terça-feira, 20 de agosto de 2013

Nao entras?

Sonho e desvario
Quando olho o mundo a minha volta contando os segundos
Sonho com um sorriso, mas por ser sonho é desvairado.
Porque a distancia que conta entre o sonho e o cheiro
Muito campo, muita floresta, muitos odores.
É como se vivesse apenas em mim distante do sonho do outro
Porque quando um sonha o mesmo sonho já não é um.
É desvario de paixão, de toque, de sentimento, de ternura e loucura.
No poema bem que tenho o que tento no meu sonho onde recrio o anseio
E o anseio se torna loucura, demência, desvario. Grande feito
Olhe-me agora já que penso, que tempo de viver é esse onde os segundos conto
Porque todos vão se embora quando o tempo passa e eu apenas sonho.
Porque me tentas então tornar-se viva em meu inspiro me assombrando tanto
Se me tomas por inteiro eis-me escravo se não me tomas eis-me louco
Pois a solidão fere profundamente e me deixa assim num verbo sem eloquência
Apenas palavras soltas dos sonhos ou desvarios que me povoam a mente.
E podem me chamar de louco. Podem afinal eu sonho.
Onde andas amor que sinto, ou que senti um dia, humano que anseia o outro como posse
E mesmo que paixão entenda seja o que penso ter, que seja,
 que sonho é esse que me atormenta?
Vês ou sentes o que tornas?
Um momento de sonho no movimento de um segundo
E na loucura ouço o  tiquetaquear do relógio da parede.
A porta permanece fechada
Não entras

Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli