quarta-feira, 6 de junho de 2012

O peso de uma lagrima


Horas que sem consolo a mão se posta o corpo se dobra e alma chora
Esse choro entanto  vem do mais profundo porque diante de si um quadro se apresenta,
Mais que a lagrima do momento outras tantas pela terra espalhadas
Parece não serem ouvidas nem pelo céu nem pelo averno.
A hora do choro entanto no reservatório da própria alma
uma luz que vai ampliando seu alcance, de dentro pra fora se faz presente.
Aquele que chora então como se tocado por renovação esboça um suspiro
respira e solta como se um força interna dentro de si respondesse ao seus reclamos.
A hora da partida se apresenta, num gélido canto a alma aguarda
que o ceifador se apresento porque o frio inclemente esta a deixar seu corpo dormente
e ninguém há na vida para assistir seu ultimo suspiro. Nem medir o peso de sua lagrima;
É de dor mas ao mesmo tempo a alma exulta por essa força interna que faz renascer
da longa espera de uma vida, o momento do encontro  com a verdade mais intima e suprema.
A mente começa a viajar pelos caminhos trilhados, pelas horas de alegrias que não foram tantas, mas existiram. Das viagens das chuvas das noites ao relento, do prato negado daquele pedaço de pão com tanto amor dado que a alma se sentira saciada.Voz intima  a chama!
Filho vem, será? A alma exulta, Deus veio me aconchegar na hora da partida.
Não  filho, parece ouvi-la dentro, estive sempre aqui  responde a fonte dentro da própria alma sofrida.
A consciência se alarga enquanto o corpo dormente aguarda, e uma vista de celeste abrigo mergulhado em luz suave, agradável, parece estar a sua espera.
A alma que chora enfim desperta diante de um lugar inesperado. Lindo prado verdejante, pessoas flutuantes de vestes claras luminosas andam por toda parte.
Como fora uma alma aguardada com muito carinho mais de cem se apresentam para aquele que na vida fora mendigo. Abraçam-no amorosamente. E aquele que mendigava reluz como o sol na mais bela manha.
Diante de si, a consciência ampliada faz com anteveja felizes jornadas onde não mais importa o sofrer do passado, a luz divina de dentro fala.
Eis-me aqui filho amado.
E o mendigo assume suas asas de anjo protetor , daqueles que sintam dor, dos corações endurecidos que negaram o pão a boca faminta, ele de si doa a toda ingratidão o perdão, a todo desespero uma esperança verdadeira que da criança interna brota generosa e inocente. Enfim o reino dos céus fala!
Como Jesus predisse, o reino dos céus esta próximo...
E o mendigo que antes pedia pela morte no frio cortante da indiferança humana, por fim o encontra após seu calvário.
Sim meu filho aqui estou.
Centelha de divino amor redescubra a medida certa, abra seus olhos para a vida que hora percebes no verso e reverso de uma alma.
Não são todas estrelas cadentes caídas do coração mais divino?
Então o céu que procuras alma chorosa, não esta distante de ti.
Ele esta tão perto, mas tão perto que poderia senti-lo dentro de ti mesmo com minimo esforço..
Então qualquer que seja tua dor, lembra do mestre do amor que mostrou o caminho para seu reinado.
Espirito amado doe, viva, contribua com tua lida, pequena seja ela faz a diferença na vida de outra centelha que um dia jubilosa, reverá no filme de sua vida, o pedaço de pão que ofereces com todo amor do Pai em ti.

Salve meu Pai Oxalá
Benedito de Aruanda
Antonio Carlos Tardivelli.

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