Um verso no silencio
Um sonho que não tomou forma
Ficou só a imagem como lembrança
Ou em uma lagrima que rola.
Ao ficar ela se derrama ao partir da mesma forma.
Para fora se lança da alma que quer gritar, mas não o faz
Deixa no verso o silenciar da alma
Aquieta-se por derramar seu choro sua dor
Não há amor só o silencio que denuncia sua ausência
A alma quase morre ao verso por demência
O silencio mata enquanto fere e se amor o que torna fera é paixão
Já não há mais tempo entre um verso e outro tudo se contrasta
entre sombra e luz
Tudo se interliga a mesma dor que judia da alma e do poema
pois se faz alma doente
Eis que a dor da partida, entre ela e o silencio quando se
anuncia
É como morrer o tempo que se conta agora, presente..
Me dita oh silencio um verso que tenha nexo uma paixão que não
seja demência
Porque me confundes assim sem rumo, sem norte, já que sem
sorte, partes e não voltas
Sem presença a não ser a aprisionada na lembrança
Tudo é silencio é como se morresse agora
Parte de mim que ama dois, 947 vezes se repete.
Um verso no silencio assim se faz presente
Sem embrulho colorido e fitas diversas como enfeite
Apenas o meu verbo sem rumo, minha alma sem o lume
Da presença manifesta
Do amor em mim que vive e enfim se revela
Tarde, tarde...
Já que morre o poeta no silencio do seu verso.
Antonio Carlos Tardivelli
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