segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Emoções...




No tempo na historia Venturas derrotas
Lições absorvidas no campo dos sentimentos.
Às vezes intensas quase descontroladas
Desejos imensos, idéias ou ideais nobres ou mesquinhos.
Sem toque, por dentro, ser gente por fora.
No verso com vida própria
Vezes trazem um conto de amor, noutro de solidão.
Importa a paixão, se o medo toma forma?
De perda inaceitável, emoção forte em descontrole.
Que por ser grande desconcerta
Por ser intensa vez infelicita.
Quem sinta que vive e se alegra
Com o perfume da mulher, quando ama.
Ou com o riso malicioso num convite ao amar.
Toma forma, paixão, ternura e por força de ser eterno.
Quando se renova no sentimento mais puro.
O amor, fonte de alegria sem causa aparente.
Por ser gente se sente, por conto o poeta no verso aprisiona.
Em quem não diga que as sinta
Por laço, o verbo desperta no que seja tua,
Se visto o verso na sua essência
Liberando o que sinta sem mais medos
Porque viver também é ter medos
É Morrer entanto se eles impedem o movimento.
Do mar de emoções no abraço amoroso
No toque das mãos deslizando no rosto, ou no corpo
Por desejo mais ousado emocionem
Quando o toque for despido de pudor, por amor.
E se for busca de uma musa que me encante
Que ela seja assim.Emoção sem fim, sentimento, busca de momento.
Que se torne eterno na emoção que traga a tona, que esteja oculta
Desejo, oferecer sim ao Amor e a paixão
Que primeiro me harmonize para depois me enlouquecer
Porque pouco não quero ser ou ter
Quero viver a ventura de momento
Em cada movimento de ser
E se a emoção for pouca que a paixão nos tome
E nos enlouqueça, para que depois o amor em sua ternura.
Traga-nos paz, alegria, conforto. Porque amar é ser dois
E se por medo de sentir que eu morra
Se não , vivos o medo e a loucura
O amar sem freios qual paixão alucina
Enquanto emoção desenfreada nos tome e em um só grito!
Ah te quero desde cedo e se for viver o medo de perder-te
Que eu te tenha... e tu a mim . Neste mar de loucura e afeto
Que sinta toda emoção que sinto e ainda por mais que sofra.
E que eu diga se não disse que te amo
E viva intensamente a emoção que sinto por dizer-te...



Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 19 de outubro de 2008

Meu sonho, minha musa...

Retorna a vida o poeta adormecido
Pois seu anseio, seu sonho, chega e toma posse.
Como se o desejasse a muito a ele se entrega
E vive cada movimento em êxtase.

Amanhece e ela me ocupa
Subjugado por desejos loucos
Tomo-a em pensamento
Por um instante, e a beijo.

Dizem dos poetas, loucos, desvairados.
Na verdade vivem entre sonhos e inspiros.
E quem não ama e seja amado vive?Ah não! Vegetam inconscientes na arides da estrada.

Como sonho já que o tenho, nele vivo.
E se por ventura a ele me apego
Minha alma, ah minha alma porque chora?
Não tens a musa e o sonho? Que lhe falta!

Quando minha alma chora é a paixão que grita
Por posse eu a quero todo momento...
E se não for por todo tempo que a tenha
Ah sofro em meu tormento!

Mas cala a paixão o amor que sou
Limita sua ação e eu ainda vivo poeta e louco?
E se o encanto que me toma, por paixão eu digo.
Também sinto que amo e ai vêm o equilíbrio!

Mas tem o problema da inconstância no poeta
Vezes a paixão domina, vezes o amor reclama
Então ele torna sonho sua musa, ela surge ele a oculta em verso no amar que sente.
E dizem louco, pobre demente, ao que o poema retruca:

Sim vivo entre as grades da paixão profunda
E a luz libertadora do amor, em êxtase.
Loucos são os livres de amar de se apaixonar
Vegetam expectantes a vida que essas duas forças oferecem.

Enxergam então no poema seu desejo... oculto
Não admitem o próprio medo. Fogem
De amar e ser feliz de sonhar
De sentir essa loucura, deixa-la tomar posse ser inspiração...
Vida que flui pelas mãos, pelas mãos.

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 11 de outubro de 2008

Apogeu.


Grato pela vida, reconheço toda grandeza.
Da pequena gota as dimensões infinitas do universo.
Encontro neste caminho de buscar os meus limites
Algo que não se pode medir, só sentir...

Então meu ser, que já não está só.
Pois como uma composição harmônica
Notas diferentes permeiam na mesma melodia.
E nosso limite é o infinito.

Chamo de humanidade
Campo de diversidade
Nos limites de cada unidade
Estamos todos juntos na mesma viagem.

