Diante da
impermanência
Tem um
cachorrinho em casa com nome de gente, ele esta sofrendo muito tadinho, e não
sabe pedir, pedi por ele.
Mas estamos
eu e ele diante da impermanência e eu que penso fico aqui ouvindo o respirar
difícil dele lá fora e me sentindo impotente
Estou triste
e vejo a dimensão bem pequena que ainda estou diante da dor de um animalzinho
sem nada poder fazer diante da minha própria
também.
Acredito que
não exista momento mais doloroso que esse, de estar diante da verdade da impermanência
perceber a dor sem saber o que fazer somente tendo posse deste sentimento de
impotência diante da dor do Rodolfo é o nome dele.
A existência
física é algo assombroso, tanta prova, tanta dor, violências, mortes insanas,
finais assim tão doloroso para um ser tão indefeso
E eu aqui
medindo o quanto sou pequeno, ele deu voltas e voltas enquanto eu acariciava
como se me pedindo para lhe tirar a dor, tadinho.
So sei que
querendo ser descubro que nada sou
Fraze de um
amigo dos anos oitenta
A esperança
que tenho entretanto apesar deste quadro tão dolorido para mim e para Rodolfo é
que tudo tem uma razão de ser
Se não
tivesse porque eu estaria escrevendo isso hoje, sentindo isso hoje, querendo
fazer alguma coisa hoje.
Que pena que
sou tão pequeno diante da dor.
Meu
amiguinho acabou de morrer a meio dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli