sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A ilusão


Ah juro não quero que se iluda comigo quero que se iluda junto comigo
Fazer farra por fazer, gritar no meio da noite e que nos pensem desvairados.
Tomar água gelada quando a noite estiver fria de morrer. Cerveja quente quando der vontade
Topar realizar coisas loucas sem sentido algum e apenar rir com isso junto comigo
Como se não tivéssemos amanhã.
Ter força para dizer sim eu quero ser feliz sem ter que impor-me regras do que é ser feliz, apenas estar comigo e eu com teu umbigo.  ( Que coisa mais sex.)
Apenas ser algo grande e inconfessável, pecado,  que por um movimento do relógio do tempo chamado segundo nos ditam é ilusão seu louco!
Mas quem é o louco desta historia eu que vivo e sonho? Ou quem deixou de sonhar e não vive?
 Algo que ninguém ousa, ninguém admite pensar, ninguém admite viver.Mas sonha mentindo pra si mesmo.
Rodar por ai sem destino porque o destino é contar o tempo? Vida é o que passou ou  o presente ou ainda o futuro mesmo que incerto?
Quem conta o tempo perde segundos preciosos olhando o vazio enquanto o relógio no seu mecanismo dita as normas, daqui a pouco o tico, logo mais o teco.
Se for assim não sei se sou eu que me iludo ou quem fica preso no ao tico e ao teco.
Já não disseram algo assim tico e teco dois neurônios de gente obtusa?
Eu quero apenas ser louco um pouco viver como se não houvesse amanhã,  ter um doido amor que me iluda e me deixe repleto de ilusões passageiras que precisam ser renovadas todos os santos dias..
Rasgar no verbo sonhos e que seja igualmente doida  a alma que me divida as mesmas  ilusões
Venha de motocicleta também curtir as estradas da vida e não me venham dizer
Que o que vejo e sinto da natureza, na chuva que me congela as articulações ou no sol que me tosta os braços  que é mera ilusão.
Quem não viveu essa ilusão passou pela vida tentando ser realista, matemática fria de quem jamais viveu senão pra contar o que não foi o que outros foram porque se iludiram e não ousaram ter vinte anos com sessenta!
No contar dos segundos frios ilusórios do tempo que se conta mais se perde enquanto se conta.
Afinal ele não passa? Quem pode fazer retornar um segundo atrás? e viver diferente a ilusão que sentiu?
Mas quem viveu o que escolheu, não se iluda, viveu.
Cantou e contou suas historias, fez seus versos em proza, chorou ao ouvir Sinais.
Ou Djavan, ou quem conte da alma os contos que são vivos olhando nos olhos chorando junto.
Eu sei que minha ilusão pode não ser a tua, meu sonho   pode ser mais desvairado e louco e talvez não o suportes que nem sonho é dirão os matemáticos frios que contam o tempo.
É ilusão dirão.
Se deres ouvidos ao conto doutros e não os do meu espirito ou do teu que comigo viaja na mesma fusao de almas.
Meu verso será apenas ilusão dos teus sentidos. e que te parecerão ser dos meus que torno verso e prosa
Porque aos meus tudo o que vivo é real e não abro mão de sonhar, de me iludir, de chorar
Quem quiser que abra eu não, eu sonho me iludo quebro a cara choro rio bato o pé mando a merda
E digo mais, eu sei,eu vivo.
E como dizia a Drinha, de saudosa lembrança, poetiza com a vida 
Quem quiser que conte outra.
Antonio Carlos Tardivelli






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Antonio Carlos Tardivelli