quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ardor.


No encontro de nossas almas,
quando em espera a muito aguardava,
deixava-nos angustiados.
sem que se nos mostrasse a razão.
Passa o tempo e nos encontramos
almas livres na mesma busca e mesma espera
anjos caídos por amor ao amor.
Quantas vezes em nossos sonhos mais íntimos,
sentindo aquilo que somos, um metade do outro
nossos anseios fundidos, e nas batalhas tantas da vida ate que um dia no amor...
Ousamos dizer um ao outro de olhos e corpos colados.
Eis que o amar toma forma, se humaniza e conta
de tantas vidas passadas onde eu te buscava
e tu, metade de mim, também por mim suspiravas.
Mais um encontro se deu, mais um aceno á partida
e no ardor desta lida entre tantos movimentos da alma
eis que a minha canta a historia, de nossas mais antigas memórias.
Eu na cidade do céu junto de quem me completa
via o desterro na terra, e a solidão da espera.
Qual momento futuro nos espera, em movimento de amor?,
se já a metade que é minha noutro vôo se encontra.
Se bem que no sonho te encontro e no ardor do nosso amor me completo.
Então minha alma porque choras se vais ter a ti por completo
Encha de alegria teu canto, de ardor teu amor e conte!
a tua metade que esperas,pelos confins de tantas eras
Ela que anseia na mesma espera por ti...
- O amor só germina depois se enche de todos os encantos
para que no momento de maior ardor por ser amor
seus ramos de felicidade, seus brotos de pura saudade
se tornem nos frutos da vida onde por lida se doam
como anjos caídos dos céus.

Antonio Carlos Tardivelli

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