quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Retorno a origem.


Por vida, que seja breve
Por canto que tanto encante
No ponto onde se define
Chegada, partida.

Não há medo do retorno
Pois de um momento a vida é feita
Vez nela tem o laço do carinho
Noutra da distancia.

Quando a pagina branca enfim não mais receber minha alma
Meu pensamento ira prosseguir no seu intento
Posto que meu espírito anseia vida para alem do firmamento
Onde a verdade repousa no seu silencio.

Por certo que breve, entanto intensa
Foi minha passagem
Assim como viverei onde quer esteja
No silencio da pagina da minha alma que conta.

Aqueles momentos onde não tive sorrisos fartos
Noutros onde a solidão foi à única companheira
Entanto a voz de dentro no silencio não ficou calada
Aberta a porta ao entendimento, descobri ser voz doutra alma.

A pagina prestes a virar minha alma conta
Dos sonhos quais tive e reais não se fizeram
Talvez quimeras da inconstância ou insegurança
Talvez faltasse ação na direção do sonho.

Nas linhas da existência que continua após essa passagem
Minha alma retomará a lida do verbo em algum lugar
Onde seja preciso a forma de ver o paraíso que importa
Onde a verdade por ser porta liberta.

E o que foi quimera , ilusão, mesmo assim não se perdeu no tempo
Porque existe alem do firmamento um mundo antigo
Donde vim por certo. Pra onde em breve retorno
Depois que por fim terminar meu verso...

E já que verso é feito vida para mim
Cantará minha alma nos momentos mais marcantes
Quando nasci Quando morri
E agora quando penso em viver eu sinto
Que não vou parar por aqui...
Estarei vivendo em cada alma que visitou meu verso
mesmo nao permanecendo aqui.

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 25 de setembro de 2010

Manual da esperança:




Nos momentos mais difíceis da vida
Encontrar a saída não é a parte mais importante
Estar neles com serena aceitação
E objetiva ação no interesse do bem
Leva para alem de si o que se busca.

Nos movimentos da vida, muito dela se espera
Conquanto seja oportunidade única de aprendizado
Aguardamos que ela nos responda aos desejos
Se nos responde mal de acordo com as nossas aspirações
Dizemos ser injustiçados embora ela apenas nos responda a posturas intimas.

No campo da relação com os semelhantes
Muitas vezes esperamos que nos satisfaçam as expectativas
De certo que em grande monta a parte que nos cabe negamos
Ser esperança é algo que não cogitamos ser
Entanto na lógica dos fatos, ser é ter.

O subjetivo colocado a vista de todo ser
Nem sempre é compreendido pelas mentes ocupadas
Ocupadas em manter status social, em amealhar ganhos
Reunindo vastos valores monetários e pobreza de compreensão mais justa
A vida entanto coloca cada individuo diante daquilo que necessita, queira ou não.


Para algumas almas esperança é viver de novo e de novo eternamente
Outros anseiam por paraíso vivendo em função deste objetivo
No paraíso de ser a vida eterna pode ter longo período de aprendizado na dor
Ou movimentos do amor quando enquanto semente, cresceu e germinou dando frutos.

Para o entendimento mais justo no tocante a esperança
Do ponto de vista que me acho agora e me rebusco
É estar buscando sempre e sempre como quem a deseja muito
Mas não para ter, sim para ser semelhante a uma semente
Encontrando porta aberta e terra fecunda ai se planta e surgem frutos.

No paraíso de ser não se encontra adjetivos
As palavras são pontos minúsculos de um estado intimo e pobres para descrever.
a alegria pela jornada vai tomando forma definida a cada passo
Pode-se estar no paraíso em qualquer ponto do universo
Não é o lugar é o estar nele, não é ter esperança é sê-la...

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 12 de setembro de 2010

A fala do amor.



Para falar de amor.
Visitei demoradamente os anos passados
E com vistas a entendimento dedico esta fala...
A todo amor que foi anseio, as despedidas, os acenos
E de toda vista que o poema torne claro.
Amar é mais que dizer é sentir no próprio ser
Aquela saudade arredia que não se distancia
A lembrança que retorna no presente como fosse algo do agora
Se bem que amar é para sempre. Então todas as lembranças ficam assim reservadas
Para que retornem com igual intensidade e sejam revividas.
Ser amado é outra historia.
Porque amar se identifica com presença e ausência
E com histórico de carinho e recordações festivas
Por outro lado existe um tipo de amor que transcende a vida
Onde não há predominância do ego mas sim do nós
Onde existe dois em um como uma única alma a entreterem-se
Com afagos de ternura, olhares furtivos, palavras doces
A fala do amor é algo que foge a razão porque é fala do sentimento
E o que sentimos com maior intensidade passa a formar quadros festivos.
Um simples aceno toma forma de arrebatador sentimento de alegria ou dor
De saudade antes mesmo que a distancia exista, e quando ela chega
O marco do amor que se sinta é ela que dita a fala do coração. Que ela volte!
E não define por ausência a saudade, mas sim por constante presença na lembrança
Por outro lado quando a distancia inexiste e o amor toma forma
Um abraço desperta um mundo que se renova e assim se expressa:
Eu te amo.
E o amor passa a ter manifesto definido pelo verbo
E que nem poeta seja declara-o com um som único, despertando sorriso,
No aceno já presente os efeitos da saudade.
E de todas as partidas destes anos quais me lembro
Foi assim o que abaixo descrevo. Cheio de dor e alegria.

La tu estavas musa de todo meu tempo
Acalento dos sonhos mais belos, anjo de ternura
E nos instantes derradeiros quando a partida fora inevitável
Permaneces viva em todas as lembranças
Então sem medo de perjúrio juro-te
Meu eterno amor. E trato como conto antigo, algo que sempre exisitiu
E nesta vida esperava ansioso que despertasse de novo!
Amar então por estar dentro trago no que sinto agora
E que se lhe acrescente o passar dos milênios
Para que num outro verso te relembre, te reviva
E assim quem sinta amar, possa saber que é eterno...




Antonio Carlos Tardivelli.

sábado, 11 de setembro de 2010

conto de ser


No conto de minha vida um momento inesquecido.
Se contar não encontro credito
Então ocultando no verso já não falo do que creio
Mas do que sei que existe, não mais como alguém que espera.
O verbo que era antes que está desde o principio
No leme de tantas vidas silenciosas
Porque quem o tem não faz guerra. Traz sim, paz a terra.
As vezes por escolha se apresenta e o que pede? Nada.
Diz apenas Eu sou.
E nesta fala do Verbo, quem tem olhos de ver que veja.
O ser encontra sua origem e seu futuro
Não existem mais medos que barram
Nem inimigos que não possam ser amados
Afinal, nossos inimigos são irmãos do nosso passado
Quando o verbo assim escolhe, não há desvios da sorte
Encontra-se um caminho um norte.
E a vida que antes apenas passava agora faz sentido
Se bem que o sentido para a vida é o passar do tempo
Onde a semente encontrando-se com a terra produz seu fruto
Não há desvios da sorte, de ter como norte o Verbo
De olhar o mundo sob esse paradigma. De vida eterna.
Então a gente se vê diante de um só grande questionamento.
O que eu quero estar amanha? O que estou hoje?
O que estou hoje?
Se posso ser a alegria e a estar oferecendo
Porque não estar debaixo do firmamento dizendo.
Eu amo porque sei e quero
Que minha eternidade seja de luz e um com este Ser.
E se por ventura sua voz dita, vá eu já estarei La.
No silencio do verso, na calma das manhas no ruído de todas as mentes
Que buscam silenciosas seu próprio ser.
Ele o Verbo espera.
No ruído de todas as mentes que pedem, auxiliam, amparam
Emprestam abraço a toda alma inquieta, que saem de si para ser ao outro
Tudo o que querem pra si...

