Visitando um sonho, torne-o teu. Se desejar compartilhe. Namaste Atualizado em 22 de março 2021 segunda feira
domingo, 19 de dezembro de 2010
Algo que não seja meu:
Isso dizia meu coração ao se depositar na pena
Posto que entendia ser insignificante
Então pedia ao céu distante, que dele me acudisse algum anjo.
Porque o que sentia na terra eram dor e pranto.
a folha então silenciosa começa a ter vida própria
A receber sonhos que pareciam utopias inalcançáveis.
Mas a vista via por se aproximarem anjos
Que os sonhos alem de movimentar a pena
Eram vistas de futuro certo após o vendaval da dor.
Mas os anjos são silenciosos, ficam apenas a estender as mãos
E enquanto jorro de amor me atingia, então eu pedia por algo que não era meu.
Mas silenciosos continuavam com suas mãos dispostas
A que se abrisse a porta do meu coração.
Quando descrevi a rosa não via somente a flor e seus espinhos
Sentia os enamorados que elas doavam e as recebiam
E a cobrir como mortalha aqueles que partiam.
Enquanto seu perfume por certo que tocava todas as almas que ficavam.
Já não sabia se era meu o pranto ou se o descrevia.
Porque quem partia parecia querer dizer mais alguma coisa a vida.
Então me sussurravam perfumes de suas almas para que eu os descrevesse.
Quem lia, não dava credito como algo que de mim não vinha
poetiza tudo enfim diziam os anjos silenciosos para que a poesia tocasse a dor e consolo fosse.
Porque para minha vista quem partia, sorriam muitas vezes.
Mas tanto insisti com o céu para que algo que não fosse meu fosse descrito.
Que por generosa oferta um deles me trouxe a vista certa
Que o céu tornado verso era algo como o olhar para a rosa
Nada limitado a forma, ligado a todo olhar que a mesma vista visita.
Não chove tanto para os que praticam a justiça como aos injustos?
Uns lhe vem o aveludado das pétalas macias, noutro o olhar se fixa nas pontas dos espinhos.
Mas as almas que buscam despertar mesmo na forma
A vista sua de tudo o que existe.
Enxergam a invisível Mao que tudo fez e disse que assim fosse.
E a poesia cabe descortinar o véu que oculta a obra que não é minha na forma e fora dela.
Aos anjos observar os corações que buscam e estender suas mãos em doativa de amor.
Enquanto a pena por força serena que desperta como fosse do poeta
Mas não! Vem de Deus que tudo fez e faz
por muito que esteja disposto a pena, por meu intento
Certo que me conduz a compreensão mais justa.
E justa é a vista da rosa, existe a beleza trina.
Ela e seus espinhos, os anjos com suas mãos postas
e Eu...
Antonio Carlos Tardivelli
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