sábado, 10 de dezembro de 2011

O juízo: final?



Por certo que me tenho vivo e que donde vim  sinto
já que o mental agora não discerne totalmente irá é certo o pó ao pó.
Porém pelo que sinto, vivi, entendi
A vida é mais que a passagem já que não sou nada sou algo, sinto.
Esse algo chamarei de essência e a essência chamarei de espírito.
De palavras o mundo esta repleto, mas o entendimento real é pouco.
Ao ver um quadro da própria vida minha essência responde com o que tem
e quando meu espírito retém experiência compara .
Tal medida abstrata pode levar a concluir que uma vez que sou serei em essência num outro estagio ou no estagio primitivo donde vim que  vou continuar a ser.
Meu juízo então se dá na medida do que tenho e o que tenho é tudo o que levo para onde quer que eu esteja, porque não há como formar juízo sobre o nada já que o nada em minha essência não existe.
Posso hoje viajar como quem sonha. E ao sonhar quem  pode afirmar por seu juízo que não estou já na realidade do que sinto. Céu, nirvana, paraíso!
Pelo mesmo  lado em meu espírito inclui-se  divino e humano.
Enquanto um busca entender as formas abstratas do pensamento o outro apenas quer conviver.
Na convivência o ser divino quer a pacificação o humano quer o toque a paixão.
E sendo na essência divino e na forma humano essa dualidade as vezes confunde, carrega medos, incertezas, ou seus opostos quando um se sobrepõe ao outro.
O humano chora, o divino consola
Enquanto essência sinto ser amor, mas o amor na forma necessita da dualidade divina e humana para se formar juízo mais perfeito .
Onde minha essência masculina por fim encontra sua contraparte.
Embora o humano do ponto de vista físico seja passageiro é também divino posto que na forma constata meu espírito com seu mental, a grandiosidade de tudo o que existe e de Eu sou.
É maravilhoso encontrar o entendimento do verdadeiro juízo quando ainda na forma minha  essência pensa.
E já que não vim do corpo, mas estou em um, logo meu espírito existia antes da forma, da união do divino com o humano.
E se consulto minha essência mais pura sinto Deus.
E quando sinto Deus em mim começo a olhar para fora da minha forma e o vejo em muitas faces. A essência de Eu sou.
Mergulho então em meu derradeiro Juízo?
O que há pra temer além da forma se minha essência retorna ao provedor da vida.
Aquele que pensou o meio onde meu espírito se manifestaria em tempo pequeno de uma vida.
E nesta vida olhando a forma sinto a maravilha de tudo o que foi criado.
Sinto que devo a minha essência lutar sempre, desistir jamais  porque a vida sendo dádiva, empréstimo breve, é o que encaminha meu espírito a compreensão precisa.
E se mergulhado na prisão do ego por certo auto aplicarei penas mais rudes pois minha essência cobrará meus maus feitos.
Enquanto o bem me eleva meu apego pode me colocar por períodos mais ou menos longos nas prisões da forma.
Que nada mais são que o lugar onde minha essência deseja alcançar a paz mas dela  de pos distante.
E quando mais adiante, num renascimento, ou no firmamento meu espírito  já sonha.
Abraçar Jesus e agradecer por tanto.
Entendo ainda na forma porque ele disse :
Nenhuma das ovelhas confiadas a mim pelo Pai se perderá
Antonio de Oxalá

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Antonio Carlos Tardivelli