terça-feira, 7 de abril de 2015

Movimento da prece


Se os sentidos espirituais fossem despertos o que se veria não seria um homem dobrado nos últimos lugares do templo, batendo em seu peito e dizendo Perdoa-me pois sou pecador!
E a resposta sublime vem em vida continuada porque ao que  se reconhece em infeliz escolha na estrada agreste das aflições da carne, de pronto sua essência vibra e algo de novo no mesmo instante se acontece!
Do pondo de vista espiritual as forças internas e eternas são acionadas para o divino concerto da existência, e onde não havia paz interna, uma suave luz colorida de azul celeste cai mansamente envolvendo o ser sincero, que olhando-se por justa vista, mede suas feridas internas e  se auto determina a dobrado, rogar por aquilo que não lhe esteja ao alcance enquanto de dentro movimenta as suas divinas forças.
Como efeito, toda ação tem reação que lhe seja consequente, o homem que se dobra humildemente, se lhe abre após a postura humilde os portais amplos do entendimento, pois a vida continua, mesmo que ainda prisioneiros dos efeitos dolorosos de escolhas passadas infelizes.
O que importa filho, é o presente! Aquele que se sente poder realizar no momento aprazado pelo pensamento divino que tudo norteia e direciona, ate o pecador mais ferrenho em sua insanidade, terá o momento de dorida dobradura reconhecendo seus erros, por mais atrozes, por mais violentos, há os reparar em movimento oportuno na eterna vida.
Não tomeis entretanto a palavra que vos dito ao pê da letra como tens habito de fazer em muitas ocasiões, ah se vou  ser perdoado não importa o que faça, farei tudo o que meu instinto determine! Ledo engano, os efeitos de cada ação retornam com intensidade necessária a abertura da alma para que a centelha que nela esteja dormente desperte finalmente.
Deste ponto de vista, eterno, os  violentos de hoje serão as ovelhas submissas de amanha.
O que se conta do nosso ponto de vista em termos de tempo, não é o mesmo que o vosso que só se apercebe na maioria das vezes o campo transitório de uma existência física, e quando chega ao fim, como diante de uma porta  onde o desconhecido se lhe apresenta, sente medo, pavor ate, o que não é racional, pois tanto a existência como a morte são pontos inevitáveis da eterna jornada.
Sinta filho então o movimento da prece que se eleva, como um mergulhar no mar de amor que vos espera sempre nos fundamentos da boa vontade para ter paz, para ser paz, para estar amor.
É uma ação voluntaria onde o ser se dobra aquele que mesmo não entendendo, mesmo não o vendo, mesmo não o sentindo de fato entende porque esta nele inscrito o direito de ser vivente criado por Deus.
Isso ninguém lhe pode tirar, e mesmo que não tenha os luminares cristãos, quando o espirito se dobra ao seu criador mesmo na condição primaria recebe no ponto onde esteja em sua evolução a resposta dita do amor supremo conduzindo seu ser para uma compreensão intuitiva de que algo há mais acima e dentro que o eleva e o conduz.
Cegos só permanecem cegos pelo tempo que assim se lhe determina a livre escolha, saiba filho, que mesmo o indígena nos rudimentos sociais, escolhe estar com seu criador pela mesma ordem elementar e a resposta sempre vem em proporção a necessidade do ser criado por ser espirito eterno em vida.
Não fosse assim, Jesus, o Cristo vô-lo teria dito

Sou da corrente dos que apoiam a verdade no amor da grande Mãe.

Sublime e bem aventurada entre todas as mulheres



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Antonio Carlos Tardivelli