Visitando um sonho, torne-o teu. Se desejar compartilhe. Namaste Atualizado em 22 de março 2021 segunda feira
domingo, 13 de junho de 2010
Alma Alada
Vejo diante de mim um quadro sugestivo
Pessoas felizes em lugar paradisíaco
Dizem ser o céu que não creio circunscrito
Mas quem compreender tanto que há no infinito?
Se fosse anjo e tivesse asas, em visita ao universo
De quais recantos traria ao verbo encantamento?
Diz-me, amigo muito antigo, tire do grão a descritiva.
Sim porque no grão também se confina
O infinitamente pequeno!
Nesta dimensão de pessoas felizes
Mais que um lugar que se circunscreva,
É por sintonia que a ele se chega, e por méritos diversos.
Se fosse céu, teria forçosamente que admitir o averno
Mas que céu seria esse se a dor e angustias diversas
Pudessem não ter cura, ser eternas?
Na paz de um dia, encontro alento na escrita
Por ela meu espírito visita a imensidade
As tantas moradas de felicidade a serem alcançadas
Pelas almas aladas!
E beleza que se faz mais refulgente
É quando uma estrela majestosa e cadente
Diminui sua luz por escolha própria
E visita os charcos do averno, onde há lagrima a secar
Nenhum céu a esse se compara
É a visita divina mais elevada.
Então entendo essas paragens de pouco tempo.
Ergo as mãos postas, em direção ao firmamento
E digo: Ah meu Deus quanta beleza!
E ele responde dentro de mim.
Na minha casa tem muitas moradas.
Que será que Ele quis dizer com essa afirmativa?
Já que meu coração não para e indaga a todo instante
Se por ventura minhas asas cobrirem a tua alma macerada
Que ela possa ver por meu olhar essa espera
Enquanto espera conta seu dia de paz
Para que outra alma sinta e entenda
Que o céu não é onde! É agora no presente
Onde estás alma alada...
Antonio Carlos Tardivelli
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