ERA UMA VEZ
Uma alma buscante do seu Deus.
Visitantdo com seu campo mental as dores tantas do mundo
E se sentindo um grãozinho de areia da praia orava assim
dizendo
Pai Nosso, e enquanto caminhava para os estudos rotineiros
Para prepara-lo para as lutas que viriam, durante todo o
trajeto ele dizia
Pai nosso que estais nos céus.
A compaixão era algo bem viva e seu jovem coração, tinha
dezessete anos.
Do rustico evangelho que sempre ficava a mesa deixado por
sua madre
Ele tirara os elementos para sua fé que tendia a crescer e
tomar corpo
Porque a alma quando renasce, não trás somente as correções de
rumo a realizar
Traz também a sua fé, a ciência como conhecimento especifico
da vida além da vida na sua forma intuitiva mais pura.
Assim ia todos os dias para o trabalho, para a escola durante todo trajeto, Pai nosso que estais nos céus, era oração sentida e pura
na direção do divino provedor da vida.
Foram anos, e anos nesta condição de prece, de crença, de
humildes pedidos a todo aquele sofrimento que diante de sua tela mental surgiam
como um filme, de triste enredo da condição humana na terra.
Ao chegar ao portão da pequena casa onde seis irmãos dividiam
um mesmo comodo de três metros por três, tinha sob o frio da noite que era
intenso, um mendigo deitado ao chão.
Ah como aquilo mexera com seu sentimento de compaixão pelo humano
sofrimento e mais se intensifica suas preces ao divino provedor da vida
porque aquela pequena alma queria
realizar o bem a quem sofria.
Quando cruza com
mendigo naquela noite bem escura fica paralisado por uns instantes pois uma
voz de maravilhosa entonação lhe dirige a fala : Eu sou Teu Deus.
Claro que reconhecendo a voz divina “Eu conheço minhas
ovelhas e elas me conhecem e aqueles que me amarem me manifestarei a eles”
(Jesus) este jovem ele entra numa especie de êxtase em alegria, gritando dentro
de si em seu pensamento.
-Ele falou comigo! Ele falou comigo!
Imediatamente seu pensamento vai em busca das lições que
o rustico evangelho lhe oferecera durante as noites tantas que se dedicara a ler e sem pensar muito mas dizendo para si , vejamos o que aprendi , entra em casa vai ate seu
leito dali retirando a única coisa que
considerava sua, uma manta de lã que naquelas noites nais frias do inverno recobria-lhe o
jovem corpo.
Vai e coloca sobre o mendigo que o olha com assombro, e não menos
assobrado fica o jovem pois o mendigo tinha um só olho.
A voz divina que ouvira próximo ao mendigo viera da direção oposta
a ele não vira quem disse mas ouvira e
sabia, reconhecia aquela voz como sempre a tivesse ouvido.
Como nos reconhecemos a voz ao telefone das pessoas
conhecidas a nós.
A lição que tirara pois nada tinha de material para dar, era
que a caridade que deveria prestar como serviço ao Cristo, na pessoa do próximo,
era levar a esperança e contar essa historia, verdadeira, sua perola que ninguém
haveria de lhe tirar.
Ele é uma ovelha do
divino enviado.
E isso lhe bastara para tratar seu trajeto encarnatorio de
fazer o seu melhor sempre amar a Deus com todo seu entendimento.
E ao próximo como a si mesmo.
Comecei como minha avo Drinha contava, Era uma vez, e todos
nós pedíamos para que ela repetisse suas historias mesmo aquelas que nos faziam
tremer de medo.
Esta que lhes conto é historia verdadeira, aconteceu um dia
e o jovem em questão que me contou é de minha inteira confiança.
Logo o que Deus espera de nós é que escrevamos nas almas
desalentadas com a força da esperança que temos, da fé que trazemos, que existe
vida além da vida e que Ele o divino condutor vai nos conduzir ate chegarmos
lá.
Estando conosco ate o final dos tempos.
Antonio Carlos Tardivelli
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