Averno em minha demência?

Apogeu da loucura.

Ditam-me poetas mortos do sonho de viver um sonho

De adormecer sentir seu ser misturado a outros seres

Ai pergunto ao que relata seu querer: Não é assim? Ele silencia...

Como se não pudesse mensurar o que sente e dize-lo pra gente.

Respeito o silencio então minha mente começa a vagar

Se minha própria insanidade cria o que trago, prefiro ser louco que normal.

sendo tudo oque grafo a letra já então não sou mais ínfimo grão incandescente.

Fagulha de estrelas que um dia a milênios explodiram em luzes e fogos infernais.

Porque sonho com um mundo além de luz e ternura a invadir meu ser

Deixando longe as angustias as dores o querer auxiliar consolar encaminhar

Sendo apenas poeta que sonha encarnado.Imagino que seja assim:

Um ser irradiando luz interior olhando nos meus olhos pergunta

O que aprendeste? Eu direi feliz

Aprendi a ser louco a amar como quem não ousa colher porque nada foi meu

Tudo meu senhor me emprestou.

Um corpo, amigos, familiares, filhos, companheiros de motociclismo.

Viagens maravilhosas pela natureza, respirando os ares de manhas luminosas.

Recebendo chuvas geladas estradas empoeiradas pedras no caminho quase quedas.

Tu, olhando nos olhos irradiantes de amor e compreensão questiono , me perguntas o que aprendi?

Que os meus  olhos também irradiem o mesmo amor na resposta que te trago amigo depois de uma jornada que por agora me parece um instante da eternidade.

O que aprendi com vida e  a dor, foi auto superação, resignação, ser corajoso seguir em frente mesmo a nau balançando sob as tempestades diversas do caminho. Aprendi a ser o meu Pai onde Dele encontra-se a necessidade. Por espirito de verdade mesmo na dor me ocupar do amor que sinto pela humanidade

Mas o que aprendi também com esse amor que sinto e Ele sou, é que me foi dado, porque aquele que vive em mim, já não sou eu que existe, é o Cristo.

Então por certo se for ao averno devido aos meus desacertos, a aprendizados perdidos no tempo, por certo la levarei o amor que sinto, e vou plantar a esperança que sonho embora para muitos seja loucura.

Esperança no inferno de fogo e inclemente sofrimento?

Ora diz minha loucura, em me criando num pensamento de amor

Sou amor onde quer que esteja, no averno, nos mundos felizes que a bondade divina me empreste.

Ou como um poeta pobre neste agreste definhando em sua loucura.Rico em sonhos.

Mas serão meus sonhos quimeras? Então quantos não estarão pedidos como eu ?

Mas por certo que aprendi a ter esperança eterna

Porque o tempo de Deus é sempre e Ele diz minha alma do mais fundo do meu ser

Não me criou para a dor e o sofrimento, não nos criou a todos nós para o fogo eterno.

Senão esse que arde dentro e busca oferece-lo como realidade e verdade minha.

Não o tenho Ele me tem Divino Averno!

Em querer o céu que já sou e oferecer ao outro para que o descubra em si.

Eis o que aprendi.

Dar mais que receber, amar mais que ser amado, perdoar incondicionalmente

Porque a cruz de loucura que levo é minha e o que vejo?

A terra povoada por espíritos felizes, onde a humanidade inteira compreendendo a viagem passageira aproveita o tempo emprestado para semear o amor que já seja.

E só assim em amor imenso e sem fronteiras, sem portas trancadas, sem grades na janela, sem cercas que nos separem.

Seremos afinal um.

Antonio Carlos Tardivelli