sexta-feira, 30 de março de 2018

Sentimentos


Poesia
Não sabe a gota que seu canto monotoniza
Porque persistente agride a pedra dura
Não se torna a pedra, a perfura atravessa
No silencio se torna ruidosa mesmo posta na caverna
Onde não haja ouvido para ouvi-la em seu ritmo como caída
Não para entanto como se antevisse o outro lado
Que terá por certo talvez quem sabe o oceano
O incerto entanto não sabe de onde recolhe a força
Que a faz ritmar na pedra pedindo passagem
Talvez porque a vida o tempo a distância percorrida lhe ensine
Que mais há depois de transposta a pedra do seu caminho
Talvez se quando se sinta no oceano, transportada a vagar por sua imensidade
Reconhecendo que se compõe de muitas que sobem aos céus sublimadas
Depois novamente voltam a terra para desejar voltar ao mar que a completa
Pois os ciclos de ser vezes fecundante noutra compondo o copo que sacia
Depois retoma a sua forma de gota novamente, nunca termina sua jornada eterna
Onde a gora caia será sempre agua onde a essência vibre sempre será divina
Há quem duvide que ser é tudo e que ter é nada porque se tem o que se é somente
Se não se tem como gota como compor o oceano qual faça morada?
Não é ciência de si mesmo que compõe seus dias descobertas vitorias e derrotas?
Não ritmar na vida insistente, perseverante no rebuscar constante de seus valores
Que te tornas o que és acrescido do que fazes de ti mesmo?
Então seja como a gota que promove com sua vinda transformações a forma
Sem perder o rumo da essência de que é feita para ser muitas e uma apenas.
A ritmar com suas vindas outras falas que seja toque noutras almas que se rebusquem.
Sabe a alma que tornara a fonte que a trouxe a vida como sabe só gota entende
Pois se sente parte quando fora do oceano se sente nele
Como se dele nunca tivesse sido distante
Onde quer que esteja sente no que é o fato
De canta ritmada pela vida sempre, fecundando, alimentando, consolando
Sendo vida onde parece somente existir silencio
Onde canta mesmo que não seja ouvida
Porque seu ser entende que estar em ser convida
Ao labor próprio inscrito em si que é divina essência
De ser gota não apenas.... Ser gota!




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Antonio Carlos Tardivelli