sábado, 11 de setembro de 2010

conto de ser


No conto de minha vida um momento inesquecido.
Se contar não encontro credito
Então ocultando no verso já não falo do que creio
Mas do que sei que existe, não mais como alguém que espera.
O verbo que era antes que está desde o principio
No leme de tantas vidas silenciosas
Porque quem o tem não faz guerra. Traz sim, paz a terra.
As vezes por escolha se apresenta e o que pede? Nada.
Diz apenas Eu sou.
E nesta fala do Verbo, quem tem olhos de ver que veja.
O ser encontra sua origem e seu futuro
Não existem mais medos que barram
Nem inimigos que não possam ser amados
Afinal, nossos inimigos são irmãos do nosso passado
Quando o verbo assim escolhe, não há desvios da sorte
Encontra-se um caminho um norte.
E a vida que antes apenas passava agora faz sentido
Se bem que o sentido para a vida é o passar do tempo
Onde a semente encontrando-se com a terra produz seu fruto
Não há desvios da sorte, de ter como norte o Verbo
De olhar o mundo sob esse paradigma. De vida eterna.
Então a gente se vê diante de um só grande questionamento.
O que eu quero estar amanha? O que estou hoje?
O que estou hoje?
Se posso ser a alegria e a estar oferecendo
Porque não estar debaixo do firmamento dizendo.
Eu amo porque sei e quero
Que minha eternidade seja de luz e um com este Ser.
E se por ventura sua voz dita, vá eu já estarei La.
No silencio do verso, na calma das manhas no ruído de todas as mentes
Que buscam silenciosas seu próprio ser.
Ele o Verbo espera.
No ruído de todas as mentes que pedem, auxiliam, amparam
Emprestam abraço a toda alma inquieta, que saem de si para ser ao outro
Tudo o que querem pra si...

Antonio Carlos Tardivelli

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