pura no meu sentimento
Fale meu amor para meu amor do que sinto agora.
E tantas vezes repetindo com as vozes da minha alma
Grande em mim, deixa seu conto de ternura.

Leia com tua alma o amor que em mim vibra
Sinta meu sentimento que te colheu como fruto da videira.
Sentiu teu gosto, tocou-te por ternura, dou-se sei, bem pouco
Mas mesmo assim sintas, pela voz do meu amor que te conta
Enquanto lês minha alma...que já foi minha, agora é tua.

Tenho três amores imortais.
Um é aquele que diz sobre si: “Eu sou aquele que sou”
O segundo enquanto Um com o primeiro “ Eis meu filho bem amado”
O terceiro, meu grande amor o verbo.
Que te conta do amor que sinto...




Antonio Carlos Tardivelli

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Por direito - Ser feliz



1º Direito de viver.

Todo mundo diz que vive
Nem todo coração entanto entende
Que existir é mais que vida trasitoria
Por mais bela que se a tenha.
Por direito em porções pequenas
O corpo reclama o ar, e respiramos
Por sentir a vida entanto o anseio é por perfumes
Que tratem algo mais que o corpo por desejo de prazer.
Por direito de viver todos contam tempo
E o tempo passa e o que se vê alem desta estrada?
Vida que se alonga além dela? Nada?
Clamo pois neste meu jeito. Aos céus que tenho por direito
Posto que existo, respiro, sinto prazer por viver
E que seja como for a vida, será bela...


2º Por direito de venturas:

Ousarei meus sonhos mais fantasiosos
Porque a distancia da fantasia e realidade
É um movimento da vontade, do desejo
Que elege a alegria por destino.
No que conto traço pelos caminhos das lembranças
Desta e doutras vidas pouco importa
Sei apenas que abro essa porta e minha alma se deixa
A viver a ventura de ser o que é, pura?, nem tanto.
Mas se sinto digo agora, meu amor é como luz
Que fulgura, donativa de ternura toda vida
E se trata com paixão, emoção, candura.
Por direito de venturas toco a tua alma com a minha
Se te medes pela minha medida me vês assim como sou
Se pela tua, por direito de venturas, o que me retorna?

3º Se tenho medo:

Por loucura desejo
Que sejas a porta dos meus sonhos
E cada letra que minha alma em seu voo some
Vejas lucida, quando sou louco quanto te amo pouco?
Tenho medo sim e por tê-lo por vezes me confino
Num verso ou outro onde tentando dizer digo
Que existo desde agora por direito de viver
Na ventura doutro ser – me sentes?
Talvez não, talvez o encontro de nossas almas
Não tenha tido a marca deste tempo
Quiçá te encontre então num outro verso.
Onde por encanto já te traga no meu desejo
Por fantasia te pinte com as cores mais belas
E te prepare o leito de minha alma para que descanses.

4º E por fim:

Que fosse um som bem distinto
Oferecendo a possibilidade de um encantamento
Que te traga por amor todos os meus momentos
Por vista minha todo desejo, pela tua, tua alma misturada a minha.

Se não tenho tempo para dizer que existo
Mesmo que em meu sonho quanto tento pintar quadro a ti.
Que sintas meu delírio então, e me digas, ah poeta bobo.
Sonhas com quimeras fantasias doutras eras

Vives teu direito ? Venturas, amarguras?
Desejos ocultos musas fugidias, só fantasias!
Ou existes em cada verso que tua alma geme?

Por fim te digo, tu meu aporte de sentimentos
Versos que trago de dentro e desnudo minha alma
Que vejas o tamanho do tanto que desejo e sinto cada verso...


Antonio Carlos Tardivelli

























segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu sei- Vou te amar sempre... Quadra de sonetos

1º Eu sei que vou te amar:

Por um segundo quando olhar pra ti
E depois por todo tempo que estiver junto
E quando longe por todo tempo na saudade
Eu sei que vou te amar.

Na hora do toque, do beijo ou do aceno
No silencio onde sem querer dizemos tudo
Na distancia que só quer ver diminuída.
Só por uma vida? Não. Vou te amar por todas.

Basta que te encontre novamente
No folgoso tempo infante
Ou na calmaria de todos os anos!
Eu sei que vou te amar por querer teu corpo
E mergulhando na tua alma a ela me misturo
Somos um no silencio ou na algazarra.

2º No tempo que passou:

A gente visita o medo de ter por poder perder
Nisto o sentimento se instala e não deixa escolha
Nos faz reféns e livremente nos deixamos aprisionar
E não queremos mais partir- só ficar!

Mas ficar por um tempo pequeno?
Porque amar leva por desejo, ser eterno
E quanto dure é prazeroso estar nele
Se distante entanto, por ser tanto, não esquecido sentimento.

No tempo que passou te trago por lembrança
E o desejo que que tornes a ser minha
Como nunca dantes!

Eu sei que vou te amar pelo tempo que passou
Pelo tempo que virá, por tudo que ficou
Sentimento louvo musa cada movimento!

3º O que direi então?

Pelo tanto que amei? Por tanto ter vivido?
E se por silencio houver sofrido
Mágoa, desilusão, abandono?
Haverá amor que suporte tanto?

Que ditado traçará meu verso
Se a tua imagem como tesouro a mim reservo
Teus olhos, cabelos, toques ansiados
E depois o beijo como loucura do desejo!

Não me satisfaço com pouco do que de ti tenho
Sempre meu desejo supera a própria ventura
Do teu beijo, do teu gosto, do que sinto seja tanto!

Direi que amo embora a paixão me desnorteie
E sou livre e aprisionado ate pelo teu cheiro
Quando toque, fantasio todo anseio....

4º Direi que amo

Aquela escolhida para ser força que me inspira
Que ame a minha vida como amarei sempre a tua
Cada movimento de loucura onde o desejo se sacia
Ou por vida que retenha no poema.

Se sei que vou te amar digo: Sinto
Cada instante como marca profunda que me encanta
No tempo que passou me ofereceste encanto
Enquanto por pranto a saudade na distancia.

Eu sei então que vou te amar por todo tempo
Do passado cantarei em versos
E direi que vivo porque te amo tanto!

Se disser menos que o amor que vivo
Então o que sinto por ser imenso e lindo
No aconchego do teu laço, escondo meu desejo...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 3 de maio de 2008

Quadra de sonetos



1º A descoberta:

O todo tem um pouco, limitado
E quando sente que nem tudo pode,
Anseia muito o que não possui.
Depois descobre que nada tem além de Ser.

E ser tem diante de si o infinito!
Quando olha com o olhar certo,
Todo belo, constata, é o espirito que viaja
Pela veste passageira que lhe permite estar.

Estar como quem ama ou odeia
Como quem transmite calma ou confusão.
Trata seu coração como quer,
Seu todo é homem e mulher.

Embora as vezes se sinta abatido
No intimo força imensa eclode
Imbatível se entrega ao sentimento que acolhe

E se o pranto trata como ser divino,
Divino é o sentimento que nele se instala!
De Deus seus sonhos, sua vida- de seu suas descobertas.



2º A hora incerta:

Toda vez que alma a si encontra
Nos espinhos ou perfumes desta lida
Sempre dita a si uma procura
Porque insatisfeita, sempre se encontra.

Na busca por ser feliz
Realiza uma jornada de própria escolha.
Nas pedras do caminho, reagente acolhe
A lição do dia e prossegue em jornada eterna.

Terna e lúcida compreende
Que nem tudo possui de seu
Mas vive cada presente!
Não como ser ausente, que passa

Define seu caminho por estar assim:
Vezes alma mergulhada na incerteza.
Roga que o céu a ouça e lhe ensine.

A hora é incerta diz a si por vezes,
Mas mesmo assim se encanta- Como uma criança – e vive
Como espirito eterno sempre aprende...Que a hora incerta é presente!



3º Talvez me diga:

Que os teus sonhos são coisas distantes
Mas se sonhas trata por presente
O que o futuro lhe reserva sempre.

A luz da aurora meditas
E nem sempre de alegria mas sempre de certeza
Que o conto de um dia tu que escreves!

Sejam feitos de alegrias todos os teus presentes
Mas se a lagrima insiste em trazer lição tua alma a acolhe
Entanto dita para que não tarde em sua partida.

Porque são fazes de tristeza e aprisionamento
Se te ensina apenas o valor da vida e seu encantamento
Deixando o espirito que é eterno sem reter.
O canto de viver feliz por aprender.

Talvez diga que escrevo coisas tolas
Os poetas tanto sonham, que deliram
Mas tu me acolhes por abrigo de instante, e descobres
Sensível alma que sonha e a seus seus sonhos, o futuro reserva sempre.

A luz da aurora quando meditas e aprendes
Que cada letra do teu alfabeto intimo, desprendes
Quando nos instantes vividos estás
Feliz ou triste- vivendo.

4º Quadra de sonetos:

Se viste o primeiro e chegas a este
Olhaste fundo em si a cada momento
Porque a poesia composto de sentimentos vive
Quando quem lê se permite sentir como está!

Se te consentires um segundo teu sentimento
Tão iguais somos em alegrias, sonhos e tormentos
Mas a vida ensina que a jornada não termina
Na hora incerta, se auto avalia.

Chegando ao terceiro talvez maldigas a ruína da rima.
Ah poeta pobre, que rima sem fundamento. Ou talvez não !
Já que também vivo e sinto, como tu em teus presentes

E me sinto gente com meus sonhos, que a tantos se mistura
Que a luz da luz, querida, é verso que te canto
E meu canto é vida, entre as estrelas anseio que brilhe

Para que assim sendo do primeiro ao derradeiro verso
Enfim entendas no que me foi dado ser, sentir, viver
A tua vida esta ligada desde sempre a minha- onde todos podemos ser um.


A tonica da vida é descobrir não o que se aloja fora de nós
Mas a vida palpitante de alegrias ou tristezas que nos permitimos sentir
Sempre e levamos desta vida somente o que somos.


Antonio Carlos Tardivelli

Só de passagem:




Me vi certa feita a ser contador de histórias
Vida vinha vida ia e eu as distribuía
Vezes eram de alegrias noutras nem tanto, nem tanto.
De passagem o homem irado
Rogou praga agrediu
Depois cansado da vida
Nenhum amigo nada de conforto
Pensou desistir de tudo e se foi desarvorado
Desejando pendurar-se pelo pescoço
E como não conseguisse laço certo
Uma mão de unhas grandes suja pestilenta veio em seu socorro!
E uma voz gutural lhe diz- Quer ajuda?
Pobre homem, apavorado, correu feito danado
E nunca mais pensou em da vida fugir.
Começou por necessidade, pedindo ajuda sincera
A quem na vida só reza – inda assim não se consolou
Avistou um pobre mendigo jogado na rua bem fria
Pior estado que o seu, que tinha bela moradia
Chamou a ele com cuidado, não queria ofender
Nem se dar feito falso que só palavra oferece
Acomodou com cuidado num quarto que tinha nos fundos
Deu-lhe alimento, sustento, até que o mendigo falasse
Pois mudo em sua dor, ausente de todo amor, tinha da vida desalentado.
Primeira palavra que ele disse numa manhã chuvosa e fria
Foi muito obrigado.
Entendeu por fim o homem irado
Os opostos que as vezes se instalam
Por opção damos a mão, de duas formas distintas
Uma aconchega outra agride
E as duas dizem do que se está de passagem sentindo.
O que se é ah isso é outra historia.
Mas como contador não posso deixar sem dizer:
Era uma vez uma homem muito irado,sem amigos, sem cuidados
Descobriu inda na vida que a vida que se tem, a gente escolhe
Ser feliz como ninguém, ou ser um pedinte pobre
Daqueles que tudo tem mas mendigam por carinho
Tratam tudo como seu e o que tem é apenas isso
De passagem pela vida, o que estão, por sentimentos
O que são é outra historia, mas como contador
Não vou deixar de perguntar para o personagem da minha próxima.
Como você está? Sim claro, você que está lendo!
Está de saco cheio, bronqueado, raivoso, irritado?
Oh meu acorda! Você está aqui fazendo uma viagem!
Então aproveita para fazer novos amigos
Enquanto aprende que o que vale é Ser e, ter é relativo.
Me mande a merda, mas pense... Não está aqui só de passagem?
Que marcas quer deixar pelo caminho em você mesmo?




Antonio Carlos Tardivelli

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ao ver teu rosto:



A fera enjaulada ousa ser livre – abre as asas anjo oculto!
Mas por dor de amor agora triste – não mais vê a razão do seu viver.
Se oculta – e somente o toque sonho , será pesadelo?

Uma rosa oferecida em silêncio , ao teu olhar que observava distante ocultamente
Depois um jardim a tua espera, eu presente, nós num único desejo ardente
Rosas Colhidas uma a uma por alguém que talvez ansiasse amar
Eu imagino, e oferecê-las todas juntas para perfumar o leito.

Alguém que sonhava amar, sentir esse envolver divino
A vibração que eleva que torna a alma cativa
E ao paraiso mesmo entre raios e tempestades se alegra.

Ao ver teu rosto, entrei na contramão...
Só não recebi buzinasso pois o sinal estava vermelho.
Todos lá parados me olharam pasmos!
Está louco ? Foge da policia? Cego talvez!

Que nada, era a tua imagem como assombro
Algo delirante que nunca mais vivi
Senão quando sonho... Ou deliro? Com teu rosto.

Em meu amor embora pareça insano
Ter por sonho o que se assemelha a pesadelo
O onibus partiu pela ultima vez
Jamais vivi desde então...

Hoje conto historia de ventura
A tive por breve instante
Enquanto nos meus braços te retinha.

Continuo poeta, continuam dizendo-me louco
E de verso a outro te reencontro
Retomo meu anseio de reter teu rosto entre minhas mãos
Ou olhar bem proximo, dizendo do tanto que te amo.

Diz meu sonho: Quem sabe um dia
Meu tormento responde – a espera parece eterna!
E eu aqui no meu poema, que não mais me pertence ...
É teu. Escrevo só ... Estou só .


Teu rosto mim se oculta – e somente o do toque sonho , será pesadelo?
Mas por dor de amor triste – não mais percebe a razão de tanto querer.
A fera enjaulada ousa ser livre – abre as asas anjo oculto!

Rosas Colhidas por alguém que talvez ansiasse amar
Imagino todas juntas para perfurmar nosso leito.
Depois jardim a tua espera, eu presente,tu a mim e um único desejo ardente
Uma rosa ofereço silenciosa , ao teu olhar que observa ocultamente.

Ao paraiso entre raios e tempestades que nos alegre.
Sentirmos a vibração que eleva, torna almas cativas
- Sonhavamos amar este envolver divino

- Está louco ? Foge da policia? Cego talvez!
Todos lá parados olhavam pasmos!
Só não houve buzinasso pois o sinal estava vermelho.
Ao olhar teu rosto - entrei na contramão...

Quando sonho... Ou deliro? Com teu rosto.
Extase que nunca mais retive
Trago sempre tua imagem como assombro

Quando o onibus partiu pela ultima vez
Jamais vivi desde então.
Sonho o que se assemelha a pesadelo
Em meu amor será insano ?

Enquanto nos meus braços te retive.
Porque a tive por breve instante
Hoje conto historia desta ventura única!

Inda quero o olhar bem proximo, dizendo do tanto que te amo.
Anseio reter teu rosto entre minhas mãos
Encontrar no calor; de verso a outro .

Continuo poeta, continuam dizendo-me louco

Estou só ... Estou só .
Eu aqui no poema , não mais me pertence ...É teu
Meu tormento responde – a espera parece eterna!
Diz meu sonho: Quem sabe um dia

Até meu verso sente meu reverso
Estarei louco?
Diga-me em seu amor- ao meu amor...
Enlouqueci?




Antonio Carlos Tardivelli