domingo, 2 de agosto de 2015

Adeus meu amiguinho



Diante da impermanência
Tem um cachorrinho em casa com nome de gente, ele esta sofrendo muito tadinho, e não sabe pedir, pedi por ele.
Mas estamos eu e ele diante da impermanência e eu que penso fico aqui ouvindo o respirar difícil dele lá fora e me sentindo impotente
Estou triste e vejo a dimensão bem pequena que ainda estou diante da dor de um animalzinho sem nada poder fazer diante da minha própria  também.
Acredito que não exista momento mais doloroso que esse, de estar diante da verdade da impermanência perceber a dor sem saber o que fazer somente tendo posse deste sentimento de impotência diante da dor do Rodolfo é o nome dele.
A existência física é algo assombroso, tanta prova, tanta dor, violências, mortes insanas, finais assim tão doloroso para um ser tão indefeso
E eu aqui medindo o quanto sou pequeno, ele deu voltas e voltas enquanto eu acariciava como se me pedindo para lhe tirar a dor, tadinho.
So sei que querendo ser descubro que nada  sou
Fraze de um amigo dos anos oitenta
A esperança que tenho entretanto apesar deste quadro tão dolorido para mim e para Rodolfo é que tudo tem uma razão de ser
Se não tivesse porque eu estaria escrevendo isso hoje, sentindo isso hoje, querendo fazer alguma coisa hoje.
Que pena que sou tão pequeno diante da dor.
Meu amiguinho acabou de morrer a meio dia

Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli