terça-feira, 26 de junho de 2012

Pai


Uma parte de mim anseia outra tímida se aquieta
E quando meu grito surge, audaz, meu espirito indagante continua
A buscar nas fazes da lua nas claras manhas da primavera
Teus olhos meu pai em minha vigília.
Ousei viver como quem plantou a semente que me foi oferecida
No correr de uma vida minha fé em ti sobrevive apesar das minhas tantas fragilidades.
De dentro uma voz insurgente audaciosa conta minha historia ao meu   próprio ouvido
Desde criança que te descobri nos céus e nas estrelas
Nas águas claras do riacho onde banhava o corpo emprestado.
Foi um tempo belo, de caminhar descobrir ouvir aprender de mim mesmo.
Encontrei na forma maneira singela porem sincera de demonstrar meu amor por ti.
Ele foi meu guia, meu suporte, minha escada ascensiva onde tantas vezes subi um desci dois.
Hoje uma parte de mim anseia, outra se aquieta
Porque o som da minha alma me recorda da minha historia
Do dia que te  soube, razão do meu amor a vida, a humana idade.
 Não tenho ensinos doutros se não aqueles que gravaste em minha alma
Para que de ti fosse dado àqueles que tenham de olhos de ver.
As vezes Pai, mergulho tão profundamente  no que minha alma anseia
Que ela encontra a ti em sua busca e se aquieta.
Tua voz é inconfundível, teu amor de igual forma não se encontra medida
Ah meu Pai, uma parte de mim anseia outra se aquieta
Porque o ruído de minha alma foi ouvido e por suporte tua voz por uma vida
E se não bastar, desde que não perca  memória , saudoso recordarei de minha historia
Quando tu meu Pai disseste
Sou teu Deus.
E se recordar-me no averno que mereça por céu levando tua lembrança
e onde a dor For justa colheita inda lembrarei da misericórdia que é imensa.
E minha alma então em sua tormenta se aquieta  aceita e conta sua historia
Deus existe esta em toda parte e em cada buraquinho do chão!
Então quem quiser saber onde ele mora, olhe para os céus sua morada
E se o céu de crer viver em ti
Saberá tua alma o que a minha conta.
Como conta dos meus dias de maior dor e maior ventura
Onde não apenas creio em ti Meu Deus
Eu sei, me deste saber, pra que te conte em verso e prosa
E alguma alma aflita te encontre então também se aquiete
E siga enquanto confia.
E viva enquanto viver anseie
E  mais
Vira daquele que é desde o principio
porque nele meu espirito repousa
E espera...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 9 de junho de 2012

Escolha



Num mar de situações  passamos a coexistir as vezes podem ate  nos parecer já premeditadas, agendadas num tempo que nos precede em muitas eras.
Porque os afins se aproximam tanto para o amor como para o ódio.
A construção segue orientação segura e vai se estruturando ao logo do tempo vivido ou se perde o tempo agendando movimentos na dor para alem da vida e nela própria pela justiça divina.
Mas enquanto viajores na carne uma vez que todos passaremos pelo movimento de retorno assim como passamos pelo surgimento na esfera da convivência física. Somos todos chamados ao campo da liberdade de escolher entre estar no céu  ou no averno.
Passando os anos agendados, revendo o passado, cujo conteúdo não pode mais ser modificado somos avaliadores das escolhas que fizemos se para isso desenvolvemos o discernimento, não sendo assim, ainda crianças espirituais, voltaremos ao campo transitório ate conseguir a maioridade espiritual.
Certo e errado, luz e sombra, o que passa a ter imedivel valor são as experiências diante das escolhas que fizemos mais conscientemente da nossa realidade espiritual.
Talhar a alma para as escolhas elevadas não é tarefa de um dia porque há o preparo justo como na escola se prepara a alma para convivência  social e o desenvolvimento do corpo mental na ligação com o fisico. Vezes e não raras analisaremos nossas escolhas como impensadas, impulsivas , erradas . Mas como já se encontram no campo passado não podem mais ser alteradas.
Nossa escolha então no presente pode ser permanecer presas de remorso infelicitante e nada construtivo ou partir ao logo do eterno tempo realizando ações diferentes, escolhas mais felizes que começam invariavelmente por auto analisar nossas escolhas presentes.
Se minha alma sai em busca em sua jornada espiritual por crescimento e elevação com certeza as escolhas que não forem as mais acertadas se amoldarão ao longo tempo  para realinhamentos justos porque evoluir dentro da lei divina é indesviável.
E quando evoluímos em nossas escolhas passamos a compreender que o outro as tem em igual proporção e por justa vista de acordo com seu próprio esforço de servir-se da oportunidade da vida como meio ascencivo ao seu espirito eterno. Conseqüentemente escolhemos melhor e começamos o processo de respeitar as escolhas alheias quisquer que elas sejam.
Ora quando eu era criança pensava e agia como criança, quando me tornei adulto a visão do mundo e da minha própria jornada ficou mais clara, passei a me reconhecer mais profundamente  e o entendimento ficou mais apurado e  preciso. Isso movido por escolhas das necessidades ascensivas porque também podemos optar por apegos demorados aos prazeres transitórios.
São escolhas que fazemos, pois somos os artistas pintando o quadro do nosso futuro no nosso presente.
Oxalá permita que tua mente neste instante esteja aberta para o infinito amor.
E para cultivar o auto amor
Porque ao Pai doador da vida amamos primeiro estamos nele e ele em nós
Mas o amor do Pai em nós chama-nos para escolhas e os exercicios de auto amor e de ver O Pai no outro de amar o Pai no outro
Ai nos tornamos um.

Pai Benedito  se despede

Antonio Carlos Tardivelli

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A força da centelha divina


Quando o amor deseja sua fala é como o canto mais belo
Da alma para outras almas quando feito em verso
Da calma para a desarmonia  quando a vida pela convivência chama.
Amar nunca foi a não ser em sonhos desvairados chegada
é sempre ponto de partida para algo que transcende a própria vida
O ego concentra sua atenção na posse no que entende direito inquestionável
o amor entanto espalha com um riso inocente a toda gente o que Leva em si.
Se a vida terminando nada mais houvesse como explicar eu sou?
Já que eu sou logo existo, e esse existir tem cores , dores, alegrias
mas o tom da partida mesmo em lagrimas  os amigos verdadeiros nos  lembram
pelo muito que os tenhamos amado.
O amor então é chama, cuja esperança para o futuro
é o premio que o próprio amor traz em si mesmo Mais amar!
E que aventura seguir na terra com a visão turva que tenta ver o caminho
mas o que tem diante de si é o desenlace físico cuja esperança de vida mais alem
não comporta dentro da compreensão algo definido com certo.
Mas amar como construção eleva a alma e ela antevê sua alegria
não do céu como abrigo feliz porque o céu de amar se leva ate para o averno.
Onde a rudes mais rude, embrutecida, reserva ao anjo de luz trabalho continuo.
As regiões sombrias da mente humana onde grilhões se fazem presente
ora é o filho que não aceita a partida da mãe ora a mãe que chora pelo filho.
O amor entanto abre portas ao infinito quando consola
quando diz a mãe seu filho vive e ao filho não chores demasiado
porque ao teu lado ela confina seu desvelado amor enquanto alma erante.
Ate que a deixes partir para que luz do Pai torne
E quando chegado o instante derradeiro e primeiro onde tudo recomeça
pela porta da reencarnação ambos tenham nova vida para amar
E se amas mas entendes que não voltas a viver na terra
não importa, a verdade para quem ama é sempre estar diante da verdade sem receio algum.
Porque se não existisse vida alem da vida porque amar?
Não seria mais lógico deixar o ego presidir as ações?
mas não, mesmo para o que não crê na vida alem da vida e no seu retorno a lida pra renovar-se e evoluir
não muda a verdade do que cremos e do que sabemos  porque também a fé deixará um dia de ser cega
para mutar-se raciocinada é onde a alma encontra mais motivos para amar.
Porque o inimigo de ontem será recebido em seus abraços , amar não comporta ter inimigos em qualquer esfera de ser se não o céu verdadeiro não mostra ao anjo que dormita onde ele está!.
Levas com certeza o amor dentro ti, sois centelha
e como tal um dia quando na angelitude olhando tua jornada imensa e rude
por certo olharás as orbes onde haja sofrimento e dor e em vosso amor dirá
Meu Deus:
Permita as minhas pobres mãos trabalhar para mitigar a dor
e renasces como anjo divino que sois num lar em desalinho plantado esperança e fé.
Porque Amor pra ser amor não é jamais prisioneiro da filosofia é luz incandescente que tudo lumineia. É amparo de coração seguro no que crê e no que sabe
Desde as almas mais endurecidas as que já entendem que ao partir desta vida seria muito bom ter amado muito como o mestre dos mestres ensina.
Encontrarão na verdade do amor sublime que já existe palpitante na centelha divina,  a grande razão para ser sua manifestação nos atos da vida.

Salve meu Pai Oxalá
Benedito de Aruanda
Antonio Carlos Tardivelli


quarta-feira, 6 de junho de 2012

O peso de uma lagrima


Horas que sem consolo a mão se posta o corpo se dobra e alma chora
Esse choro entanto  vem do mais profundo porque diante de si um quadro se apresenta,
Mais que a lagrima do momento outras tantas pela terra espalhadas
Parece não serem ouvidas nem pelo céu nem pelo averno.
A hora do choro entanto no reservatório da própria alma
uma luz que vai ampliando seu alcance, de dentro pra fora se faz presente.
Aquele que chora então como se tocado por renovação esboça um suspiro
respira e solta como se um força interna dentro de si respondesse ao seus reclamos.
A hora da partida se apresenta, num gélido canto a alma aguarda
que o ceifador se apresento porque o frio inclemente esta a deixar seu corpo dormente
e ninguém há na vida para assistir seu ultimo suspiro. Nem medir o peso de sua lagrima;
É de dor mas ao mesmo tempo a alma exulta por essa força interna que faz renascer
da longa espera de uma vida, o momento do encontro  com a verdade mais intima e suprema.
A mente começa a viajar pelos caminhos trilhados, pelas horas de alegrias que não foram tantas, mas existiram. Das viagens das chuvas das noites ao relento, do prato negado daquele pedaço de pão com tanto amor dado que a alma se sentira saciada.Voz intima  a chama!
Filho vem, será? A alma exulta, Deus veio me aconchegar na hora da partida.
Não  filho, parece ouvi-la dentro, estive sempre aqui  responde a fonte dentro da própria alma sofrida.
A consciência se alarga enquanto o corpo dormente aguarda, e uma vista de celeste abrigo mergulhado em luz suave, agradável, parece estar a sua espera.
A alma que chora enfim desperta diante de um lugar inesperado. Lindo prado verdejante, pessoas flutuantes de vestes claras luminosas andam por toda parte.
Como fora uma alma aguardada com muito carinho mais de cem se apresentam para aquele que na vida fora mendigo. Abraçam-no amorosamente. E aquele que mendigava reluz como o sol na mais bela manha.
Diante de si, a consciência ampliada faz com anteveja felizes jornadas onde não mais importa o sofrer do passado, a luz divina de dentro fala.
Eis-me aqui filho amado.
E o mendigo assume suas asas de anjo protetor , daqueles que sintam dor, dos corações endurecidos que negaram o pão a boca faminta, ele de si doa a toda ingratidão o perdão, a todo desespero uma esperança verdadeira que da criança interna brota generosa e inocente. Enfim o reino dos céus fala!
Como Jesus predisse, o reino dos céus esta próximo...
E o mendigo que antes pedia pela morte no frio cortante da indiferança humana, por fim o encontra após seu calvário.
Sim meu filho aqui estou.
Centelha de divino amor redescubra a medida certa, abra seus olhos para a vida que hora percebes no verso e reverso de uma alma.
Não são todas estrelas cadentes caídas do coração mais divino?
Então o céu que procuras alma chorosa, não esta distante de ti.
Ele esta tão perto, mas tão perto que poderia senti-lo dentro de ti mesmo com minimo esforço..
Então qualquer que seja tua dor, lembra do mestre do amor que mostrou o caminho para seu reinado.
Espirito amado doe, viva, contribua com tua lida, pequena seja ela faz a diferença na vida de outra centelha que um dia jubilosa, reverá no filme de sua vida, o pedaço de pão que ofereces com todo amor do Pai em ti.

Salve meu Pai Oxalá
Benedito de Aruanda
Antonio Carlos Tardivelli.