Não tentamos dimensionar o divino
Sagrado, trazemos dentro.
Como luz do firmamento
Que brilha intensamente desde a terra.

Quando a mente se rebusca sabe donde vem
E quando sente essa imensidade
Louva a vida que lhe permite oportunidade
De sentir que é infinita e bela como a majestosa estrela da manhã.

Quem não gostaria de deixar o charco... Mas porque deixar?
Se o ser que importa pode brotar como lírio de esperança
Rosa perfumada em generosa oferta
Tantos odores que o charco se embeleza.

Quem nota a beleza, ao atingir seu ponto mais elevado.
Vê a vida como uma melodia divina tocada por Deus.
E se o verbo permite, mesmo sendo limitada linguagem
Sabe-se por comparação afinada, que somos notas de uma mesma melodia.

Então da minha vista, do ponto mais alto que estou
A busca de mim mesmo é infinda
Tenho por apreço, por amor mesmo, quem me fez
E disse seja, meu filho, seja...

A mim basta saber que sou filho
E aquietar-me? Jamais eu sinto
Porque esse Pai de minha origem vive em mim
É meu desejo seu desejo que eu seja

Limitado embora anjo
Vivendo nos céus onde me escondo
No abraço da vida onde existo com um corpo
Depois morto, ao Pai retorno e conto que feliz me recebe.

Pai eu aprendi...

Antonio Carlos Tardivelli

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Amigos








Que tratam tudo com um sorriso
Deixando marcas indeléveis em nossas almas
Como se cariciando nossos momentos de lembranças.

Noutro espaço, outro tanto de afins se apresentam.
De madrugada, nas primeiras horas do dia, nos sonhos.
Como se abraçassem com amor nossos momentos.

Ai torna a vida prazerosa
Quando somos antes de desejar ter
Com as caricias do nosso ser...a outro que nem nos aguarde.

Ser amigo é uma viagem dentro do divino momento
Onde quase resposta a uma prece
A gente aparece, abraça, sorri !

Parece-me, ser aquele que tenta ouvir sempre.
Com um sorriso de quem quer compreender
Porque amigo é aceitação do outro.

É alguém que teoriza conosco de madrugada
Que chora conosco nas horas amargas
Sempre disposto a dizer da esperança...

Amigo, é criança que faz birra, briga, mas jamais abandona.
Que entende a gente mais do a gente se entende.
Não tem cobranças, pois não encontra tempo para julgamentos.

Amigo é desejo de conversa com confiança plena
Como quando me oculto em meu quarto escuro
E ao amigo maior parece que me misturo

Ouço e sou ouvido, choro e sou consolado.
Quando aflito parece que estar na sua presença
Mesmo em pensamento é alivio.

E quando consigo pensar grande
Meu amigo me mostra o universo
Não um lugar distante onde ele esta feliz
Mas um local dentro onde ele vive em mim...

Eu, e meu Pai, somos um só....

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 5 de outubro de 2008

Sou a semente:



Sou a semente:

De vida, de esperança.
Conto, como quando criança ouvia, historia...
Quis ser grande
Contentei-me em ser semente.
Aquela que desprendida como fruto
Da minha alma para a tua.
Canta a alegria de viver um dia
Depois outro
Nada como ser um pouco de cada vez...
Ser a semente oferecida por um grande mestre
Que não vacilou e ofereceu a sua vida
Porque talvez como eu e a minha
A dou porque a tenho
Por amor... Por amor.
Mas indagas... Que amar é esse que doa a vida?
Digo, não vou ser crucificado, imolado como cordeiro.
Porque também amar é renuncia de si mesmo
A favor da historia doutro, como a tua que agora lê historia em prosa.
Então me questione, é semente do semeador?
Digo sou! Quando sou amor, bondade, generosidade, desprendimento.
Ser semente é assim.
Contar historia sem fim, porque temos espírito eterno.
E não fosse assim, se o fim de tudo fosse a mortalha fria.
A esperança não seria vida
Nem a vida oportuna idade onde recebemos presentes!
Presentes que a gente sente, e oferece enquanto cresce...
Como uma rosa ou uma prece
A alma mais amada...
Sim sou do semeador semente. Que coisa boa ser presente.
Viverei no perfume das tuas pétalas, de felicidade.
Se ajudei como semente que te encontrasses frente a frente consigo mesmo.
E olha, que coisa bela, feita de esperança desde a terra.
Conta-me tua historia donde estejas
O canto de semente a tua vida se assemelha
E quando me lês, vês a ti...
Mensagem de esperança verdadeira
Como fosse vez primeira que ouvindo historia, ela conta!
Eis-me vida faço-me presente
A quem presente queira...

Antonio Carlos Tardivelli