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 5 de setembro de 2010

Luminária celeste.



Por abrigo, da prece Um corpo maltrapilho ajoelhado pedinte
Erguia suas mãos para os céus E do seu coração fluía...
Pai de amor e bondade Que nos deste o orvalho nas manhas
O calor do sol quando está frio O abrigo quando chove
Vela por nossa sorte Pois eu que mendigo vejo.
Os negrumes da devassidão Os cantos escuros da ingratidão
O mar furioso do ódio impensado A guerra que leva pai, mãe, filho
Que não podem mais povoar sua terra.
Doutro lado abastado com ricas vestes e jóias.
Coração endurecido, ria da boa sorte nem via o brilho d orvalho.
Nem o verde, nem o sol que o horizonte doura
Olhava para outro douro, reluzente em seu peito
De sorte que um dia os dois se encontram no caminho...
Pois havia do céu um chamado aos dois no mesmo momento
Por ventura o maltrapilho em roupa de luz revestido
E por desventura o bem rico digno de piedade aos céus suplicava
Por tempo que tive na vida, de luzes e alvoradas
Perdido me encontrava e cego pela estrada da vida passava.
Piedade me manda um amigo, que a minha desventura assista
Por força de prece sempre respondida
Vê o mendigo de vestes luminosas o ser suplicante
toma semelhante veste humilde da qual já se já se desfizera
E ao suplicante oferece o socorro pedido.
Vem meu amigo renasçamos juntos.
E lá se vai o ser de luz que por força de prece sentida
Em se compadecendo da dor
Tomou a si o fardo do outro
Dividindo amor...
Ah quem responde pelo pai, senão o filho?
Quem pode ser um com ele senão o filho?
Quem pode atender a uma prece sentida senão o filho?
Quem pode dividir amor senão o filho.
Já que sou um dos filhos Pai que povoam a terra
Gosto de pensar que quando aprender a mais amar
Melhor vou poder servir...
Hoje e para alem desta vida...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 4 de setembro de 2010

Mediunidade



Dizem os primeiros que ouviram algo novo
Que alguém lhe inspirara, como que lhe falasse
Sobre isto ditam uns, coisa do demo, doutros por fascinação
Não discernem sobre a fala
Pode ser que eleve, pode ser que não.
Na duvida entre o certo e o engano melhor ouvir a razão
Afinal quem quer ciência do que existe alem da vida
Melhor saber que do lado lá tem como cá
Gente vivendo em harmonia com as leis do Creador
Outros num gemer de tanta dor
Inda há os que vacilam os que enganam trapaceiam
Mas também existem os anjos de bondade e ternura
Que as regiões sombrias do ego, visitam com sua luz.
E ficam a toda hora repetindo as falas do cordeiro
Mas ouvido bom de prosa ouve tudo e entende
Que a verdade que liberta vive bem dentro da gente
Somos filhos da bondade, da suprema inteligência
E se lhe apraz tudo oferece como lição.
E se pode o ser canta na hora da sua fala mansa
Une-se com tantos seres que transmitam pela musica. O céu que esta dentro.
Por certo a razão responde- É médium do mais alto
No mesmo compasso doutra forma quando por inspiro desvairado
A fascinação e o engano se impõe a razão ainda responde
São irmãos em vale escuro sem ciência do amor.
É médium daquele que ainda não se elevou.
Ah então mediunidade como porta do alem
Ditam La do outro lado:
Vem vigia e ora, noutra dita não precisa sou espírito elevado.
Mas para bom entendedor, já que meia palavra bastaria.
Traço por força do verbo que médiuns são todos
Bons médiuns são poucos
Assim como: espíritos são tanto os vivos como também os chamados mortos.
Bons e maus, lúcidos e confusos, sábios e ignorantes,...
Nada pode ser mais verdadeiro que poder encarar a verdade face a face.

Médium = é todo aquele que em algum grau tem contato com a espiritualidade.

Antonio Carlos Tardivelli