domingo, 13 de junho de 2010

Alma Alada




Vejo diante de mim um quadro sugestivo
Pessoas felizes em lugar paradisíaco
Dizem ser o céu que não creio circunscrito
Mas quem compreender tanto que há no infinito?
Se fosse anjo e tivesse asas, em visita ao universo
De quais recantos traria ao verbo encantamento?
Diz-me, amigo muito antigo, tire do grão a descritiva.
Sim porque no grão também se confina
O infinitamente pequeno!
Nesta dimensão de pessoas felizes
Mais que um lugar que se circunscreva,
É por sintonia que a ele se chega, e por méritos diversos.
Se fosse céu, teria forçosamente que admitir o averno
Mas que céu seria esse se a dor e angustias diversas
Pudessem não ter cura, ser eternas?
Na paz de um dia, encontro alento na escrita
Por ela meu espírito visita a imensidade
As tantas moradas de felicidade a serem alcançadas
Pelas almas aladas!
E beleza que se faz mais refulgente
É quando uma estrela majestosa e cadente
Diminui sua luz por escolha própria
E visita os charcos do averno, onde há lagrima a secar
Nenhum céu a esse se compara
É a visita divina mais elevada.
Então entendo essas paragens de pouco tempo.
Ergo as mãos postas, em direção ao firmamento
E digo: Ah meu Deus quanta beleza!
E ele responde dentro de mim.
Na minha casa tem muitas moradas.
Que será que Ele quis dizer com essa afirmativa?
Já que meu coração não para e indaga a todo instante
Se por ventura minhas asas cobrirem a tua alma macerada
Que ela possa ver por meu olhar essa espera
Enquanto espera conta seu dia de paz
Para que outra alma sinta e entenda
Que o céu não é onde! É agora no presente
Onde estás alma alada...

Antonio Carlos Tardivelli

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli