quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Desnudo





Durante a noite quando os sonhos me assombram
Descubro teus olhos com um brilho diferente
Como se pedisse algo que não tenho mas que vê em mim.

Sem que me oculte perante ti
Me ve tal qual sou, por vezes nao me sinto mas sou... Nitidamente.

E por teus olhos terem me sondado
Quis-me belo e não via beleza em mim
Só teu olhar a percebia, e pediam aquilo que sabias certo e produtivo.

Tentei meu verso com linguagem erudita
Mas logo, depois de um tempo nem eu a entendia
Percebique eram palavras sem nexo...

Tentei o simples, foi demais para meu orgulho.
Eu queria salvar o mundo pela letra que surgia

Só que ninguém lia minha alma
Como tu Mestre querido. Com teu olhar sondando profundo
Como se me visse tal qual sou e sinto
Onde minha cegueira não me permite enxergar.

Durante a noite, quando sonho me assombra
Descubro no teu olhar a compreensão e o amor mais profundo
E assim por entender o amor o encontro em mim embora chore

E quando não sou compreendido em meus esforços de serviço
Lembro-me de ti, e sendo bem menor, muito menor
Aceito os açoites do tempo... silenciosamente.

E quando tento já, que consigo abrir a minha alma
A exponho em verso
E quem entende amar, o amar sente em mim
E quando isso acontece, o produtivo que sabias certo
Aparece... Noutras almas onde se ocultava...

Por isso ja não sou eu quem fala
Mas o Cristo Vivo em mim...

Antonio Carlos Tardivelli

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